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Como me conectar com Deus durante momentos de adoração corporativa?

Oração

Eu já falei aqui no blog sobre como viver em adoração dia e noite, mas hoje eu quero continuar falando a respeito de adoração, mas sobre o poder de nossos momentos de adoração corporativa. Afinal, esses momentos geralmente são liderados por uma canção que conecta as pessoas com o coração de Deus. E isso é tão poderoso. É fora da minha compreensão as possibilidades do que Deus pode fazer quando nos reunimos assim.

Tocando o invisível

Quando nós escolhemos uma canção corporativa, o objetivo maior é centralizar e focar tudo o que fazemos na trindade. E o que cantamos pode carregar tantas verdades sobre o amor do Pai, sobre a santidade de Jesus ou poder do Espírito Santo, que nosso interior é transformado. Nós estamos com os olhos fixos nele, mas ao mesmo tempo estamos declarando com nossos lábios palavras que tocam nossa alma e espírito. Nós conectamos nosso espírito com o Espírito Santo, mas nossa alma é automaticamente tocada por cura e renovo. Além disso, é uma via de mão dupla. Nós tocamos a realidade de Deus e ele toca a nossa. E isso é apenas uma possibilidade do que Deus pode mover nesses momentos.

Costumo lembrar que a palavra do Senhor se renova a cada dia e que há sempre mais que eu posso viver em Deus e descobrir dele. Logo, momentos de louvor em comunidade, o que chamamos de adoração corporativa, são oportunidades de deixar Deus me mostrar nos mais. Não apenas cantar e reproduzir o que a comunidade está fazendo, mas verdadeiramente pensar na letra que estou cantando. Assim, essa é a uma maneira de se conectar com Deus durante esses períodos. É deixar meu coração engajar mais com Deus do que somente a minha voz.

Cantando o som do céu

Portanto, para aqueles que são músicos, cantores ou compositores, quero ressaltar a importância ao criar uma canção corporativa. Existe uma infinidade no que pode ser criado quando você está ligado ao coração de Deus. Além do mais canções realmente podem mudar mentalidades, transformar atmosferas e levar todo um povo a se conectar com o céu. Acredito que até mesmo para o Brasil nós podemos pedir ao Senhor que nos revele o som que vai curar a nossa geração. Qual é a nossa dor? Qual a nossa necessidade como povo? Que revelação de Deus o Brasil precisa? Qual faceta de Deus o Espírito Santo deseja revelar nesses dias? E porque não escrever canções que revelem a resposta?

Minha oração é que Deus libere a revelação de quem ele é através de canções que mudarão nossa nação. Não limitando tudo a uma letra, mas ao som que está no coração de Deus e ao nosso alinhamento com o coração dele. Por momentos de adoração corporativa onde nós seremos tocados no mais profundo e amaremos Jesus completamente.

Vamos escrever canções, vamos buscar a face de Deus, vamos nos apaixonar por Jesus de novo. Vamos ficar aos seus pés e esperar por ele. E vamos ver o que Deus pode fazer nesses dias, em nosso coração.

“Os teus decretos são o tema da minha canção em minha peregrinação.” – Salmos 119:54

A perda do “primeiro amor” é uma situação em que muitos cristãos se deparam diante da sua jornada. Por muitas vezes, a falta de compreensão sobre alguns pontos referentes ao nosso coração faz com que venhamos a reagir de forma equivocada perante a esta questão. Talvez, a pergunta mais gritante desta exortação do Senhor se trata sobre “o que é o primeiro amor?” – em conjunto a isso, vemos mais questionamentos nascendo ao meditarmos, afinal, primeiro amor é o amor que temos quando nos convertemos? Por que eu o perdi? E no final chegamos à pergunta que se relaciona com a ordem de Cristo: “como voltar ao primeiro amor?”. 

 

“Tenho contra ti, porém, o fato de que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta às obras que praticavas no princípio. Se não te arrependeres, logo virei contra ti e tirarei o teu candelabro do seu lugar.” (Apocalipse 2:4-5)

 

Uma exortação de Cristo

No final do primeiro século, João escreve as Revelações que recebera quando exilado na Ilha de Patmos durante o governo de Domiciano. Então, ele escreve às 7 igrejas da Ásia menor sob a ordem de Cristo, sendo a primeira carta para a Igreja de Éfeso. Esta cidade foi uma cidade em que o Evangelho cresceu de forma exponencial. Além disso, Paulo foi responsável pela fundação e pela manutenção da comunidade, descrita no livro de Atos (Atos 19).

Contudo, sabemos que o próprio João também foi Bispo desta igreja. A cidade era a mais importante da província romana da Ásia, nela havia o templo de Diana e também havia se tornado o centro bancário mais rico. Devido a estes fatores, os efésios eram independentes. Porém, Paulo, quando escreve a carta a esta Igreja, por volta de 60 d.C., ele afirma que era conhecido por ele a fé que havia entre os membros e também o amor para com os santos. (Ef 1:15).

Assim, quando olhamos para a exortação de Cristo a Éfeso percebemos pontos a seres ressaltados, tais como: Deus sabia tudo o que eles faziam. Eles foram críticos demais em relação a pseudoapóstolos. Eles haviam sofrido por conta de Jesus, mas, eles abandonaram o primeiro amor e era necessário que tomassem alguma atitude, e assim, voltar ao primeiro amor.

 

O que é o primeiro amor?

O primeiro amor não é de caráter temporal, ou seja, o amor que havia no início da minha conversão. É, portanto, o quanto que Cristo ocupa na minha vida. João discorre muito sobre este assunto em suas cartas. Em sua primeira epístola, ele nos apresenta que Deus é amor (1Jo 4:8) e que “nós o amamos porque Ele nos amou primeiro.” (1Jo 4:19). Sendo assim, o primeiro amor é a resposta do nosso coração ao amor que nos amou primeiro.

Em Confissões, Agostinho admite que Deus havia ferido o seu coração com sua Palavra, e então ele amou ao Senhor, mas na continuação de seu livro (Livro X), ele indaga: “o que eu amo quando te amo?” – Esta pergunta nos leva a questão sobre o porquê acabamos partindo para um lugar onde perdemos este amor.

 

Por que o perdemos?

Calvino nos diz que “o coração do homem é uma fábrica de ídolos”. Assim, durante a história percebemos que o povo de Israel, chamado para serem construtores de altares a YHWH, passam a ter olhos para deuses falsos e assim, começam a erguer altares em devoção a eles. Isso demonstra como nosso coração SEMPRE ADORA ALGO. Logo, perdemos o primeiro amor porque começamos a nos saciarmos com outras coisas, porque nossos olhos começam a ser fascinados com algo que não é o Senhor e Idolatria é justamente isso. Além disso, é buscar em outro lugar algo que apenas Deus pode ser.

 

O homem está em constante amor a algo

Então, voltando ao questionamento que Agostinho havia feito (o que amo quando te amo?), isto nos alerta sobre a imagem que nós temos de Deus. Levando no contexto geral, Deus fez o homem para si, o pecado o cegou e agora o homem busca preencher esta lacuna. Logo, é assim que nasce a adoração a outros deuses e a adoração da imagem do Senhor de forma deturpada.

Portanto, o homem está sempre construindo altares e está em constante amor a algo. Sendo assim, quando estamos destituídos da imagem clara do Senhor, acabamos nos movendo através do que há em nosso coração pecaminoso. Quantas vezes amamos a um deus ao qual nós criamos? Quantas vezes servimos e adoramos a um deus ao qual está muito mais próximo da nossa personalidade do que do Deus verdadeiro? Um deus criado à minha imagem e semelhança? 

 

Somos feitos por Ele e para Ele

O coração da Igreja de Éfeso havia sido corrompido e perdido este lugar de completude e satisfação, pois se Cristo não estava em primeiro lugar, algo estava ocupando esta posição. Este lugar é o da perda do primeiro amor. O próprio Agostinho nos fala que “fizeste-nos para Ti e nosso coração só encontrará repouso se estiver em Ti”. Ou seja, só viveremos esta verdade ao voltar ao primeiro amor e se o primeiro amor do nosso coração for o Senhor. 

Éfeso operava boas obras, mas o coração estava distante, por isso, após comunicar o problema da igreja, Jesus continua a exortação para que eles lembrassem de onde haviam caído e se arrependessem. A perda do primeiro amor não é apenas uma situação, mas um pecado. Como falado anteriormente, a perda do primeiro amor se dá por conta da idolatria em nosso coração. Como F.F. Bruce diz: “nem as obras e a sã doutrina podem tomar o lugar do amor na comunidade cristã.”

O questionamento a ser respondido aqui é: se não estamos amando a Deus, o que estamos amando em seu lugar?

Voltando ao primeiro amor

Devemos voltar ao primeiro amor, isto é, voltar ao lugar em que somos fascinados e satisfeitos pela Beleza de Cristo. É o lugar onde não somos definidos que fizemos ou pelo que apresentamos em nossas mãos, mas somos definidos na pessoa de Cristo. É o lugar de “uma só coisa” (Sl 27:4). 

Voltar ao primeiro amor configura-se no primeiro mandamento, expresso por toda a história de Israel: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, toda alma e de todo seu entendimento (Mc 12:30). É a partir deste lugar que nossas mãos devem fluir.

Basicamente, Jesus já nos demonstra o que devemos fazer. Relembrar em que lugar caímos e nos arrepender, Jesus não está condenando o feitio das obras, mas aonde está o coração, por isso, precisamos nutrir o nosso coração em um lugar de intensidade e devoção ao Senhor.

 

3 ferramentas para cultivar o primeiro amor 

Oração – lugar de intimidade e relacionamento com o Senhor. Momento em que nos colocamos diante do Senhor a fim de que Ele venha a nos moldar e mudar para que a cada passo venhamos a nos tornar mais semelhantes a Ele. 

Leitura da Palavra – É através da sua Palavra que conhecemos este Deus ao qual nos relacionamos. Jesus nos convida a amar a Deus com todo entendimento. Isso parte de um lugar da revelação da Palavra do Senhor. É nos 31.000 versos, 66 livros que conhecemos ao Deus Criador, que há 2 mil anos atrás invadiu a história como um bebê indefeso, sofreu, morreu, ressuscitou, voltará para Reinar e encontrará a sua Noiva num lugar de Primeiro Amor. 

Jejum – Expressando a saudades do Noivo! Mostrando que nós vivemos para algo acima dos nossos prazeres. 

O primeiro amor precisa ser regado na vida cristã ordinária. Assim como nos altares levantados, era necessário que os sacerdotes mantivessem o fogo aceso (Lv 6:12-13). Era preciso que eles cuidassem daquele lugar para que a chama não se apagasse – precisamos nutrir o primeiro amor neste lugar com uma vida de beleza e fascínio ao Senhor. Compreender que Cristo é o nosso bem supremo é uma chave essencial para voltarmos a lugar que Éfeso havia caído. 

 

Guilherme Henrique Joanella – Aluno Fascinação Turma 18

 

Meditando no Salmo 141:2,  a frase que veio ao meu coração foi essa “o altar que estou construindo aponta para o Deus que Sirvo”:

“Que a minha oração suba como incenso a tua presença, e o levantar das minhas mãos seja como sacrifício da tarde” (Salmos 141:2)

 

No contexto em que vivemos hoje, podemos observar diversos estilos de vida. Além disso, cada um aponta para a maneira que faremos nossas escolhas e tomaremos as nossas decisões. Logo, ao ler este verso imagino que Davi estivesse pensando em um altar, pois nele apresentava orações e sacrifícios. Afinal, o altar é um lugar onde o sacrifico era elevado, ou seja, se tornava evidente, visível e distinto ao Senhor. Portanto, de muitos pontos que podemos observar neste texto, considero dois indispensáveis. 

 

Todos nós estamos construindo um altar

O primeiro é que todos nós estamos construindo um altar, e isso não se trata apenas de uma escolha, mas sim o reflexo daquilo que vivemos. Quando falamos sobre o estilo de vida de uma pessoa, nos referimos ao altar que ela está construindo. Ou seja, a partir deste estilo de vida e altar, se tornará evidente ao Senhor suas prioridades, seus amores e quem de fato é o deus que o altar serve. 

 

O que estamos colocando no altar

O segundo ponto fala a respeito do que estamos colocando sobre o altar da nossa vida e a forma que o estamos construindo. O fato é que a minha oração é reflexo daquilo que vivo e a minha resposta à oração é reflexo do deus que sirvo. Diante disso, somente uma conclusão é possível tomar forma: todos nós somos construtores de altar. Por esta razão, construir não se trata de querer ou não, mas sim o que nossa vida tem construído. Portanto, como vivemos importa, e assim, viver será a matéria prima para construir o altar. E por conseguinte, responder aos fatos da vida desenhará a planta de nossa construção e a soma disso trará forma ao altar construído.

 

A vida de Davi era um altar de devoção sincera ao Senhor

O salmo 141 foi escrito por Davi, este salmo traz um lamento pessoal de Davi que mostra uma oração sincera para que Deus o proteja contra toda falta de sinceridade e transigência entre tais perigos, fala a respeito de uma proteção em sua boca e lábios e para que a justiça de Deus seja feita contra os injustos, Davi ainda afirma que seus olhos permaneceram no Senhor, pois sua confiança Nele está. 

Observando com atenção o versículo 2, percebemos que Davi cita elementos que apontam para a sala do trono onde o incenso gerado através das orações são levados até aos céus e depositado nas taças diante de Deus (Ap 5:8).

 

Abraão foi um construtor de altar

A Bíblia é clara em diversos momentos ao falar sobre orações, altar e oferta diante do Senhor, porém olhando para o ponto que se refere a construção de altar, temos um homem que foi considerado amigo de Deus, o pai da fé, aquele a quem Deus disse que não esconderia o que faz (Gn 18:17) este homem é Abraão, vemos sua vida como alguém que construiu altares diante do Senhor em vários momentos, perceba comigo e observe como ele escolher viver. 

  • Chega a Canaã (Siquém) e constrói um Altar “Atravessou Abraão a terra até Siquem, até ao Carvalho de Moré… Apareceu o Senhor a Abraão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abraão um Altar ao Senhor.” (Gênesis 12:6-7)

 

  • Vai a Betel, constrói um Altar ali “Passando dali para o monte ao oriente de Betel, armou a sua tenda, ficando Betel ao ocidente e Ai ao oriente; Ali edificou Abraão um Altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor.” (Gênesis 12:8

 

  • Problemas com Ló: vai ao Altar que ele havia levantado, invoca ao Senhor a situação se resolve: “Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até o lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai, até o lugar do Altar, que outrora tinha feito, e alí Abraão invocou o nome do Senhor.” (Gênesis 13:3-4

 

  • Vai para os Carvalhos de Manre e constrói um Altar ali. “E Abraão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um Altar ao Senhor.” (Gênesis 13:18

 

Construindo um altar diante do Senhor

Então, depois de mais de 10 anos entre o ultimo altar construído até Gênesis 22, Deus pede para que Abraão sacrifique seu filho Isaque e o entregue a Deus. E assim, Abraão como um bom amigo de Deus, prepara a lenha pega seu filho e sobe ao monte para sacrificá-lo. Portanto, quando Abraão prepara o altar e coloca seu filho sobre ele, pronto para entregar ao Senhor, Deus provê um cordeiro, pois ali o Senhor viu o coração de Abraão. Neste momento Abraão volta a fazer o que foi criado para ser, um construtor de altar diante do Senhor. 

Neste momento Abraão é atraído de volta a sua essência e entende que construir altar, passou de uma escolha para um consequência de como vive sua vida, ele não deixou de amar o Senhor, mas deixou de fazer aquilo que foi chamado para fazer e Deus em sua infinita misericórdia trouxe-o de volta ao foco.

 

Josué foi um construtor de altar

Além de Abraão, temos o exemplo de Josué que constrói dois altares para o Senhor. Primeiramente, ele constrói um altar no meio do rio Jordão durante a travessia. Depois, ao atravessar o rio ele constrói outro altar ao Senhor como memorial deste dia onde Deus fez com que o povo atravessasse o rio com vida. 

Naquela época o altar era construído com pedras e para representar as 12 tribos de Israel cada altar era composto de 12 pedras. Desta forma, o que nos chama atenção neste trecho é que primeiro Josué constrói um altar dentro do rio, o qual ele construiu sem a ajuda de seus companheiros. Esse altar ficou no fundo do rio após eles terem passado.

Logo, somente após atravessar é que Josué constrói o outro altar onde todos veem e com a ajuda de seus companheiros. Mas o que ninguém sabia é que antes de fazer o altar sob a vista de muitos, Josué já havia construído um altar somente diante do Senhor sem que ninguém o visse. A conclusão que chego partindo deste ponto é que, construir altar não se refere ao que as pessoas verão apenas, mas primariamente ao altar interno que construo na audiência de um, fazendo conforme a orientação dada por Jesus em Mateus 6:6.

 

Construir um altar está relacionado com a maneira que vivemos

Diante de tantos exemplos que temos na Bíblia, mencionamos dois deles e podemos ver que construir altar está associado com a maneira que vivemos. No contexto que vivemos, o tempo parece cada vez menor. Mas a verdade é que se não formos zelosos em construir um altar com nossas vidas diante do Senhor, o tempo passará.

E assim, o resultado daquilo que construímos enquanto caminhamos será apenas a revelação de que tipo de deus tem governado nosso coração. E além disso, qual senhor nós estamos servindo. Construir altar é um resultado daquilo que fazemos diariamente e do que temos como prioridade em nossas vidas.

 

Um altar para elevar as orações e sacrifícios

Em Salmos 141:2, Davi estava procurando um altar para elevar suas orações e sacrifícios diante do Senhor. Assim, em meio a sua aflição clamou e ofertou no altar aquilo que lhe coube entregar. E portanto, ele deixa evidente que internamente o Deus verdadeiro governava seu coração, pois também os seus olhos estavam no Senhor.

Além disso,  o levantar das suas mãos era em gratidão e certeza de que Deus estava ouvindo. O altar interno já estava construído até que externamente todos vissem suas mãos levantadas diante da majestade de Deus.

 

A maneira como vivemos importa

Dessa forma, é possível concluir que a maneira como vivo é extremamente importante, pois viver é construir um altar para o Senhor, nossas atitudes e reações diante de circunstâncias desfavoráveis revelam o quem tem sido prioridade em nosso coração. De fato, construir um altar não é uma tarefa fácil, mas o verdadeiro sucesso de uma construção só é visto ao fim dela.

Portanto, o altar que minha vida está construindo deve revelar o Deus soberano sobre todas as coisas, que recebe as orações como incenso e as mãos levantas como uma oferta de gratidão, pois Deus é digno de que vivamos uma vida justa e reta diante dele. Além do mais, nossa vida é a construção de um altar e esse altar aponta para o deus que meu coração tem servido.

 

Fabio Henrique Gonçalves dos Santos – Aluno Fascinação Turma 18

 

Quando se fala de intercessão por Israel, algumas perguntas geralmente surgem e, para trazer certa clareza sobre esse assunto tão pertinente ao movimento global de oração dos nossos dias, gostaria de tentar responder duas questões principais: Por que e como orar por Israel? 

Por que orar por Israel? 

Primeiramente, oramos por Israel porque há uma ordenança bíblica para orarmos por Israel, e em segundo lugar, porque há uma promessa ainda não cumprida – o Senhor ainda tem planos para o povo de Israel que se cumprirão até o seu retorno à terra (Jr 32:37-42). Israel terá a sua terra quando o Senhor voltar – essa é uma das promessas que o Senhor fez a Abraão em uma aliança irrevogável (Gn 15:17-21). Do mesmo modo, o que fez Paulo sentir tanta tristeza e até desejar ser amaldiçoado pelos seus irmãos israelitas? (Rm 9:2,3) Ele afirma:

“o desejo do meu coração e a minha súplica a Deus em favor de Israel é que ele seja salvo” (Rm 10:1).

Paulo tinha essa convicção de que os planos para o seu povo ainda não haviam terminado, e por isso, clamava! Debaixo da sabedoria e soberania de Deus, Israel rejeitou a Cristo e a salvação chegou a nós, os gentios (At 11:18; Is 65:1). Porém, o que aconteceria então com a aceitação deles a Cristo, “senão, vida dentre os mortos?” (Rm 11:12, 15). Por isso oramos por Israel, pois quando chegar a plenitude dos gentios, Paulo afirma que:

“todo o Israel será salvo (…) O Libertador virá de Sião e desviará de Jacó as impiedades; e esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados.” (Rm 11:26,27).

Em Isaías, o Senhor diz a Jerusalém que colocou vigias sobre os seus muros, Ele mesmo disse que levantaria intercessores para clamarem de dia e de noite até a Sua vinda (Is 62:6,7). Por isso, o plano de Deus ao levantar oração incessante na terra está ligado ao plano de redenção que culmina na Sua gloriosa vinda, ou seja, é uma promessa que tem uma abrangência global e aponta para o fim. 

Como orar por Israel?

Após termos essa breve perspectiva das promessas bíblicas a respeito de Israel, nosso coração se inclina para orar aquilo que é a vontade de Deus. Pois, afinal, a Sua palavra certamente se cumprirá. Estes são alguns pedidos de oração que falamos de volta para Deus: “assim como o Senhor disse, cumpre a Tua vontade, Senhor!”

  1. Ore por Jerusalém
    Até que a sua justiça resplandeça como o nascer do sol, e a sua salvação, como uma tocha acesa (Is 62:1). Segundo as profecias, o governo de Jesus será estabelecido em Israel, o qual será um governo justo, de paz e eterno (Is 9:6,7). Isso apenas acontecerá em plenitude quando Jesus voltar. Portanto, se oramos pelo estabelecimento de justiça, pela restauração e salvação de Israel. Fundamentalmente, oramos pelo hoje e oramos pela futura vinda do Cristo, o descendente de Davi (Sl 132:11-18). 

Assim também, podemos ouvir o clamor de Davi que dizia:

Orai pela paz de Jerusalém, um clamor que também visava um tempo de restauração e estabelecimento do reino de Cristo (Sl 122:6-9). 

 2. Ore pela Salvação de Israel

 O foco aqui é a oração de salvação àqueles judeus que ainda não creem – seja em Israel ou em outros lugares, pois a nacionalidade deles nunca foi e não será suficiente para salvá-los. Apenas aqueles que estão em Cristo permanecerão enxertados na oliveira e serão salvos (Rm 11:24). Então, clame para que o véu temporário de seus olhos seja removido, pelo abrir de olhos e o  quebrantar dos corações, para que reconheçam Jesus como Aquele que sofreu, morreu e ressuscitou para dar a eles o perdão dos pecados. 

3. Ore por mais intercessores por Israel

E por um despertar da Igreja gentílica para “provocar ciúmes” em Israel (Rm 11:14). Isto se dá através da pregação do Evangelho, de sinais e milagres, e principalmente através do amor demonstrado pela Igreja. Que a Igreja ame o povo que Deus formou e usou para cumprir os seus propósitos de redenção. Um povo que sofre muita perseguição por simplesmente ser judeu. Que o Deus de Israel levante os vigias nos muros que não se calarão nem se cansarão (Is 62:6).

4. Ore pela comunidade cristã messiânica de Israel

A Igreja em Israel é formada hoje de judeus, árabes e outras etnias e é uma igreja com pessoas fracas semelhantes a nós, e que sofre perseguição ao anunciar o Evangelho abertamente, principalmente por parte de judeus ortodoxos, os mais conservadores. Devemos orar por fortalecimento dos nossos irmãos, pela ousada pregação do Evangelho ao seu próprio povo e pela perseverança do remanescente fiel de Deus.

Nesse mês de maio, nós iremos nos unir com cristãos de várias partes do mundo em prol de um jejum de 21 dias e estaremos orando por Israel, em um movimento global de oração. E aproveitando esse tema, vamos esclarecer a importância que Israel tem para nós cristãos. Talvez você esteja confuso ou não saiba porque orar por Israel. Nós não acreditamos que a igreja substituiu Israel nos planos de Deus, muito pelo contrário, acreditamos na centralidade de Israel nesse plano e é sobre isso que conversaremos hoje. 

 

Orar por Israel é a certeza de orar a vontade de Deus

Você já teve dúvidas sobre se suas orações estão alinhadas com a vontade de Deus?  Embora Deus ouça todas as orações, nem todas são respondidas. Deixa eu te dar uma dica muito valiosa: ore por Israel e você verá que essa oração certamente será respondida pois ela é a vontade de Deus. As vezes pensamos que não temos fé suficiente em nossos pedidos. Mas se tem um tópico de oração pelo qual podemos ter certeza que é a vontade de Deus, esse tópico é Israel. Sabe por que eu afirmo isso? Porque é promessa de Deus.

O profeta Isaías se refere a quem ora por Israel como “vigias” em Isaías 62:6-7: “Ó Jerusalém, sobre os teus muros coloquei vigias, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra”. Ou seja, pessoas que não descansam até que a vontade de Deus se cumpra em relação a Israel. Junte-se a esses vigias e ore por eles, confiando na promessa de Deus.

 

Quatro motivos para orar por Israel

Se você está em busca de razões para orar por Israel, aqui estão algumas delas. Orando por Israel, primeiramente, devemos nos lembrar que Deus está no controle do endurecimento e abertura dos olhos de Israel, e confiar que suas promessas serão cumpridas. Como igreja cristã, é importante amar e orar pelos nossos irmãos judeus, lembrando sempre que Jesus é judeu. Algumas razões específicas para orar por Israel incluem:

 Ore pela salvação dos judeus

Conforme Romanos 11:26. Muitos judeus não conhecem a verdadeira natureza de Jesus e o consideram apenas um fundador de uma nova religião. Um dos motivos mais relevantes de oração é para que mais judeus reconheçam Jesus como o Messias prometido. Quando lemos Atos 15, vemos que o cenário ali era diferente, a pergunta deles era: “seria possível os gentios seguirem um Messias de Israel?”. Hoje, ouvimos que os judeus não creem em Jesus. O que aconteceu? Muitos judeus não sabem o que é seguir Jesus, muitos deles acreditam que Jesus foi o fundador de uma nova religião. Essa religião, o cristianismo,  na visão deles adora três deuses ao invés de um único Deus. Esteja orando por Israel e ore para que mais judeus reconheçam Jesus como o Messias prometido, seu Senhor e Salvador;

Ore pela proteção de Israel

Como mencionado em Jeremias 31:38. Existe um movimento significativo para aniquilar essa nação, e devemos orar pelos inimigos de Israel, incluindo terroristas pertencentes a grupos extremistas ou mesmo cristãos confusos que acreditam que essa nação não deve existir. Pode parecer estranho mas o fato de Deus escolher Israel para cumprimento de seus propósitos no mundo, irrita a muitos e requer muita fé de nossa parte para confiar na soberania de Deus. É preciso sim muita oração sobre esse motivo;

Ore pela paz em Jerusalém

Conforme Salmos 122:6. Apesar de ser uma cidade importante para Deus, Jerusalém ainda enfrenta conflitos políticos e sociais. Há muito pecado e muita disputa em ambos os lados da cidade, a paz política só será possível no retorno de Jesus mas devemos batalhar pela paz de Jerusalém em oração. Jerusalém está fora das principais rotas comerciais e não tem importância estratégica para um exército conquistador. Se fosse apenas uma batalha física, seria difícil entender o raciocínio por trás disso. Mas sabemos que é espiritual, Deus escolheu habitar no meio de Jerusalém (Zacarias 8:3). Ore para que haja paz nessa cidade e para que Deus proteja seus habitantes;

Ore para o cumprimento das promessas de Deus para Israel

Conforme Isaías 60. Deus tem um plano para esse povo e prometeu que sua glória brilhará sobre eles. Declare essas promessas em suas orações e confie que Deus cumprirá sua palavra.

 

A Importância de Israel na Fé Cristã

Nessa conversa, espero ter ajudado a perceber a importância de Israel para a nossa fé cristã. É interessante lembrar que Jesus era judeu, ele não era cristão ou seja, seguidor de Cristo, ele era o próprio Cristo e  seu nome em hebraico é Yeshua . Maria sua mãe, não era católica e João seu primo, não era da igreja batista, ambos eram judeus também. Portanto, tenha ciência que ao ignorar o povo judeu, estaremos ignorando aonde se iniciou a revelação de Deus. Embora Jesus tenha pregado entre gentios, isso trouxe dificuldades para que seus irmãos judeus o reconhecessem como o Messias prometido. No entanto, chegará o dia da reconciliação. Veja o que diz em Zacarias 12:10:

“Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e súplicas de misericórdia, para que, quando olharem para mim, para aquele a quem traspassaram, o pranteiem como se pranteia filho único, e chorar amargamente por ele, como se chora por um primogênito”. Zacarias 12:10

Foi providência de Deus todos esses anos de rejeição por parte dos judeus para benefício e salvação de todos nós. Por isso, participe conosco desse jejum por Israel, entendendo a relevância dessa nação tanto para o cristianismo quanto para o retorno de Jesus. Não esqueça que o nome Jesus hoje para os judeus pode parecer gentil demais, mas Ele é o próprio Cristo.

E por fim, vamos lembrar que a importância de Israel não está apenas no passado, mas também no presente e futuro, conforme as promessas de Deus. Junte-se a nós nesse jejum e esteja orando por Israel, e confie na soberania de Deus para cumprir suas promessas.

 

Qual o objetivo de se praticar as disciplinas espirituais uma vez que já estamos salvos em Jesus Cristo? A resposta para este questionamento já levou muitos de nós para algum desses caminhos diferentes em um momento da nossa vida: o de condenação e o de espiritualidade sadia.

O caminho da condenação nos fez acreditar que poderíamos ser salvos e justificados pelas nossas próprias obras, ao praticar as disciplinas espirituais. Nos sentimos orgulhosos e poderosos, porque “parecíamos” mais santos do que os outros. Isso é semelhante aos fariseus que Jesus descreveu, orando e jejuando com um coração cheio de orgulho pelo seu sacrifício espiritual.

Por outro lado, podemos aprender com o Senhor Jesus que nos tornamos cada vez mais maduros em nosso relacionamento de intimidade com Deus quando praticamos as disciplinas espirituais, diferentemente dos fariseus que usavam as  disciplinas com o interesse de se autopromover.

 

Disciplinas espirituais: um caminho para a maturidade

 

Quando pensamos na palavra “disciplina”, geralmente, o que vem à nossa mente de imediato é uma ideia de sacrifício e perseverança. E logo nos lembramos da disciplina empenhada por atletas que precisam de alta performance para alcançar seus objetivos.

Eles se exercitam para que seu corpo seja capaz de corresponder ao máximo em curto tempo e sob pressão. Sua alimentação é balanceada e sua rotina é bastante abnegada, para serem capazes de ganharem um prêmio.

Nesse caso, eles entendem que o resultado não será imediato, mas demandará tempo e repetição no secreto, longe dos olhos das pessoas. Exigirá mudança de hábitos e constância para se aperfeiçoarem a cada dia. 

Aprendi com um querido pastor que assim também funciona a nossa vida espiritual. As disciplinas espirituais funcionam como esse preparo físico do atleta. Ela é o caminho para a maturidade. A maturidade espiritual não é medida pelo muito saber, mas pela obediência, por um coração que ouve as palavras de Cristo e as pratica.

Da mesma forma que ocorre com os nossos músculos ou com novos hábitos que desejamos agregar e que exige repetição, assim também a precisamos exercitar a nossa vida espiritual. Mas para qual objetivo?

 

Disciplinas espirituais: fortalecidos em nosso homem interior

 

Jesus tinha uma vida exterior e pública capaz de atender aos necessitados e de conversar com os doutores da lei, nutrida por uma vida interior prática. Ele só poderia fazer milagres e transmitir a sabedoria e a salvação do Reino de Deus, depois de anos praticando sua espiritualidade no secreto, ou até mesmo antes de tomar algumas decisões ou de falar. 

Pois Eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me deu ordens sobre o que Eu deveria dizer e o que proclamar. João 12.49

Ele nos ensinou a ouvir as suas palavras e as praticar comparando com alguém que constrói a sua casa na rocha. Os cristãos que não praticam as suas palavras constroem sua casa na areia. As tempestades da vida virão e eles estarão suscetíveis a cair por qualquer vento.

O objetivo de praticar as disciplinas espirituais é fortalecer nosso homem interior.

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia. 2 Coríntios 4:16

 

Disciplinas espirituais: uma vida de intimidade com Deus

 

Praticar as disciplinas espirituais não é uma caminhada solitária, mas intencional. É uma jornada que percorremos na companhia do Espírito Santo de Deus nos levando à estatura do varão perfeito que é Cristo.

Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Efésios 4:13-15

Não se trata de práticas para obter salvação, porque já somos filhos amados de Deus. Também não se trata de uma tentativa de sermos mais amados por Deus, porque já fomos comprados pelo seu sangue. Trata-se de uma graça divina, que apesar de gratuita, é de alto preço. 

Praticar as disciplinas espirituais é um convite de Cristo para todo cristão que deseja seguir os passos de seu Mestre e vivermos a vida abundante, pisando em cada pegada deixada pelo caminho, até nos tornarmos como ele e nos encontrarmos na glória.

 

Conclusão

 

A prática das disciplinas espirituais não tem o objetivo de nos tornar introvertidos ou alienados do mundo, mas de despertar nosso interior para saborearmos melhor a realidade que Deus criou. Neste processo, a Shalom de Deus equilibra os amores do nosso coração para buscarmos a Deus acima de todas as coisas e amarmos o nosso próximo como a nós mesmos.

Não percebemos o quanto os amores constantemente moldam nossos desejos. Por mais que saibamos o quanto nossa cultura imediatista preza pelo consumismo, não nos damos conta do quanto nosso interior é orientado por esses padrões. As disciplinas espirituais vão na contramão disso. Quanto mais buscamos viver os passos de Jesus, mais encontramos nele o tesouro da vida.

Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo. Gálatas 6.14

 

O principal objetivo das Disciplinas Espirituais é nos fazer parecidos com Jesus. A verdade é que não precisamos “adivinhar” quem Deus É, como Ele age e qual é o seu caráter. Mas podemos conhecê-lo se andarmos com Ele. As Disciplinas Espirituais ajudam nesse processo, que também é possível chamar de santificação.

Boa parte de nós teme a palavra disciplina! Talvez por ela ter sido aplicada em um contexto de injustiça. Por exemplo, quando eu era criança, levei algumas surras e era natural ouvir minha mão dizendo: “Estou te disciplinando porque te amo e não quero ver você sofrendo!”. Sim, eu sei que essa era a verdade profunda do coração dela, mas isso não anula as surras que foram dadas de forma injusta. Por outro lado, posso dizer que em outros momentos, a disciplina aplicada trouxe grande ensino e me fez crescer em maturidade.

Antes de mais nada, é importante entender que a disciplina não é um castigo e nem precisa ser um suplício. Afinal, quantas pessoas têm sido extremamente disciplinadas quanto a sua vida profissional a fim de realizar seus objetivos particulares e de negócios? E por que boa parte dos cristãos encontram grande dificuldade para se esmerar em sua vida com Deus? Simples: a luta contra carne continua por aqui! Saiba, porém, que as Disciplinas Espirituais é um meio de graça que o Senhor nos deixou para crescermos em nosso relacionamento com Ele.

 Quais são as Disciplinas Espirituais?

“Disciplinas Espirituais são as disciplinas pessoais e corporativas que promovem crescimento espiritual. São hábitos de devoção e cristianismo experimental que têm sido praticadas pelo povo de Deus desde os tempos bíblicos.”  Donald S. Whitney

Quando nos referimos a este termo, estamos falando a respeito de: leitura e estudo da palavra, oração, jejum, solitude, doar generosamente, comunhão e adoração. São ações práticas da fé que motivadas por amor profundo a Deus gera transformação pessoal.

Segundo Donald S. Whitney, “Deus usa três catalisadores básicos para nos mudar e nos conformar à semelhança de Cristo, mas somente um pode ser amplamente controlado por nós.”

Catalisadores de transformação:

O primeiro catalisador destacado por Donald são as pessoas: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro (Provérbios 27:17). O Senhor usa os relacionamentos nos ensinando a amar até mesmo os nossos inimigos. Somos aperfeiçoados e crescemos através da comunhão dos santos. Aprendemos a receber perdão e a perdoar.

O segundo, são as circunstâncias: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8:28). Nada acontece sem a permissão do Senhor e mesmo em meio às pressões do dia a dia e aos problemas que enfrentamos, temos esperança e convicção de fé. Entendemos que nada pode nos separar do amor de Deus e sabemos que o Senhor está sempre conosco.  

Estes dois catalisadores são externos e não é possível ter controle sobre eles. Porém, quando se trata do terceiro, das Disciplinas Espirituais, Deus age em nós de dentro para fora. Além disso Donald afirma:

“As Disciplinas Espirituais também diferem dos outros dois métodos de mudança porque Deus nos concede uma medida de escolha a respeito do envolvimento com elas. Nós muitas vezes temos pouca escolha em relação às pessoas e circunstâncias que Deus traz às nossas vidas, mas podemos decidir, por exemplo, se iremos ler a Bíblia ou jejuar hoje.”

 Buscando santidade através das Disciplinas Espirituais

“Não devemos simplesmente esperar pela santidade, devemos buscá-la.” Donald S. Whitney

Não podemos pensar que a santidade cairá de paraquedas sobre nós ou que fluirá milagrosamente do nosso interior sem que Cristo seja a nossa primazia. Em The Cost of Discipleship (O Custo do Discipulado), Dietrich Bonhoeffer deixa claro que a graça é grátis, mas não é barata. Além disso, existe um propósito para a manifestação da graça.

“Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos. Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Ele deu a si mesmo por nós, a fim de nos remir de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, dedicado à prática de boas obras. Tito 2:11-14

Jesus pagou um alto preço para que tivéssemos acesso ao Pai. Nós podemos nos relacionar com o Senhor e isso acontece através da meditação (estudo e leitura da Palavra), da oração, da adoração, e de uma vida de fé condizente com as escrituras. Sim! Não é pelo nosso esforço humano que chegamos a Deus, é pela fé, e pelo mover do Espírito Santo em nós. Mas, é neste lugar de ligação que o Senhor deseja nos manter.

Jesus afirmou que só daremos frutos se permanecermos ligados na videira (João 15). Mas lembre-se, o propósito de seu coração é que sejamos seu povo exclusivo e dedicado à prática de boas obras. As Disciplinas Espirituais são importantes para crescimento em santificação. Por este motivo, apresentarei algumas delas neste devocional.

Disciplinas Espirituais: Meditação na Palavra

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2 Timóteo 3:16,17

A Bíblia é o Livro de Deus. Com ela podemos conhecer o Senhor. Podemos aprender sobre o caráter e o coração do Pai e a respeito do Filho. A Bíblia exorta, mas também consola. Ele refrigera a nossa alma e nos ensina como proceder em amor. 2 Coríntios 3:6 nos diz que a letra mata, mas o Espírito vivifica. Não se pode compreender a Palavra sem a revelação do Espírito Santo.

Para ter consistência no relacionamento com as Escrituras é importante encontrar tempo para a leitura. Sabia que se ler 15 minutos por dia, terá lido a Bíblia toda em menos de 1 ano? E se ler 5 minutos por dia, lerá a Bíblia toda em menos de três anos. Ter um plano de leitura te ajudará a manter o foco. Além de lê-la, aprenda a meditar nela. O que isto quer dizer? É preciso parar para refletir sobre o ensino.

Saiba, porém, que a Bíblia foi escrita por homens usados por Deus, em um determinado tempo e para pessoas e situações específicas. No Método Indutivo do Estudo Bíblico, por exemplo, aprendemos a:

  • Observar – o que o texto diz
  • Interpretar – o que o texto significou para os ouvintes primitivos e,
  • Aplicar – o que o texto significa para nós hoje.

Apenas se lembre que, como descrito no Salmo 1, aquele que tem prazer na lei do Senhor e nela medita de dia e de noite, será como uma árvore plantada junto a corrente de águas, que dará fruto.

Disciplinas Espirituais: Oração

“Dediquem-se a oração” Colossenses 4:2

“Orem continuamente”1 Tessalonicenses 5:17

Orar é uma forma de amar. Pois, quando nos colocamos diante do Senhor, nós falamos sobre o que pensamos, sentimos, desejamos, mas também aquietamos a nossa alma para ouvir o Pai, e aprendemos a orar com o Espírito Santo. Além disso, Jesus já esperava nossas orações, assim como os nossos jejuns. Afinal, está escrito:

“E quando vocês orarem…” Mateus 5:5

“Mas quando você orar…” Mateus 6:6

“E quando orarem…” Mateus 6:7

“Vocês, orem assim…” Mateus 6:9

 “Por isso lhes digo: Peçam;… busquem;… batam…” Lucas 11:9

“Então, Jesus contou aos seus discípulos… que eles deveriam orar sempre…” Lucas 18:1

Mais que uma imensa lista de pedidos egoístas, a oração nos dá oportunidade de entrar em parceria com Deus para orarmos segundo a sua vontade e conforme a sua Palavra. Falamos de volta para Ele o que Ele já tem falado sobre nós.

Disciplinas Espirituais: Jejum

“Quando vocês jejuarem, não fiquem com uma aparência triste, como os hipócritas; porque desfiguram o rosto a fim de parecer aos outros que estão jejuando. Em verdade lhes digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando jejuar, unja a cabeça e lave o rosto, a fim de não parecer aos outros que você está jejuando, e sim ao seu Pai, em secreto. E o seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa.” Mateus 6:16-18

Outra Disciplina Espiritual é o jejum, o que não é apenas se abster de alimentos para perder alguns quilinhos. A abstinência voluntária tem um propósito espiritual. Na Bíblia, existem jejuns particulares, congregacionais e até nacionais, chamados por uma liderança e com o fim de arrependimento, por exemplo.  Mas, existem outros exemplos bíblicos de jejum e te encorajo a pesquisar sobre eles.

Jesus disse que os seus discípulos jejuariam quando chegasse a hora. Ele também nos ensinou um padrão de jejum, que como tudo que diz respeito às Disciplinas Espirituais, tem a ver com a motivação do coração. Se orarmos, lemos a palavra ou jejuarmos apenas para sermos vistos pelos homens ou para cumprir uma regra, então, já recebemos a nossa recompensa. Entretanto, tudo que for feito em secreto será recompensado pelo próprio Deus.

Originalmente publicado em 13 de agosto de 2021

Quero apresentar para você a Bíblia, uma amiga da alma, uma das melhores amigas que você pode ter para o seu desenvolvimento e crescimento espiritual. Portanto, se cuidamos tão bem dos nossos bens, das nossas carreiras e nossos sonhos, deveríamos cuidar ainda mais da nossa alma, daquilo que traz crescimento verdadeiro para nós. 

Vemos que Paulo, em Colossenses 3:16, faz um pedido para a igreja:

“A palavra de Cristo habite ricamente em vós, em toda a sabedoria, ensinai e aconselhai uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando Deus com gratidão no coração”. 

Aqui, ele fala a respeito da Palavra de Cristo, sendo assim, é preciso entender a relevância de termos a Palavra de Cristo habitando em nós, não de forma mediana, mas de forma rica, abundante, exagerada. É isso que Paulo está falando:

“que a Palavra de Cristo esteja em vocês, dentro de vocês. Que seja experimentada e vivida no coração e na alma de vocês – intimamente, ricamente – para que quando vocês se reunirem como igreja, como família, como corpo, vocês deem glória a Deus, aconselhem uns aos outros com sabedoria, louvem a Deus com gratidão”. 

Paulo eleva o padrão de ser crente e diz que conhecer Jesus é ter a Bíblia habitando dentro de vocês de forma rica. 

O que é Palavra de Deus?

Mas quando as pessoas falam “Palavra de Deus”, qual é o real significado? 

Hoje, a Bíblia é para muitos um manual de autoajuda, um livro de dicas de como viver a vida. Todavia, se a Bíblia é tratada dessa forma por nós, precisamos rever o que pensamos dela e que papel ela tem tido em nossas vidas.

Há quase 2 mil anos a igreja acredita que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, inerrante e perfeita para nós. 

Mas além de projeções de carreira e de sonhos com o futuro, que possamos amadurecer espiritualmente na Palavra de Deus e que a Bíblia tome um lugar de importância e prioridade na nossa vida individual.

Nosso pastor é Jesus e precisamos conhecê-lo através da palavra 

No livro de Hebreus vemos que antes, Deus falou conosco por meio dos profetas, mas hoje Ele fala por meio do Filho. Deus fala por meio de Jesus! Como você conhece Jesus? Conhecendo a história de Jesus, o seu comportamento, as suas palavras. Como ele reagiria nessa situação? O que será que ele tem para falar sobre a minha vida, minha circunstância, minha caminhada, minha jornada, minhas escolhas e meus relacionamentos? Assim você conhece a Jesus, falando para Jesus: “Senhor, me leva nessa aventura de conhecer o que o Senhor pensa a respeito da minha vida e de quem eu sou”. 

Medite na Palavra de Deus 

Jesus, em João 15, quando fala aos discípulos, diz assim: “permaneçam em mim e nas minhas palavras”. Ele diz: “a prova que vocês me amam é vocês obedecerem às minhas palavras”. Eu não tenho como obedecer a algo que não conheço, não medito, não leio, não vivo, não como. Logo, a Palavra de Deus precisa, de fato, se tornar a Palavra de Deus para nós. Nós precisamos ouvi-la e meditar nela. 

A Palavra tem poder para mudar nossos destinos hoje. Mas não podemos esbarrar nela de vez em quando, não podemos tratar ela como um livro de autoajuda. Não podemos tratar a Bíblia como um pesque-pague, no qual você pega o que lhe agradou e o que não agradou, você solta. Contudo, nós precisamos nos comprometer e nos submeter à plenitude do que a Palavra diz. Precisamos nos submeter à tudo o que ela nos chama a viver. 

A oração de Paulo aos colossenses era: “que a Palavra de Cristo esteja dentro de cada um de vocês de forma rica”.

João, em 1 João 2:14, diz assim:

“Filhinhos, eu lhes escrevi porque vocês conhecem o Pai. Pais, eu lhes escrevi porque vocês conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu lhes escrevi, porque vocês são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o Maligno”.

Logo, você quer vencer tentação do pecado na sua vida? João deu o segredo: vocês são fortes não porque vocês são bons, justos ou corretos. Vocês são fortes porque permitiram que a Palavra de Deus habitasse em vocês e a força que vocês têm vem do habitar e do viver a Palavra de Deus dentro de vocês; do conhecer a Palavra da Verdade. Então, quer uma solução para vencer o pecado na sua vida? Se encha da Palavra de Deus, se encha da riqueza da Palavra de Deus. Permita que a palavra de Deus habite em você ricamente. Esse é o segredo de João! 

O que é a verdadeira espiritualidade? 

Não temos nem ideia do quanto podemos ser úteis para o corpo de Cristo se conhecermos a Bíblia. Você procura uma igreja que seja útil para você, que sua família seja bem instruída, que seus filhos possam receber a Palavra. Mas já se perguntou se você é útil ou se tem contribuído para sua igreja local? Você já parou para pensar o que você tem que sua igreja local possa estar precisando? A melhor coisa que você pode fazer para a sua igreja e para o corpo de Cristo é conhecer a Bíblia.

Um dia você pode estar no supermercado e encontrar um irmão da igreja que está com problemas em casa e você, que está com a Palavra habitando ricamente dentro de você, pode levar uma palavra de encorajamento para seu irmão. Muitos problemas iriam embora da igreja se nós conhecêssemos a Palavra de Deus. Há homens de Deus para nos ajudar a caminhar, sim. Mas quanta dor de cabeça evitaria na sua vida, se você conhecesse a Bíblia? Nela há um convite para um diálogo e um relacionamento com Jesus, por meio do Espírito Santo. 

Como saber se você está lendo a Bíblia e orando o suficiente? 

Eu nunca conheci alguém que ama orar, e não ama ler a Bíblia. E nunca conheci alguém que lê muito a Bíblia e não ama orar. Esses dois andam juntos. São as duas asas do mesmo avião. Se você é alguém que ama o lugar de oração – na sua casa, no seu quarto, na igreja local – provavelmente você ama a Bíblia. Se você sinceramente expõe seu coração à Bíblia diariamente, buscando nela conselho, instrução, buscando nela a vida, provavelmente você também ama orar.

Provavelmente, você ama o lugar de se encontrar com Jesus na sua devoção pessoal. Então, você quer saber se você lê a Bíblia o suficiente? Olhe para a sua vida de oração. Se a sua vida de oração está saudável, você está no caminho certo. Jesus falou isso. Ele dá uma solução para uma vida de oração. Ele fala: “se vocês permanecerem em mim e as minhas palavras permanecerem em vocês, vocês pedirão o que quiserdes, e lhes será concedido”. 

É preciso fazer da Bíblia prioridade diária 

Assim como separamos tempo para exercitar o corpo, para redes sociais e para cozinhar, precisamos separar tempo para a Bíblia. Quando me converti, em uma pequena igreja em Londres, conheci dois irmãos ex-muçulmanos, que haviam se convertido recentemente. Certa vez, nosso pastor conseguiu levar o evangelho para alguns familiares deles em seu país de origem. E quando eles recebiam a Bíblia, eles encaravam ela e a escondiam. A Bíblia se tornava alimento diário para aquelas famílias, passando de casa em casa, revezando entre os pais e os filhos. Eles reservavam os dias que eles tinham para conhecerem a Jesus por meio da Bíblia.

Nós, que muitas vezes temos mais de dez Bíblias em casa, achamos ser suficiente apenas esbarrar na Bíblia uma vez por semana. 

Não há presente melhor para sua vida com Jesus do que mostrar seu amor por Ele, conhecendo-o. Pois, do que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Igreja, a Bíblia é a melhor amiga da sua alma. Você quer preservar a sua alma? Conheça a Bíblia. Quer viver livre do pecado? Conheça a Bíblia. Quer saber o que Jesus sonha para você? Conheça a Bíblia. 

Ore por paixão pela Palavra

Oro por nós hoje que a Palavra de Cristo habite em vós ricamente. Peça a Jesus para que Ele te dê mais paixão pela Bíblia, que Ele tire as escamas dos seus olhos. Peça a Jesus para que Ele te leve nessa aventura, que Ele te deixe conhece-lo e conhecer o Espírito Santo. Conhecer sua história e não só o que Ele falou, mas o que Ele está falando agora. Deus quer falar com você por meio da Bíblia. 

 

Todo cristão genuíno deseja crescer em sua vida de oração. Mas, muitas vezes não sabemos como começar e nem qual é o nosso papel como intercessores. A intercessão é um chamado para todos os que amam a Deus, pois ela faz parte das disciplinas espirituais. Além disso, Jesus mesmo disse: “E, quando orares…” (Mateus 6:5). Essa afirmação  desperta  a nos colocarmos aos pés do Senhor e o buscarmos de todo o coração, tendo como óbvio que  não importa se a oração vai ser por duas horas a fio ou por trinta minutos.

Cada um de nós temos vivências e visões de mundo diferentes e como Corpo de Cristo podemos entrar em parceria com Deus para orar as coisas que Ele mesmo já afirmou. Há  um grande privilégio em aquietar e lançar diante dele todas as ansiedades da alma, tanto a nosso respeito como sobre as coisas que estão acontecendo na terra. 

Em Ezequiel 22:30 vemos Deus buscando alguém que se colocasse na brecha para que aquela terra não fosse destruída:

“E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei.” Ezequiel 22:30

Deus está buscando intercessores nos dias de hoje? Mas, como devemos orar?

O princípio da confissão

“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor secou como no calor do verão. Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Eu disse: “Confessarei ao Senhor as minhas transgressões”; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.” Salmos 32:3-5

Neste texto Davi nos ensina como é importante reconhecer e confessar os pecados. Pois, o pecado aprisiona e, é um peso impossível de carregar. A vida se torna seca e não apenas a alma, mas até o corpo físico pode adoecer. Quando Davi se arrepende e reconhece diante de Deus a sua iniquidade ele se torna verdadeiramente livre. O peso é retirado.

Às vezes, nos esquecemos dessa verdade: não há nada que possamos esconder do Senhor. Mas, podemos e devemos ser intencionais em reconhecer quando falhamos e somos rebeldes. Quando confessamos  os nossos pecados, a mesma sensação de liberdade que invadia o coração de Davi encherá nossa alma de alegria. (Você também pode orar o Salmo 51)

Ousadia e fé

“Portanto, meus irmãos, tendo ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos com um coração sincero, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e o corpo lavado com água pura. Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” Hebreus 10:19-23

Você e eu temos uma voz diante do Senhor e temos a liberdade de entrar na presença de Deus todos os dias com amor, fé e ousadia. O  imenso sacrifício da Cruz de Jesus foi para nos levar de volta ao Pai e a Sala do Trono. Temos o coração purificado pelo sangue de Jesus, a certeza da salvação em Cristo e de que somos ouvidos por ele. Lembra o que está escrito em I Joãos 5:14? “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” Então, precisamos aprender sobre sua vontade e podemos descobrir essas verdades em sua Palavra.

Há uma vontade perfeita de Deus para nós e para as coisas que acontecem ao nosso redor e nós podemos acessar essa revelação através da oração e do estudo das Escrituras. Podemos declarar a Palavra da verdade sobre nossa família,  cidade, país e até sobre as nações.

Mas, como devemos orar?
Orações Apostólicas

Como já falamos, algo que faz parte do nosso DNA de Casa de Oração é orar a Palavra. Entre elas estão as orações Apostólicas. Uma de suas características é que as orações são centradas em Deus e não no pecado ou no diabo. São aproximadamente 25 a 30 orações Apostólicas no Antigo Testamento. Além disso, ela está focada na Igreja da cidade. Mesmo tendo o Apóstolo Paulo orado por indivíduos, eles usavam os mesmos termos das bênçãos impetradas às igrejas locais.

Por exemplo, quando oramos Efésios 3:16-21:

“Peço a Deus que, segundo a riqueza da sua glória, conceda a vocês que sejam fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito, no íntimo de cada um. E assim, pela fé, que Cristo habite no coração de vocês, estando vocês enraizados e alicerçados em amor. Isto para que, com todos os santos, vocês possam compreender qual é a largura, o comprimento, a altura e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que vocês fiquem cheios de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” Efésios 3:16-21

Pedimos a Deus que nosso bairro seja inundado pela sua plenitude e que nossos vizinhos possam ter a revelação da profundidade do amor de Deus por suas vidas. Oramos pela revelação de Cristo. 

Dicas práticas de como orar:

  • Procure um lugar propício e sem interrupções, que você se sinta à vontade;
  • Tenha um caderno de anotações, canetas e a Bíblia;
  • Providencie água, café ou suco;
  • Não há uma única forma de orar, saiba como você interage melhor com Deus;
  • Não tenha pressa, saiba que Jesus é o seu sábado, isto é: Nele você pode descansar. Se não tiver palavras que expressem o que você sente, ainda no silêncio, Jesus te escuta.
  • Escreva listas de orações e seja perseverante

“Orem sem cessar.” 1 Tessalonicenses 5:17

Conclusão:

Neste devocional refletimos a respeito de como devemos orar confessando nossos pecados  com ousadia e fé. Também falamos sobre a importância de orar a Palavra e as Orações Apostólicas.

Como tem sido sua vida de oração? Apesar dos desafios que nos cercam é muito importante nunca desistirmos e sempre retornarmos ao lugar da oração. Que possamos cultivar um coração que ame a Deus sobre todas as coisas.

Continue a ler sobre oração, aqui.

São 7 horas da manhã, você desliga o despertador e então vê uma notificação no celular. Curiosamente, decide ver o que é, e então, muitos minutos depois você se encontra distraído com a infinidade de conteúdos e acontecimentos do dia que acabou de começar. Logo, você levanta, toma um café, e se prepara para mais um dia. Rotina, horários, prazos, compromissos, reuniões, mensagens para responder, e distrações. Tudo isso te envolve e quando você percebe o dia já terminou e não houve tempo para “uma coisa” necessária: tempo com Jesus

Se você, por acaso, conseguiu se ver neste quadro, não se desespere tanto. Ainda há esperança! Eu amo saber que cada dia é uma oportunidade para mudar esta realidade. De maneira prática, uma forma de mudar isso é colocar na agenda um horário específico para leitura da palavra e oração. Sei que muitas vezes não temos uma hora inteira para isso. Mas temos quinze ou vinte minutos, o que certamente é melhor que não ter tempo algum para ter tempo com Jesus. 

“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 8:38-39

Como começar a fazer devocional

Você pode começar aos poucos e não existe uma fórmula certa para fazer seu devocional. Eu gosto de me assentar à mesa, pegar o meu “kit de devocional”: Bíblia, café, caderno de anotações. Às vezes um fone de ouvido e uma boa playlist de música instrumental. Então, basta escolher um versículo, ler, fechar os olhos e orar aquelas palavras. Vida, luz para o caminho, força, refrigério e direção. Tudo isso pode te envolver no momento em que você para tudo e volta seu olhar e coração para Cristo e Suas palavras.

Assim, a cada dia é possível conhecer um pouco mais, e o desejo de conhecer também aumentará. Quinze minutos viram trinta e de repente uma hora se passa e você se torna aquele que tem o prazer na Lei do Senhor. Tudo o que precisamos é de um começo, e este pode ser hoje mesmo. Entre no seu quarto e, fechando a porta, ore. Sem dúvida, você encontrará o prazer de estar com aquele que tudo sustenta com Sua palavra, e ela certamente te sustentará. 

“O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.” Lucas 2:40

Assim, torne o hábito de ter tempo com Jesus sua rotina. Você descobrirá dia a dia quem Ele é. Deus te abençoe!