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Nosso descanso precisa ser maior que nossa exaustão

Deus

Nós temos necessidade de descanso

A promessa de descanso que temos na bíblia é uma pessoa. Jesus é nosso descanso. Por isso, é a revelação que temos dEle, que nos permite descansar de nós mesmos.

Portanto, tendo-nos sido deixada a promessa de entrarmos no seu descanso, temamos não haja algum de vós que pareça ter falhado. Porque também a nós foram pregadas as boas novas, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não chegou a ser unida com a fé, naqueles que a ouviram.” Hb 4.1,2

Nossa exaustão e o constante stress imposto pela vida moderna, são provas evidentes que não estamos usufruindo desta promessa na totalidade. Os índices de doenças nervosas nunca foram tão alarmantes.

A fé que precisamos para entrar no descanso, só aumenta à medida que cresce a revelação de quem Jesus é. Já que é o próprio Deus que nos desafia a viver uma vida de dependência e entrega.

O descanso do sábado

O verdadeiro descanso não tem relação com circunstâncias externas. Contudo, ao menos uma vez na semana, deveríamos praticá-lo. A observância do sábado, na forma de mandamento, nos protege e capacita a viver nossa semana com a perspectiva correta. Igualmente, inclui descartar voluntariamente elementos de pressão.

Portanto, o sábado foi criado para que o homem entendesse, que se Deus descansou ao final da criação, devemos fazer o mesmo. Nosso descanso, dentre outras coisas, é uma declaração de que não podemos acrescentar nada ao que já foi criado.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.” Ec. 1.9

Separar um dia de nossa semana para contemplação, lazer, criatividade e interação com familiares e amigos pode ser desafiador, mas é necessário. As atividades deste dia não são “religiosas”, mas nos conectam com o Criador.

Ao reconhecermos na criação a face do Criador, estamos praticando o sábado. Certamente, um jantar com amigos, a leitura de um livro, a prática de algum esporte, ou a simples soneca após o almoço, são prazeres legítimos que equilibram nossa ótica da vida.

O descanso de Deus

E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.” Gn. 2.2,3

Entrar no repouso de Deus é reconhecer que Ele é soberano. Não é sinônimo de preguiça, apatia ou procrastinação. Esse nível de descanso é ativo. É uma decisão que envolve fé e rendição.

Busque hoje diante de Deus esse lugar, onde seu fardo é depositado a Seus pés. Ouse confiar em Sua liderança sobre sua vida. Enfrente suas batalhas com a certeza que Ele é quem vai vencê-las. Descanse!

Sem dúvida, a natureza de Jesus se manifesta em nós e através de nós quando operamos a partir de um lugar de sossego. Uma alma tranquila e equilibrada brilha e salga. Seja sal e luz a partir deste lugar de descanso.

Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto, enquanto não descansar em ti.Santo Agostinho

Será que algum dia nós seremos capazes de conhecer o amor de Deus completamente?

Às vezes, após um sermão a respeito de Cristo, nos achamos conscientes sobre como somos amados por Ele. A sensação é ótima, mas na maioria das vezes não dura muito tempo. Passam-se alguns dias e paramos diante do nosso reflexo pensando: Meu Deus! Eu não conheço nada desse Seu amor. Ou talvez, por causa de alguém que viveu uma experiência profunda, dizemos a nós mesmos: Eu preciso de ajuda! Há muito ainda para conhecer.

É maravilhoso reconhecer isso em si mesmo. Mas será que “muito” não parece até ser uma palavra distante demais para nos manter animados/empolgados? As coisas parecem piorar quando alguém diz que não teremos tempo suficiente para conhecer qualquer coisa a respeito de Deus. Calma aí! Não seremos capazes de conhecer esse amor completamente? É difícil responder essa pergunta, já que a Bíblia não diz muito a respeito disso. Mas podemos ter certeza de uma coisa: se não conhecermos tudo sobre Ele aqui — o que é bem provável — com certeza, vamos fazer isso durante a eternidade.

Um amor incomparável

Se houvesse uma maneira de medir os sentimentos que alguém tem por outra pessoa, o amor de Deus estaria, definitivamente, na lista de sentimentos impossíveis de se medir. Assim como todos os seus demais atributos. Afinal, aquilo que pensamos entender a respeito dessa emoção divina, não se compara à 1% do que ela realmente é.

Em Efésios 1, Paulo convida seus leitores a compreenderem juntamente com todos os santos todas as quatro dimensões do amor de Cristo. A largura, o comprimento, a altura e a profundidade. Apesar de estarmos dentro da probabilidade de não conhecer 100% do amor de Deus — ou talvez 1% dele — podemos conhecer uma porcentagem das suas dimensões.

Diante disso, podemos entender um pouco do porquê de reconhecermos nossa insuficiência no conhecimento do amor de Deus ao vermos alguém o experimentando mais profundamente. Isso serve para nos instigar a conhecê-lo mais. Aí está o “junto com todos os santos”: um incentivando o outro a ir cada vez mais profundo.

Definitivamente, a jornada de conhecimento do amor de Deus não é tão curta como muitos podem imaginar. Talvez tome a nossa vida inteira. Porém, podemos ter certeza de que quando caminhamos por ela com outros ao nosso lado, ela se torna muito mais rápida.

Estava orando alguns dias atrás e comecei a dizer que não queria somente uma unção da parte de Deus. Eu queria o coração Dele e também sua presença.

Afinal, os sinais e a unção de Deus vêm quando alcançamos Seu coração e aprendemos a amar e a desejar Sua presença. Ele reconhece aqueles que realmente o desejam. Ele reconhece adoradores verdadeiros, Ele reconhece filhos.

Essa vida é sobre a sua capacidade de se relacionar com o Criador. Deus é um Deus de perto e não de longe. Se você conseguir entender isso, viverá a  plenitude de uma vida abundante.

Portanto reconhecer que Ele está perto e que podemos alcança-lo, significa que também podemos alcançar o Seu coração

Deus é alcançável

Temos insistido em propagar que Deus está distante e é inalcançável, isso não é verdade. Precisamos começar a viver um relacionamento com Ele nesta era, para que na era que está por vir, Ele nos reconheça.

Portanto, viver na Presença de Deus é escutar Sua voz e perceber os sinais e os detalhes de quem Ele é.

Afinal, Deus está falando, você tem escutado Sua voz? Tem percebido suas direções, e o que Ele tem feito?

“E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo.
Então entrou em mim o Espírito, quando ele falava comigo, e me pôs em pé, e ouvi o que me falava”. Ezequiel 2:1,2


Deus fala com a gente


Esses são dias de nos colocarmos em pé diante de Deus, ficarmos  prontos para recebermos mais do Seu Espírito e realmente escutarmos o que Ele está falando.

Deus está chamando uma geração que vai escutar Sua voz no lugar secreto. Vai obedecer e brilhar Sua luz nos lugares mais escuros desta terra.

Anos atrás eu escutei o Senhor me dizer que a única maneira de diferenciar o falso, era conhecendo o verdadeiro, e que com sua voz era da mesma maneira.

Então, você somente irá reconhecer as falsas vozes que cercam sua vida, quando conhecer a voz de Deus.

Certamente para reconhecer Sua Voz, você precisa desejar viver na Presença de Deus.

Somente filhos se tornam íntimos de um pai, e não estranhos que somente desejam um contato rápido. O segredo da Presença de Deus é permanência. Venha o que vier, falem o que for, Ele é o mais importante da sua vida.

Quem se relaciona com Deus, recebe a Sua unção

Portanto, um dos sinais claros da presença de Deus será a unção que você carrega. Não tem como você andar com Ele e não ser impactado por uma unção poderosa. Essa unção ficará clara quando você andar nesta terra, falar e amar pessoas.

Mas, a unção é somente uma consequência do seu relacionamento com Deus. Viver a unção e andar neste poder sobrenatural, somente será possível através de uma vida com Aquele que retém todo o poder.

Quando penso em homens que foram íntimos de Deus e viveram em Sua Presença, eu me lembro de Moisés.

“O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo”. Êxodo 33:11ª

Enfim, esse é só um dos muitos versículos em que podemos ver que é possível ter um relacionamento profundo com o Criador.

Deseje Deus com todo seu coração

Não queira somente as bênçãos que Ele pode te dar, deseje muito mais.

Seja como Daniel, que aprendeu como alcançar o coração de Deus, entendeu que não havia melhor lugar do que estar na Presença Dele e mostrou com sua vida que realmente andava na unção do Deus Vivo.

“E ele disse: “Daniel, você é muito amado. Preste bem atenção ao que vou lhe falar; levante-se, pois eu fui enviado a você”. Quando ele me disse isso, pus-me de pé, tremendo. E ele prosseguiu: “Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas”. Daniel 10: 11,12

As águas na bíblia possuem uma simbologia com lições e ensinamentos que me encantam. Portanto, a analogia dos rios e da profundidade de águas, relacionada ao mover do Espírito, é muito apropriada.

Quando eu era criança, gostava de deixar a água escorrendo entre os dedos. Enquanto fazia isso, pensava como algo tão simples e familiar tinha tanto significado e valor. Não sobrevivemos muitos dias sem água. O alimento pode nos faltar, mas a falta de água é mortal para o ser humano.

Os rios de Deus mencionados na bíblia, estão sempre associados com vida, frutificação, saúde e intimidade (profundidade no relacionamento).

“E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações.” Ap. 22.1,2

“…e era um rio, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar.” Ez. 47.5

“Estas águas saem para a região oriental, e descem ao deserto, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, as águas tornar-se-ão saudáveis. E será que toda a criatura vivente que passar por onde quer que entrarem estes rios viverá; e haverá muitíssimo peixe, porque lá chegarão estas águas, e serão saudáveis, e viverá tudo por onde quer que entrar este rio.” Ez. 47.8,9

Meditando nas águas

A água não é só essencial para nossa sobrevivência, como é necessária para nossa higiene. Igualmente, pode também ser um instrumento que nos move para lugares diferentes. As correntezas dos rios, o repuxo dos mares e a violência das cataratas, possuem força suficiente para nos conduzir para lugares distantes em poucos minutos.

Isso é verdade no mundo físico e é também uma realidade no mundo espiritual. Por isso, precisamos beber diariamente desta água, sem a qual, podemos morrer. A mesma palavra que nos purifica, nos molda e transforma em quem fomos criados para ser.

Igualmente, devemos almejar que nosso relacionamento com o Espírito Santo seja aprofundado. Quando mergulhados em sua realidade, perdemos o controle de nossa vida, acreditando que Ele é suficiente para nos conduzir.

Entretanto, não devemos temer a velocidade das águas. Inegavelmente, à medida que somos limpos e ousamos confiar, elas mesmas nos conduzirão para nosso destino. Sua velocidade é adequada para nos transportar do lugar onde estamos hoje, para aquele onde Deus quer nos levar.

Certamente, as verdadeiras conquistas e avanços, são resultado de entrega, não de batalha. Quanto mais permitirmos que o Espírito Santo nos conduza, mais rápido chegaremos ao destino proposto.

Mergulhe hoje nos rios de Deus, nas águas profundas. Permita que elas o lavem. Beba delas para saciar sua sede, tenha certeza também que são elas que o conduzirão em segurança para seu destino.

Saiba, o percurso do rio pode ser assustador em algumas partes do trajeto. Pode conter pedras, pode ser raso e de repente afundar. Mas, o grande capitão de nossas vidas, sabe como nos conduzir por essas águas. Ele deseja que aprendamos a confiar em Sua liderança.

“Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.”   Sl. 42.7

Abismos que chamam outro abismo em nossa vida, são aqueles momentos em que nosso desespero por respostas, ou nosso desejo de conhecer mais do coração de Deus, nos conecta com realidades profundas. Inegavelmente, as profundezas da terra, dos mares e ares carregam mistérios.

Tanto a altura das montanhas, quanto a profundidade dos oceanos, desafiam nossa capacidade de respirar. A alteração da pressão atmosférica oferece risco para nosso organismo, quando não utilizamos equipamentos adequados. Achegar-se a Deus com ousadia, igualmente exigirá de nós preparo e treinamento.

Depois que as tormentas passam, costumamos ter maior clareza do que foi gerado no processo. Durante elas, quando as ondas passam sobre nós, não temos capacidade de avaliar completamente o que o encontro do nosso abismo, com o abismo de Deus, gerou.

A bíblia, não só neste texto, mas em muitos outros, associa nossa fome e sede com a descoberta de aspectos do caráter de Deus, que os não famintos e não sedentos desconhecem.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos.” Mt. 5.6

A fartura prometida para os que buscam saciar-se nEle, é a mesma encontrada nas profundezas do conhecimento dEle. Esta abundância é extravagante, assim como foi o gesto daqueles que reconheceram nEle a fonte de todas as coisas (Mt. 26.7-13).

Esse Deus ilimitado e eterno desperta nossa atenção, instiga-nos a cavocarmos em Sua plenitude. Não existem perguntas sem respostas nEle. Semelhantemente, Sua natureza não coabita com limites de qualquer natureza.

Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus. Na cruz Ele levou cativo o cativeiro (Ef. 4.8), venceu a morte e nos abriu um caminho que temos que decidir percorrer. Como todo convite que Ele nos faz, está condicionado ao nosso aceite.

“E a verdade é que Ele revela muito mais sobre si mesmo a determinadas pessoas do que a outras, não porque tenha os seus “favoritos”, mas porque lhe é impossível mostrar-se a alguém cuja mente e caráter lhe sejam inteiramente adversos.” C.S. Lewis

Aproxime seus abismos dos dEle. Eles existem em nossas vidas porque em medida maior existem na dEle. As respostas que Ele deseja dar para nossas perguntas nos deixarão boquiabertos, da mesma maneira que Jó, diante de Sua aparição no meio da miséria em que se encontrava (Jó. 38 e 39).

Encontrar Deus nos vales nem sempre é tarefa fácil. Lugares baixos são solitários e sombrios. São desprovidos de beleza e limitam nossa visão e perspectiva. No entanto, a experiência do vale é distinta e não menos importante.

As estrelas podem ser vistas do fundo de um poço escuro, quando não podem ser discernidas do topo de um monte. Assim também, muitas coisas são aprendidas na adversidade, com as quais o homem próspero nem sonha.” C. H. Spurgeon

Não buscamos os lugares baixos voluntariamente. Gostamos dos montes, dos lugares altos, onde nossa visão tem alcance. Além disso, esta posição nos confere vantagem em muitos aspectos.

Todavia, quando Deus conduziu o povo de Israel pelo deserto, rumo à terra prometida, alertou para o fato de que a terra possuiria montes e vales:

Mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas; Terra de que o Senhor teu Deus tem cuidado; os olhos do Senhor teu Deus estão sobre ela continuamente, desde o princípio até ao fim do ano.” Dt. 11.11,12

Mesmo que, sob nossa perspectiva, esses trajetos pudessem ser descartados, aos olhos de Deus eles não são apenas necessários, mas estratégicos. Já que, algumas lições só são aprendidas neles, é de Deus a tarefa de nos conduzir em sua direção.

Ele não se intimida com o tamanho do desafio, ou com a profundidade dos vales. Não se espanta também com a altura dos montes. Por isso, é sábio manter os olhos nEle, independentemente do fato de estarmos em um monte ou vale.

Existem aspectos do caráter redentivo de nosso Pai e Salvador, que só encontramos nestes lugares. Já que, é neles que Ele nos livra, guia, ensina e disciplina. Quando passamos por eles, necessitamos doses elevadas de confiança. Isto é, nossa identidade é testada e aprovada nos desertos e vales de nossa jornada.

Nosso Deus é um Deus de montes e vales (I Rs. 20.28). Ele tem táticas para nos conduzir enquanto passamos por eles e, igualmente, prepara-nos para os montes. Para Ele trevas e luz são a mesma coisa (Sl. 139.12).

Saiba que os vales possuem beleza e propósito. As batalhas vencidas nos vales nos preparam para os montes. A descida de um monte sempre nos levará de volta para o vale. Por mais que tentemos retardar esta descida, ela acontece cedo ou tarde.

Que o Senhor ajuste nossa ótica para perceber as belezas existentes no vale. Que seja Ele mesmo nosso consolo ao passarmos pelos vales desta vida. Que jamais esqueçamos que Ele prometeu estar conosco sempre.

O alvo da oração é o ouvido de Deus.”  Essa frase de C. H. Spurgeon, de certa forma, resume o que deveria ser óbvio, mas nem sempre é.

Quando oramos, deveríamos ter em mente quem nos ouve. Não só no que se refere a posição que ocupa, de Criador e Governador de todo universo, mas também ao ouvido de Pai que nosso Deus possui.

NEle reside todo poder para mudar nossas circunstâncias e o desejo de fazê-lo, pelo simples fato de que nos ama. Por isso, a expectativa de ser respondido está intrinsecamente associada à revelação que temos de quem Ele é. Quanto mais revelação tivermos de Seu caráter redentivo e de Seu amor incodicional, maior será nossa certeza que Ele nos responderá.

Similarmente, a convicção da resposta também envolve revelação de como Ele nos vê. Saber quem somos nEle, e conhecer o valor que Ele atribui a nossa vida, é igualmente imprescindível ao acessarmos sua presença. A expectativa da resposta será potencializada, quando o acesso é fundamentado na revelação de nossa filiação. A posição de herdeiros nos garante acesso irrestrito e irrevogável.

Embora nossa falta de fé, na maioria das vezes, não esteja associada a incapacidade dEle em nos atender, pode ser afetada pela falta de revelação de quem somos nEle. Em geral, é nossa baixo autoestima que limita nossa ousadia. 

“Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?” Sl 94.9

“Ó Deus, ouve a minha oração, inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca.” Sl. 54.2

Seja qual for a circunstância que esteja nos impedindo de correr na direção de nosso chamado ou destino, ela é menor do que a capacidade de Deus de modificá-la.  Já que, nenhuma enfermidade ou limitação é grande suficiente para ameaçar Sua soberania e poder.

Certamente o ouvido de Deus está atento ao nosso clamor. Nossa fé e determinação são testadas quando nos aproximamos dEle. Nossos sussurros são ouvidos. Ele está mais atento do que conseguimos perceber ou avaliar.

“Sussurros, que não podem ser expressos em palavras, são freqüentemente orações que não podem ser recusadas.” C. H. Spurgeon

Por isso, sussurre hoje aos ouvidos dAquele que ouve, tendo a certeza de que Ele se importa. Inegavelmente, Ele tem poder para trazer a existência, em sua vida, aquilo que não existe.

“…porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Hb. 11.6

Hoje vamos falar das dores que nos fazem plenos em Deus. Não sei se você, assim como eu, já se sentiu infantil diante do Senhor? Não porque o coração se torna sincero e puro como de uma criança. Na verdade, tem mais a ver com ser menino mimado e sem maturidade para lidar com o que é real. Podemos nos tornar “birrentos” diante do não, diante do espere e principalmente do confie. Sabemos que Deus sempre ouve as nossas questões e entende como ninguém, porém nossas “birras” não movem Seu coração, mas nossas orações podem fazê-lo.

“Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça.” Salmos 66.20

Muitos de nós, ouvimos aquela expressão: “crescer doí!”. De alguma forma ela é verdadeira. Pois, assim como uma criança sente certa dor quando os ossos começam a esticar-se, chegar a maturidade emocional e espiritual nos fazem sofrer aflições semelhantes. Então, devemos olhar com esperança tais momentos, pois nos levará à uma vida de saúde plena e entendimento de quem somos. No fogo seremos provados e nesse lugar também podemos experimentar aprovação. Sim, eu e você podemos nos tornar plenos em Deus. 

Quando sabemos quem Jesus É e as motivações de Seu coração, nos achegamos a Ele com confiança. Percebemos que Ele É quem transforma o nosso ser, santificando-nos de dentro para fora. Não são meras expressões externas, aparente, mas um fogo que nos incendeia e nos eleva. Um fogo que nos purifica.

O que levou Ananinas, Misael e Azarias (Sadraque, Mesaque e Abede-Nego) a enfrentarem de forma corajosa a fornalha? O que os levou a dar a Nabucodonosor a resposta que o surpreendeu e do mesmo modo o enfureceu? Eles conheciam ao Deus que serviam e estavam disposto a qualquer sacrifício. Eles sabiam que apesar de qualquer resultado, o Senhor continuaria a Ser Deus e que nenhuma circunstância alteraria tal verdade. Alguém pode duvidar que mesmo diante de uma resposta de fé, não houve nenhum tipo de medo ou incerteza quanto ao que aconteceria? Eles estavam plenos em Deus. 

“Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.” Daniel 3. 15-18

Não foi apenas uma resposta corretamente aceitável dadas pelos jovens hebreus. Não fora história da carochinha. A vida daqueles rapazes estava em risco, mas Eles sabiam que Deus É Digno e que não precisava provar nada a ninguém. Este também é o nosso coração diante dos desafios que enfrentamos todos os dias? Quais são as nossas respostas perante os olhos que nos cercam e principalmente d’Aquele que sonda o nosso coração? E o mais importante, como andaremos daqui para frente?

Há muito, esses jovens e de forma especial Daniel tinham tomado uma decisão, manter-se puro aos olhos do Senhor, guardar tudo o quanto haviam aprendido de seus pais e nem mesmo  uma cultura nova os haviam persuadidos a mudarem. Que hoje, eu e você, renovemos o nosso compromisso com o Senhor, a nossa decisão de dedicação Aquele que amamos. Sim, que sejamos plenos em Deus. 

“Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.” Daniel 1.8

 

Não sei o que vem a sua mente quando ler esse título, mas quero começar dizendo que é real: Estamos Julgando Deus. Na verdade isso acontece com tanta frequência que nem mesmo percebemos. Quer ver como? Que tipo de pensamento você reprime e abafa quando lê passagens bíblicas de Deus derramando juízo sobre cidades, pessoas? Ou quando algo ruim acontece na sua própria vida ou no mundo? Ou nos momentos em que a presença de Deus não está tão perceptível e sua voz não está audível?

Muitas vezes ao ver ou passar por situações assim me vieram perguntas: que tipo de Deus é esse? Por que Ele faz isso? Por que Ele não impede tal coisa? Por que Ele permite o mal? São perguntas difíceis de se responder, bem difíceis na verdade, mas que uma hora ou outra na nossa jornada elas precisarão ser respondidas. Só assim a nossa fé será firmada.

Pensando sobre Deus

A imagem que carregamos do Deus que servimos é tão importante, mas pouco pensamos sobre isso. E acabamos caindo no erro de pensar que nossa ideia de Deus é realmente Deus. Porém na maioria das vezes não são! Elas acabam não passando de projeções, fantasias e preconceitos acerca Dele, carregadas de frustração e julgamentos humanos que se baseiam em nossa própria experiência pessoal e na nossa visão de mundo.

A.W. Tozer disse que:

“Se fosse possível extrair de um homem uma resposta completa à pergunta ‘O que vem a sua mente quando você pensa sobre Deus?’, talvez pudéssemos prever com certeza o futuro espiritual daquele homem. […]”.

A forma como enxergamos Deus, vai influenciar a forma com lemos a Bíblia, como respondemos aos tempos de crise, como nos relacionamos com as pessoas, até mesmo a forma como nos vemos, ela vai dizer também até onde vamos nessa jornada, que tipo de amor temos por Ele e como vamos representar e apresentar Deus para o mundo. O conhecimento de Deus é o mais importante conhecimento que podemos buscar ter. Deus falou através do profeta Oséias que o seu povo perecia porque lhes faltavam conhecimento acerca Dele. Isso é sério!

A falsa percepção de Deus

Jesus em João 17:3 deixa claro o que é a vida eterna: é o conhecimento do único Deus verdadeiro e Jesus Cristo. Quero te fazer pensar hoje: O Deus que você segue, crê, ora e conhece é o Deus Verdadeiro? O primeiro passo para conhecer o Deus verdadeiro é identificar as falsas imagens, percepções e julgamentos que carregamos Dele e nos desfazer delas. Paulo em 2 Coríntios 10:5 fala sobre destruir todo conselho e altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus na nossa mente.

É necessário identificarmos onde estamos julgando Deus, pois na maioria das vezes ou vamos criar um deus ruim, malvado, carrancudo, que odeia, manipula o homens, os faz sofrer os machuca e que está indiferente aos sofrimentos e necessidades deles, ou por outro lado, vamos criar um deus conveniente aos nossos próprios desejos que se resume em bondade e amor, é permissivo e legalista, está no mesmo patamar que os homens sendo assim um deus fraco, passivo, não soberano e que acaba sendo inútil como deus.

A Bíblia fala que existe inimizade da nossa natureza contra Deus, então, “Um deus criado nas sombras de um coração decaído será naturalmente uma imagem falsa do Deus verdadeiro.” (A.W.Tozer –Conhecimento do Santo). Sendo assim o julgamos e o vemos com nossas lentes sujas, arranhadas e embaçadas.

O convite a conhecer o Deus Verdadeiro

Na verdade o convite que Deus faz a nós todos os dias é para encará-lo. De maneira ilustrada porém real, penso que é olhar Ele de perto, olho no olho, cara a cara sabe? Ter coragem de olhar de perto atributos Dele que talvez você tenha medo de encarar. Fazer a Ele as perguntas difíceis, expor os pensamentos “proibidos” que carregamos sobre Ele e nos achegar a Ele em arrependimento pela forma que o julgamos e pelo fraco conhecimento e consciência que carregamos Deles.

E pela contemplação e leitura das Escrituras descobrir e experimentar- ou provar e ver, nas palavras do salmista, – que tipo de Deus é o nosso Deus, que tipo de bondade é a Sua bondade, que tipo de amor é o Seu amor, que tipo de ira é a Sua Ira e assim por diante.  

Que tipo de deus é o seu Deus?

O Deus que a Bíblia revela é um Deus que em essência é transbordante de amor, um Deus que trabalha em favor dos homens, que faz todas as coisas cooperarem para o bem daquele o amam, que mesmo no meio do sofrimento Ele permanece Bom e está conduzindo a história da forma menos dolorida possível para nos conduzir a sua vontade, ao seu plano perfeito de amor.

Ele não é um ditador que trabalha para seus próprios fins egoístas, nem mesmo manipulador, pelo contrário é um Rei Soberano que serve o seu povo, provê de si mesmo para sustentá-los e que toma a iniciativa para se revelar e se relacionar com seus filhos. Um Deus que mostra o caminho certo a seguirmos e apresenta gratuitamente graça suficiente para caminharmos Nele. Um Deus pleno que não precisava de nós mas num transbordar de comunhão da Trindade nos coloca nesse fluxo de amor e comunhão com Ele. Um Deus que desde a eternidade se propôs a criar, amar, salvar e se revelar.

Enfim, poderia escrever páginas e páginas sobre quem Ele é e como Ele é, mas desejo mesmo que você entre (ou continue) agora mesmo nessa jornada para a cada dia fazer com que a sua ideia de Deus esteja mais próxima do verdadeiro Deus, tirando assim, Deus do banco dos réus, colocá-lo no seu devido lugar na sua vida, vê-lo com as lentes corretas e ficar em paz com quem Ele É, e assim poder amá-lo em plenitude de todo coração, alma, força e mente.

Descanso foi o tema proposto para vários pintores famosos. Deveriam pintar quadros que representassem o descanso.

Alguns fizeram quadros de natureza com lindas cachoeiras, pássaros e um cenário de filme. Outros pintaram pessoas deitadas em redes. Crianças acompanhadas de seus pais em um dia ensolarado. O vencedor do concurso pintou um pássaro pousado em uma árvore, que já havia perdido todas suas folhas, em meio a uma tempestade.

O pássaro, na sua fragilidade, estava parado com sua penugem sendo remexida, assim como os galhos daquela árvore.

Esse é o verdadeiro retrato da paz e do descanso. As tempestades não são capazes de nos remover da posição de quietude.

Cena parecida com a que os discípulos presenciaram quando viram Jesus dormindo durante uma tempestade. O barco estava quase afundando. O contraste entre a atitude dos discípulos e do Mestre é a demonstração do quanto nossa natureza é diferente da dEle.

Esse descanso e essa quietude são possíveis nEle. Nossa natureza desconhece essa capacidade de silenciar as vozes exteriores pra ouvir seu sussurro. Ele deseja nos dar recados em meio a nossa tempestade.

“… Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.” Hb 4:10

“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” Mt 11:29

Qual a imagem que temos de Deus, quando nos aproximamos dEle? É de alguém que se agita? Roe unhas? Perde o sono? Se espanta com alguma coisa que vê ou ouve? Anda de um lado pro outro agitado? Balança as pernas freneticamente? Grita e se espanta ao ser surpreendido?

Imagino que nenhum de nós enxerga Deus desta forma. Se eventualmente alguém pensa que Ele pratica alguma das atividades acima, quero alertá-lo pro fato de que Deus não é assim.

Ele não perde o controle de coisa alguma. Nada do que estejamos vivendo o surpreende ou O deixa nervoso, agitado.

É muito bom ter essa certeza que nosso Deus reina não só sobre o cenário mundial, mas também sobre nossa vida.

Descansar baseado nisso é a revelação que perseguimos. Devemos eliminar qualquer peso que carreguemos e que represente impedimento e distração. Aquilo que nos rouba a capacidade de correr livremente na direção de nosso destino precisa ser descartado.

O simples conhecimento deste fato não garante uma vida de descanso.

O verdadeiro descanso não está relacionado com dormir horas a fio. Passar um final de semana num lugar silencioso e paradisíaco, é algo legítimo e maravilhoso. Tirar férias e descansar é recomendado e necessário.

Refiro-me aqui a uma atitude permanente de descanso, que independe de circunstâncias externas. O silêncio que nos aquieta é o silêncio interior não o exterior.

Não deixe que os barulhos internos e externos distraiam você. Não permita que te roubem deste lugar de descanso que foi conquistado por Jesus pra cada um de nós.

Aquiete hoje seus níveis de ansiedade com a ajuda do Espírito Santo. Voluntariamente se renda a soberania dAquele que reina e descanse.