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Jesus olha para além das folhas

frutos

Jesus entrou em Jerusalém e foi ao templo. Tendo observado tudo em redor, como já era tarde, foi para Betânia com os Doze. No dia seguinte, depois de saírem de Betânia, Jesus sentiu fome. Avistando de longe uma figueira com folhas, foi verificar se acharia nela alguma coisa. Aproximando-se, nada achou, senão folhas, pois não era época de figos. Então Jesus disse à figueira: Ninguém jamais coma do teu fruto. E seus discípulos ouviram isso. Quando chegaram a Jerusalém, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que ali vendiam e compravam. Ele revirou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, e não consentia que atravessassem o templo carregando algum utensílio. Ele os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? Mas vós a transformastes num antro de assaltantes. – Marcos 11 : 11 – 17

Uma imagem do povo de Deus

Os dois eventos relatados no evangelho de Marcos (o momento em que Jesus procura frutos em uma figueira com folhas, e a ocasião em que Ele entra no templo e observa tudo ao redor) são conectados no texto porque uma história ilumina a outra: a árvore é uma imagem do templo, e o templo é uma imagem da árvore; e ambos, a árvore e o templo, são uma imagem do povo de Deus.

A figueira estava repleta de folhas. Folhas bonitas dão a impressão de abundância de vida e saúde. Após um período de poda, as folhas começam a crescer em uma árvore, ao mesmo tempo em que surgem pequenos frutos, ainda não maduros – mas que são o sinal de uma árvore saudável. Jesus, entretanto, estende a mão para além das folhas daquela figueira e não encontra nenhum fruto; portanto, aquela era uma figueira infrutífera.

Com a mesma motivação com que buscou encontrar frutos na árvore, o Filho de Deus vem ao templo em busca de frutos. O templo fervilhava de vida, com pessoas entrando e saindo e atividades acontecendo por todos os lados. O templo se mostrava impressionante como uma árvore cheia de folhas verdes – mas em meio a tudo aquilo, Jesus também não encontra nada além de folhas.

“A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações.”

O templo tinha sido projetado para receber os demais povos não judeus, mas em meio a todo o comércio instalado no local – incluindo a venda de animais para o sacrifício e câmbio de moedas para os impostos – Jesus não encontra o fruto desejado.

“Ninguém jamais coma do teu fruto.”

Jesus ordena que a árvore infrutífera murche e morra, e Ele o faz para mostrar o que acontece quando o povo de Deus não dá frutos. O Senhor mesmo nos alerta: a árvore que não der frutos, Ele removerá o Seu Espírito.

Jesus olha para além das folhas

Jesus olha além de nossos dons, habilidades, finanças etc., ele deseja encontrar em nós corações puros e sinceros. Ainda que não seja “época de figos”, os corações não estejam prontos e o amor ainda não seja maduro, o Senhor deseja encontrar em meio à Sua Igreja o desejo sincero de agradá-lo.

Jesus não procura os grandes prédios, estruturas atraentes e muitas atividades (Mc 13:1-2).

Existe um perigo em acreditar que esse é o fruto que o Senhor espera de nós, quando na verdade são apenas folhas. Folhas verdes são boas e importantes, mas são secundárias. Os verdadeiros frutos são o resultado coletivo de corações sinceros em meio ao povo de Deus.

Jesus nos ensina a como produzir o fruto que a árvore e o templo não produziram (Mc 13:22-26). Devemos nos posicionar com os corações voltados e inclinados ao Senhor, tendo fé em nossas orações. Assim, Ele encontrará uma igreja que crê no Seu poder e guarda a sua fé independente das circunstâncias, permanecendo firme em meio a um mundo de densas trevas

Deus espera que, de fato, sejamos uma comunidade que pratica a justiça, que ama a misericórdia e anda em humildade diante dele (Miqueias 6:8).

Precisamos cultivar na nossa vida o temor de cuidar para que Jesus não olhe para o nosso coração, para a igreja e veja apenas folhas verdes. Deve haver mais que isso em nosso meio, deve haver o fruto sincero de arrependimento e perdão, produzido por corações quebrantados e vidas contritas.

Como cristãos, somos chamados a uma vida de devoção diária ao Senhor. No entanto, é preciso que entendamos como isso se realiza de forma prática. Voltando ao início da história da criação, observamos que no fim da tarde, Deus descia ao Jardim para conversar com Adão e Eva. Porém, quando pecaram, não apenas eles, mas todos fomos separados do relacionamento de intimidade com o Pai.

Mas, a história ainda não havia chegado ao fim. Pois, a separação nunca foi o desejo de Deus. E para retomar o compromisso amoroso, o Senhor enviou o seu filho Jesus para refazer a ponte que um dia fora quebrada pelo pecado.

Agora, através de Jesus, temos comunhão com Deus. Temos a liberdade de entrar no Santo dos Santos pelo novo e vivo caminho, pois o véu que nos separava foi rasgado pela morte de cruz e ressurreição do Filho.  

“Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura.” Hebreus 10:19-22

Uma vida de devoção gera uma aproximação sincera e convicção na fé. Temos confiança plena em entrar diariamente na presença de Deus. Isso ocorre quando oramos, nos debruçamos sobre as escrituras e o adoramos de todo o nosso coração. Isso trará vários frutos e nós refletiremos sobre cinco deles neste devocional.

 

1 – Temos uma vida de fé e esperança

Um dos aspectos da vida devocional diária é que ela nos faz viver não pelo que vemos, mas pelo que cremos. O homem natural não é assim, ele aborda todos os assuntos e situações diversas com lentes meramente humana. Mas, o homem que se move na revelação do Espírito de Deus, vê através da fé e tem a convicção de esperança. Pois, firma sua visão no que diz a Palavra de Deus e não nas coisas que aparentam ser.

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.” Hebreus 11:1

Sem dúvida, isso gera paz e alegria. E é virtude do Espírito: “Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.” Romanos 15:13. 

Experimentar graça do Senhor em tempos de crise torna a fé palpável e o coração terno.

 

2 – Expandimos em Maturidade Espiritual

Paulo afirma: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino e pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. ” (1 Coríntios 13:11). 

Quantos de nós podemos afirmar as mesmas palavras? Temos crescido em maturidade nesse processo de santificação? Temos escolhido viver em integridade ou cedido às tentações?

“Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. Porque, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos?” 1 Coríntios 3:1-3

Este é um tempo para nos questionarmos a respeito de nossas atitudes: nosso coração tem permanecido preso, de alguma forma, nas dores e mazelas de nossas histórias? Ou, temos nos tornado livres a cada dia para prosseguir em amor e unidade?

 

3 – Crescemos em amor a Deus e ao próximo

“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo.” Mateus 22.36-39

Todos nós somos desafiados a crescer em amor, mas isso é algo que não fazemos com esforço meramente humano. Porém, Jesus é o nosso modelo, Ele é a fonte inesgotável de amor e quer liberar sua graça para agirmos como Ele. Jesus, amou até a morte de cruz, entregou sua vida por nós, perdoou nossos delitos e transgressões. Não feriu ao ser ferido.

Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos é uma marca da devoção diária cultivada pelo Espírito Santo. Isso nos fará agir de forma prática quando escolhemos investir em nosso relacionamento com o Senhor e no cuidado às pessoas a nossa volta. Você já deve ter ouvido inúmeras histórias sobre perdoar os nossos inimigos, mas só conseguiremos exercer esse amor se estivermos fundamentados em Deus.

 

4 – Inundados do Pleno Conhecimento de Deus

Conhecer a Deus é o maior privilégio de nossas vidas. Todos os dias Ele deseja revelar a natureza de seu caráter e suas ternas misericórdias. Cada circunstância da vida é o momento oportuno para compreender quão gloriosamente Ele está agindo, mesmo sem entendermos plenamente o que Deus está a fazer. Há tantos mistérios para serem revelados e sua Palavra nos indica o caminho que devemos seguir. Uma vida de devoção diária ampliará os nossos sentidos espirituais e liberará conhecimento de Deus.

Além disso, quando O conhecemos, mais O amamos. E a dimensão do amor que Ele nos tem vai se dilatando e expandindo em nós. Isso muda completamente quem somos. Ele nos faz ver os caminhos da vida, nos enche com plenitude de alegria (Salmos 16.11). Paulo sempre orava pelos amigos pedindo que o conhecimento de Deus fosse pleno sobre a vida deles.

“não deixo de dar graças por vocês, mencionando-os em minhas orações. Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, lhes dê espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele. ” Efésios 1:16,17

 

5 – Frutos que permanecem

O Salmo 1 é um dos meus textos preferidos. Quando temos nossas vidas pautadas em diariamente vivermos em devoção a Deus, com todo nosso coração e força. E, dispensamos tempo intencional em nossa busca pelo Senhor, Ele nos fará frutíferos. E os frutos dessa vida permanecerão e terão impactos eternos. Essa é uma promessa real. Então, é preciso nos perguntarmos: de onde tem vindo os nossos conselhos? O que tem nos parado pelo caminho? E, em quais rodas temos nos assentados?

“Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido.” Salmo 1. 2-3 

Conclusão: Vivendo em Devoção a Jesus

Seguir a Cristo é viver com Ele e para Ele. Isso equivale a ações práticas. Quando apaixonados, nos desdobramos para estar com a pessoa amada. Não é da mesma forma com relação ao Senhor? Somos chamados para conhecer a Deus, e como fazemos isso? Entrando em sua presença diariamente. Nossa relação com Deus não é algo que podemos terceirizar. Precisa ser pessoal e inegociável. Mas, os frutos serão viçosos e agradável ao paladar!

Que o conhecimento de Deus nos faça crescer em maturidade, em fé e esperança e, em nosso amor a Deus e ao próximo. Como você tem praticado a devoção diária? E quais os frutos dessa realidade em sua vida? Nos conte como tem sido essa experiência!

E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.” Gênesis 1:12

O princípio da semeadura está presente na criação. Esse princípio natural é também um princípio espiritual. Portanto, tanto no natural quanto no espiritual, a semente produz segundo sua espécie.

O solo do nosso coração absorve a semente que depositamos e produz de acordo com sua espécie. Existe poder em cada semente para gerar e multiplicar sua essência. No entanto, a qualidade do solo também determina que tipo de colheita teremos. Não basta a semente ser adequada, quando o solo é rochoso ou espinhoso.

Inegavelmente, todos gostariam que 100% dos nossos frutos fossem bons. Mas, a realidade aponta numa direção inversa. Nem sempre a colheita é de apenas bons frutos. Muitas vezes ao regar o solo, onde semeamos boas sementes, regamos também sementes ruins.

A semente do joio e do trigo

O joio e o trigo crescem ao mesmo tempo, e como explicou Jesus, precisamos permitir que cresçam juntos, e então a distinção do que deve ser descartado fica evidente. Pois, quando antecipamos o processo, corremos risco de danificar o trigo.

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo; Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio?

E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.” Mateus 13:24-30

O Espírito Santo é nosso aliado na tarefa de descartar o joio. Toda má semente pré-existente em nosso solo, e que carrega potencial de produzir segundo a sua espécie (nossa velha natureza), será descartada a seu tempo.

A semente eterna do Filho que acolhemos

A semente do Filho que acolhemos é eterna. Ela tem potencial de produzir frutos abundantes em nosso interior. Temos garantia que, à medida que for regada, florescerá. A vida dEle em nós foi acolhida em formato de semente e certamente dará frutos.

“A sua semente durará para sempre, e o seu trono, como o sol diante de mim.” Salmos 89:36

“A sua alma pousará no bem, e a sua semente herdará a terra.” Salmos 25:13

Por isso, nossa tarefa é regar o solo e limpá-lo, removendo as pedras e tudo que compete com o projeto de Deus para nossas vidas. Temos certeza que a seu tempo, a colheita será abundante, se não esmorecermos.

Portanto, semeie boas sementes. Regue-as e cultive-as com dedicação. No entanto, não estranhe o aparecimento de frutos indesejados. Todo solo que for regado e cultivado gerará uma colheita. As más sementes também produzirão, mas suas raízes serão removidas por completo, no tempo adequado. Assim, não brotarão novamente.

Cuidar do jardim de nosso coração é tarefa de todo cristão. Vigiar em relação ao tipo de semente que acolhemos, garantirá uma colheita farta, de bons frutos. Ao identificar uma semente indesejada, peça ajuda ao Espírito Santo para removê-la. Ele é o agente do Noivo, que prepara nosso jardim. O desejo do Noivo é deleitar-se conosco em nosso jardim.

Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.” Cantares 4:12

Então plantou o Senhor Deus um jardim, da banda do oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado. Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me.Gn. 2.8, 3.10

Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.”  Mt. 26.36

Os encontros com Deus no Éden revelavam, desde o início, Seu desejo de estar conosco. O homem perdeu esse acesso quando deu ouvidos à serpente. Em outro jardim, dois mil anos depois, Ele busca essa parceria e não nos encontra disponíveis novamente.

No Getsêmani, Ele resgata o que perdemos no Éden e o jardim migra para dentro de nós. O preço do resgate é alto. Quando nos convida a tomar nossa cruz e seguí-Lo, é disso que está falando. Com frequência, ignoramos as implicações de uma vida rendida, que não mais nos pertence (Gl. 2.20).

Usufruir destes encontros com Deus, de forma diária, exige entrega. O jardim de nosso coração precisa estar limpo e disponível, para que Ele possa cear conosco. Contudo, sem a ajuda do Espírito Santo, não conseguimos ser bons jardineiros. E essa tarefa será sempre nossa, em parceria com Ele. Já que, é do Espírito Santo a tarefa de adornar a noiva,  preparando-a diariamente, para esse encontro com o Noivo.

Inegavelmente, os inços devem ser removidos, plantas precisam ser podadas com a ajuda da Palavra. O solo precisa estar tenro e receptível. Os frutos devem ser abundantes. Nosso coração deve transbordar de expectativa por esse encontro.

“Jardim fechado é minha irmã, minha noiva, sim, jardim fechado, fonte selada.” Ct. 4.12

Ao contrário do que pensamos, essa tarefa de preparar a terra não cessa. Eventualmente, somos surpreendidos por frutos indesejados e por safras de semeaduras passadas que nem sempre glorificam ao Pai. Os frutos denunciam nossa essência. No entanto, nesta vida, temos a chance de remover as raízes que os alimentam.

Se hoje nos deparamos com uma colheita que revela a existência destas raízes indesejadas, corramos para os pés dAquele que tem poder e sabe como removê-las. No entanto, não é menos importante cultivar e regar sementes que gerarão frutos em abundância, para alimentar os famintos. Folhas que sarem as nações. Nosso interior deve refletir a realidade de quem somos nEle.

O desejo do Pai continua sendo o de encontrar-se conosco no jardim. Ele nos criou para que essa comunhão fosse possível e resgatou-a na cruz. Mais do que podemos medir ou imaginar, Ele deseja estar conosco.

Portanto, não negocie com a serpente. Não durma enquanto Ele te convida a chorar com Ele. Sigamos o exemplo da Sulamita. Semelhantemente, clamemos para que os ventos soprem. Para que,  possamos oferecer-lhe os frutos excelentes, como recompensa de Seu penoso trabalho.

“Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, espalha os seus aromas. Entre o meu amado no seu jardim, e coma os seus frutos excelentes!” Ct. 4.16

Você já teve um daqueles momentos em que precisou parar tudo, rever suas decisões e se sentiu simplesmente derrotado por estar dando passos de retorno?

Existem boas notícias para o Seu coração: A prudência é algo que Deus realmente ama! Rever valores e o próprio foco de nossas vidas não é sinal de derrota. Muitas vezes quando damos um passo atrás estamos demonstrando humildade e obediência. Você está dizendo como forma de testemunho que o Senhor é mais importante do que sua reputação. Você está dizendo sim ao processo de santificação e poda necessária para o crescimento.

Será que você consegue lembrar de uma história bíblica em que até mesmo o próprio Deus voltou atrás?

Vejamos a história de Ezequias:

“Naqueles dias adoeceu Ezequias mortalmente; e o profeta Isaías, filho de Amós, veio a ele e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás. Então virou o rosto para a parede, e orou ao Senhor, dizendo: Ah, Senhor! Suplico-te lembrar de que andei diante de ti em verdade, com o coração perfeito, e fiz o que era bom aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.
Sucedeu, pois, que, não havendo Isaías ainda saído do meio do pátio, veio a ele a palavra do Senhor dizendo: Volta, e dize a Ezequias, capitão do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do Senhor”.2 Reis 20:1-5

Embora o conteúdo destes versículos estejam muito ligados a julgamento e a tempo, fica a lição de que Deus não teve crises ou dificuldades em desfazer uma escolha imediata. Então, o que Ele diria sobre nós?  Homens sujeitos a erros e com o coração enganoso. Não precisamos ter medo de recuar quando a voz do Pai nos fala sutilmente que estamos tomando uma direção errada. Não precisamos ter medo de obedecer a voz do Senhor, ainda que muitas vozes nos digam para prosseguir no erro.

Tenho pensado muito em nossa jornada cristã como um estilingue. Pode parecer uma comparação um tanto quanto esquisita, mas de alguma forma isso irá fazer sentido. Pensemos:

Será que você consegue imaginar uma pedra prestes a ser lançada em um estilingue?

Vamos lá! O primeiro movimento para que ela acerte o alvo de forma eficaz é que o elástico seja totalmente puxado para trás. Realmente como um retrocesso aparente. Porém, quanto mais esticado estiver o elástico, com mais força e certeira a pedra será lançada.

Isso não é incrível? O retrocesso aparente segundo a obediência à Deus na verdade é um grande e essencial passo para que acertemos o alvo, para sermos encaixados no lugar perfeito da vontade do Senhor!

Pense também em João 15, o período de poda. A estação onde as folhas secas e até mesmo as saudáveis de uma árvore são retiradas, deixando-a sem nenhuma beleza aparente. Mas ah, se pudéssemos ver o sistema de raízes!

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto”. João 15:1-2

É no período de poda que uma árvore se torna forte, se torna limpa para a próxima estação de frutos! Onde as raízes ganham profundidade e absorvem como nunca os nutrientes necessários ao crescimento.

Se você tem sentido uma estação de poda, de estar sendo esticado “para trás” por Deus. Se sente-se motivado a abrir mão de certas coisas que podem inclusive trazer uma aparência de humilhação ou falta de beleza. Saiba que essa é umas das principais estações da sua vida: ainda que pareça seca e dolorosa, produzirá frutos justos. Frutos que ecoarão como diamantes na eternidade por sua humildade e obediência!

“Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam.” – Tiago 1:12

É a alegria do seu coração saber que você tem permanecido nas verdades do Senhor? Essa é uma das coisas mais preciosas na vida de um cristão, saber que o caminho nem sempre será fácil, que na maioria das vezes será estreito, que sofreremos por causa da fé que professamos, mas ainda assim que teremos um coração convicto que, em todo tempo, se manteve fiel. Sabendo que o seu Deus se mostra fiel e que, para todos aqueles que andam em fidelidade, ele libera dessa graça.

A consegue mexer com as nossas vidas e com o nosso modo de pensar. É quando você não está vendo absolutamente nada e ainda assim fixa seus olhos em Cristo porque sabe que Ele é a esperança da nossa salvação.

“Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.” – 2 Coríntios 4:18

Olhe para o alto onde está o nosso autor e consumador da nossa fé. Somente Ele te mostrará aquilo que realmente vale a pena. Saiba que todo tempo que você tem se dedicado ao Senhor, o tempo que você tem perseverado, terá uma recompensa. Você será coroado e o nosso Deus sempre recompensará.

Permaneça nessa caminhada de Fé e você encontrará os frutos eternos de ter crido. Mesmo sem ter visto a face do Seu Jesus, permaneça. Então, haverá um dia em que todos nós o veremos face a face e lembraremos que todo esforço foi pouco por causa Dele.

Tire um tempo hoje para pedir ao Senhor que te firme em fé e que coloque os seus olhos no que é eterno. Diante dos motivos pelo qual você tem orado em seu jejum pessoal, veja onde há falta de fé e qual aspecto de Deus você precisa conhecer nessa temporada. Procure versículos que falam desse aspecto (por exemplo: a paternidade de Deus…) e medite neles. Em nosso jejum corporativo pedimos que o Senhor nos leve, como geração, ao lugar de plena confiança em sua liderança sobre nós. Confiamos que ele pode vir e transformar nosso povo!