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Reflexões de natal: o testemunho de Ana

Casa de Oração

Quero trazer uma reflexão de natal aqui e falar de uma pessoa que há muitos anos tenho compartilhado sobre sua vida. Não é uma personagem muito comum de se falar na época do natal. Por isso, eu quero trazer aqui um ângulo diferente da vida e do testemunho de Ana, a partir de Lucas 2.

Talvez a pergunta mais feita no período do natal é “Por que Jesus veio ao mundo?”, ou “Qual é o sentido e o motivo do natal?”. Logo, se você é pai de uma criança, com certeza já se deparou com alguma variação dessas perguntas aqui. Obviamente a resposta para nós é que o Natal tem tudo a ver com Cristo e precisa ter a ver com Ele.

Nesse tempo, temos a oportunidade de convidar Jesus para as nossas mesas e nossas conversas como em nenhum outro momento. Não podemos deixar nenhuma outra “magia” roubar do nosso coração ou dos nossos filhos o verdadeiro sentido do natal: o nascimento de Jesus.

 

Testemunhos de natal

Algumas pessoas testemunharam dos eventos em torno do nascimento de Jesus. Como Isabel, prima de Maria, por exemplo. Ela afirma que Jesus é o Senhor dentro de um contexto onde a expectativa messiânica descansava no coração de um povo aparentemente desamparado e esquecido por Deus.

Ela chama um bebê de “meu Senhor” (Lucas 1:42-43). E eu pergunto, quem alguma vez tratou uma criança com tanta honra, com tanta dignidade? Assim como os pastores que afirmaram que Jesus, aquele bebê, – não haveria de ser – mas que Ele era o Salvador.

Em Lucas 2:26 Simeão também afirma que Jesus é o Cristo. Portanto, foi lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não veria a morte antes de ter visto o Cristo. Dessa forma, falar desses temas no período do Natal nos traz de volta ao nosso diálogo: “Por que devemos saber quem é Jesus e não só o que Ele fez por nós?”

 

Quem exatamente é Ana?

³⁶ Estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era muito idosa; havia vivido com seu marido sete anos depois de se casar
³⁷ e então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite.
³⁸ Tendo chegado ali naquele exato momento, deu graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Lucas 2:36-38

Em Lucas 2, José e Maria estão levando o menino Jesus, de acordo com a lei mosaica, para apresentá-lo no templo no oitavo dia para ser circuncidado. Portanto, a Bíblia diz que Ana servia no templo dia e noite durante décadas. Ela chega ali no momento exato em que Maria e José estão com o menino no colo.

A Bíblia diz que essa mulher era uma profetiza, filha de Fanuel da tribo de Aser. Essa tribo fazia parte das 10 tribos que foram para o norte e foram expulsas da terra. E se dispersaram quando Babilônia invade Israel.  De alguma forma, Ana encontra de volta o seu caminho até Jerusalém.

Contudo, Ana era viúva há muitos anos. Aproximadamente 60 anos, aliás. E desde que ficou viúva ela nunca se afastou do templo. Ela se dedicava à oração dia e noite e assim, toda sua vida girava em torno desse lugar. Além disso, era piedosa, tinha zelo pela casa de Deus e amava o povo de Deus. Ela simplesmente vivia para adorar e servir a Deus.

 

O testemunho de Ana

Outra coisa interessante que nos é dito sobre Ana, é que ela tinha um dom profético. Sendo assim, ela era alguém que recebia uma revelação direta da parte de Deus. O Senhor deu esse presente especial para Ana, que foi cultivado através do seu caminhar próximo com Ele. Dessa forma, sua mente podia ser iluminada pelo Espírito de Deus, e ela tinha discernimento do que estava acontecendo e podia transmitir a outras pessoas.

Quando Ana chega no templo e se depara com Maria, José e o menino Jesus ela dá “graças a Deus”. Eu imagino que haviam muitas pessoas ali. Os sacerdotes que trabalhavam no templo, outros meninos que seriam apresentados também. Porém, Ana chegou e discerniu que aquele não era um menino qualquer.

Aquela mulher entendeu o que o Senhor estava fazendo naquele templo. Muitos não perceberam, embora eram pessoas que afirmavam falar em nome de Deus. Eles não viram e não sentiram Deus. Um homem comum, como Simeão – que não era um sacerdote e ninguém importante – que reconheceu que Deus estava no meio deles. E além dele, Ana que chega ali, e é revelado para ela que o menino era aquele a quem eles esperavam há séculos.

De profetiza a evangelista

Ali, diante dos olhos de Ana, o menino que a Bíblia profetizou que haveria de vir. E assim, diferente de todos os outros testemunhos que falamos antes aqui, Ana diz que Ele é o redentor. Ela proclama e conta a todos a respeito da redenção de Israel.

Ana era uma profetiza, e agora se torna uma evangelista. Ela assume esse papel de anunciar sobre o Salvador. Assim, a Bíblia nos diz que a mensagem de Ana era essa: Ele é o redentor, o resgatador que nos comprará de volta do domínio do mal, o que nos resgatará das mãos dos inimigos de Deus.

No primeiro natal, ao ver Jesus, Ana dá graças a Deus e testemunha dele a todos que esperavam a redenção de Jerusalém.

 

O que é um redentor?

Redenção é uma palavra que todo cristão deveria conhecer e ser capaz de explicar o que significa. Além do mais, Ana poderia ter saído para testemunhar e ter falado tantas outras características de quem Ele era. Todavia, no contexto do primeiro natal, o testemunho de Ana foi dizer ao povo de Israel que o Redentor chegou.

Quando ela disse que a redenção de Israel chegou, ela está dizendo que o resgatador disposto a pagar o preço para tirá-los debaixo do domínio que eles estavam e colocá-los debaixo de outro domínio. Afinal, um resgatador, no sentido bíblico, era aquele pagaria o preço do resgate.

 

Uma história de redenção

Muito se fala no Novo Testamento sobre a redenção, sobre sermos redimidos por Cristo. Portanto, Ana não tinha as palavras de Paulo e nem mesmo os Evangelhos. Logo, ela olhava para o Antigo Testamento e entendia “redentor” no contexto do que essa porção das Escrituras nos mostra sobre isso.

Neste caso, vemos no livro de Êxodo o grande propósito de Deus que é reunir um povo de cada tribo, nação que o ame, o adore, o glorifique e desfrute dele para sempre. E a história da redenção começa com um homem chamado Abraão e a partir de sua linhagem o redentor haveria de vir. Contudo, até então não se sabia qual seria o preço a ser pago pelo resgate. Além disso, toda a história do Antigo Testamento mostra um Deus redimindo o seu próprio povo.

 

O Redentor vive!

²⁵ Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.
²⁶ E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, Jó 19:25,26

 

Ana estava esperando este Redentor. Ela viu e acolheu o menino Jesus pois ela sabia quem Ele era. Com seus 84 anos, talvez Ana não viveu tempo suficiente para ouvir os ensinamentos de Jesus 30 anos depois. Mas a sua esperança era que um dia viria o seu Redentor.

Portanto, nenhuma mente consegue entender perfeitamente como será o dia em que a profecia em que Jó declara se cumprirá. O dia em que Deus se levantará sobre a terra e seus olhos o veriam. Mas ele declarou tão profundamente que a obra do Redentor se estende além dessa vida. Hoje já podemos desfrutar de parte do que Cristo comprou, mas o melhor e a maior parte de tudo ainda está por vir.

Deus resgatará seus filhos e filhas e o mundo inteiro será redimido. Haverá novos céus e nova terra. Tudo será novo! Essa é a esperança que o Redentor trouxe!

Essa é a esperança do natal!

 

Pr. Vinicius Sousa

Palavra do culto da Fhop Church do dia 3 de Dezembro de 2021

 

Assista abaixo:

Culto Fhop Church: Reflexões de Natal: O testemunho de Ana

Assim como alguns missionários foram chamados a ir para outras nações e servir. Cremos que Deus também tem levantado missionários nos quais seu chamado será orar e interceder. Como “missionários intercessores” nós temos dedicado nossas vidas por tempo integral a orar e adorar a Deus.  Nosso ministério abrange tocar a sociedade e anunciar a Mensagem do Reino de Deus – com evangelismo, justiça social e outros projetos missionários. Mas no centro de nossa base missionária estamos comprometidos em edificar um local de oração onde Deus será exaltado primeiramente e acima de todo e qualquer projeto.

Por toda a terra hoje sabemos que existe muita escuridão e injustiça no coração dos homens. Temos convicção que uma das formas de resgatar a justiça para Deus é por meio de uma igreja que ora. A única forma de vermos uma mudança profunda é tocando o mundo espiritual por meio de uma vida de oração.

Como cristãos somos chamados a orar e andar com Jesus mas cremos que alguns serão separados para se entregar a uma vida de oração e busca do Seu conhecimento como ministério. Alguns são chamados para serem homens e mulheres de negócio, advogados, médicos e todos fazem parte do plano de Deus para a humanidade, assim como intercessores.

Como Missionários Intercessores andamos sobre a palavra de Efésios 6:12 – “Nossa Batalha não é com carne ou sangue mas contra principados e potestades celestiais”. Juntos podemos transformar o Brasil ao tocar os céus com orações diante de Deus. 

Oração incessante

Em 1973, David Yonggi Cho, pastor da Igreja do Evangelho Pleno de Yoido em Seul, Coréia do Sul, iniciou o Monte de Oração, com oração dia e noite. Logo, o Monte de Oração atraía mais de um milhão de visitantes por ano, enquanto passavam retirados nas células de oração sobre o monte. Cho se comprometeu à oração incessante, à fé e ao estabelecimento de pequenas células de discipulado em sua igreja. Talvez como resultado disto, a igreja de Cho se expandiu rapidamente para se tornar a maior congregação de igreja no mundo, com atualmente mais de 780.000 membros.

Em 19 de setembro de 1999, a Casa Internacional de Oração de Kansas City, Missouri, começou uma reunião de oração, baseada em adoração. Essa reunião que continua desde então por 24 horas ao dia, sete dias por semana. Com uma visão semelhante à de Zinzendorf, em que o fogo no altar nunca se apagaria, nunca houve, desde esta data, um momento em que a adoração e a oração não subiu ao céu.

Ao mesmo tempo, em muitos outros lugares ao redor do mundo, Deus colocou desejos e planos para oração24/7 em diversos ministérios e nos corações de muitos líderes. Isto resultou no estabelecimento de casas de oração 24/7 e montes de oração em todos os continentes da terra.

 

Sala de oração

Nossa sala de oração é composta por missionários intercessores, isto é, aqueles que dedicam integralmente seu tempo ao ministério. São Missionários porque saíram de suas casas, deixando tudo para trás, entregando todo tempo ao ministério. Como missionários intercessores, o principal trabalho é interceder.

Aqui na FHOP nossos missionários doam seu tempo na sala de oração, intercedendo ao Senhor. Além de trabalharem em departamentos administrativos como financeiro, marketing, escolas online e presenciais, departamento de música entre outros.

A essência da cultura de oração e adoração dia e noite é o anseio por habitar na casa do Senhor e vislumbrar Sua beleza. Este desejo é o que fomenta a permanência e persistência em intercessão junto à Casa de Oração, e é por esse motivo que somos missionários.

Clique aqui para conhecer mais sobre quem somos e participe de um de nossos eventos.

 

Quando se fala de intercessão por Israel, algumas perguntas geralmente surgem e, para trazer certa clareza sobre esse assunto tão pertinente ao movimento global de oração dos nossos dias, gostaria de tentar responder duas questões principais: Por que e como orar por Israel? 

Por que orar por Israel? 

Primeiramente, oramos por Israel porque há uma ordenança bíblica para orarmos por Israel, e em segundo lugar, porque há uma promessa ainda não cumprida – o Senhor ainda tem planos para o povo de Israel que se cumprirão até o seu retorno à terra (Jr 32:37-42). Israel terá a sua terra quando o Senhor voltar – essa é uma das promessas que o Senhor fez a Abraão em uma aliança irrevogável (Gn 15:17-21). Do mesmo modo, o que fez Paulo sentir tanta tristeza e até desejar ser amaldiçoado pelos seus irmãos israelitas? (Rm 9:2,3) Ele afirma:

“o desejo do meu coração e a minha súplica a Deus em favor de Israel é que ele seja salvo” (Rm 10:1).

Paulo tinha essa convicção de que os planos para o seu povo ainda não haviam terminado, e por isso, clamava! Debaixo da sabedoria e soberania de Deus, Israel rejeitou a Cristo e a salvação chegou a nós, os gentios (At 11:18; Is 65:1). Porém, o que aconteceria então com a aceitação deles a Cristo, “senão, vida dentre os mortos?” (Rm 11:12, 15). Por isso oramos por Israel, pois quando chegar a plenitude dos gentios, Paulo afirma que:

“todo o Israel será salvo (…) O Libertador virá de Sião e desviará de Jacó as impiedades; e esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados.” (Rm 11:26,27).

Em Isaías, o Senhor diz a Jerusalém que colocou vigias sobre os seus muros, Ele mesmo disse que levantaria intercessores para clamarem de dia e de noite até a Sua vinda (Is 62:6,7). Por isso, o plano de Deus ao levantar oração incessante na terra está ligado ao plano de redenção que culmina na Sua gloriosa vinda, ou seja, é uma promessa que tem uma abrangência global e aponta para o fim. 

Como orar por Israel?

Após termos essa breve perspectiva das promessas bíblicas a respeito de Israel, nosso coração se inclina para orar aquilo que é a vontade de Deus. Pois, afinal, a Sua palavra certamente se cumprirá. Estes são alguns pedidos de oração que falamos de volta para Deus: “assim como o Senhor disse, cumpre a Tua vontade, Senhor!”

  1. Ore por Jerusalém
    Até que a sua justiça resplandeça como o nascer do sol, e a sua salvação, como uma tocha acesa (Is 62:1). Segundo as profecias, o governo de Jesus será estabelecido em Israel, o qual será um governo justo, de paz e eterno (Is 9:6,7). Isso apenas acontecerá em plenitude quando Jesus voltar. Portanto, se oramos pelo estabelecimento de justiça, pela restauração e salvação de Israel. Fundamentalmente, oramos pelo hoje e oramos pela futura vinda do Cristo, o descendente de Davi (Sl 132:11-18). 

Assim também, podemos ouvir o clamor de Davi que dizia:

Orai pela paz de Jerusalém, um clamor que também visava um tempo de restauração e estabelecimento do reino de Cristo (Sl 122:6-9). 

 2. Ore pela Salvação de Israel

 O foco aqui é a oração de salvação àqueles judeus que ainda não creem – seja em Israel ou em outros lugares, pois a nacionalidade deles nunca foi e não será suficiente para salvá-los. Apenas aqueles que estão em Cristo permanecerão enxertados na oliveira e serão salvos (Rm 11:24). Então, clame para que o véu temporário de seus olhos seja removido, pelo abrir de olhos e o  quebrantar dos corações, para que reconheçam Jesus como Aquele que sofreu, morreu e ressuscitou para dar a eles o perdão dos pecados. 

3. Ore por mais intercessores por Israel

E por um despertar da Igreja gentílica para “provocar ciúmes” em Israel (Rm 11:14). Isto se dá através da pregação do Evangelho, de sinais e milagres, e principalmente através do amor demonstrado pela Igreja. Que a Igreja ame o povo que Deus formou e usou para cumprir os seus propósitos de redenção. Um povo que sofre muita perseguição por simplesmente ser judeu. Que o Deus de Israel levante os vigias nos muros que não se calarão nem se cansarão (Is 62:6).

4. Ore pela comunidade cristã messiânica de Israel

A Igreja em Israel é formada hoje de judeus, árabes e outras etnias e é uma igreja com pessoas fracas semelhantes a nós, e que sofre perseguição ao anunciar o Evangelho abertamente, principalmente por parte de judeus ortodoxos, os mais conservadores. Devemos orar por fortalecimento dos nossos irmãos, pela ousada pregação do Evangelho ao seu próprio povo e pela perseverança do remanescente fiel de Deus.

 

Um cristão deve saber sobre Israel pois a compreensão do papel de Israel no plano de Deus é fundamental. E portanto, a Bíblia ensina que Deus escolheu Israel como seu povo e estabeleceu uma aliança com eles, conforme descrito em Deuteronômio 7:6-9. Além disso, a vinda do Messias, Jesus Cristo, foi profetizada nas Escrituras Hebraicas como um judeu.

“Pois vocês são um povo santo para o Senhor, o seu Deus. O Senhor, o seu Deus, os escolheu dentre todos os povos da face da terra para ser o seu povo, o seu tesouro pessoal”. Deuteronômio 7:6

Assim, um cristão deve saber sobre o papel de Israel no plano de Deus. Pois isso nos ajuda a entender, à luz da história bíblica, o propósito de Deus para a humanidade, conforme descrito em Efésios 1:7-10.

 

O que os cristãos querem dizer quando mencionam “Israel”?

  1. Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó

Primeiramente, podem estar se referindo ao povo judeu que descende dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Eles são considerados os ancestrais fundadores do povo judeu e a base da história e das tradições da fé judaica. 

Segundo a narrativa bíblica, Abraão foi o primeiro patriarca a receber a promessa de Deus de que sua descendência seria numerosa e abençoada. Abraão teve dois filhos, Isaque e Ismael, mas a linhagem escolhida para continuar a promessa divina foi a de Isaque. Este, por sua vez, teve dois filhos, Jacó e Esaú. Jacó, que mais tarde teve o nome mudado para Israel, é considerado o terceiro patriarca.

E disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.” (Gênesis 32:28)

Este versículo marca um momento importante na história bíblica, em que Deus renomeia Jacó como Israel, o que significa “aquele que luta com Deus”. A partir desse momento, Jacó é referido como Israel e é considerado o terceiro dos patriarcas fundadores do povo de Israel, juntamente com Abraão e Isaque.

  1. A parcela geográfica de terra prometida por Deus a Abraão

De acordo com o livro do Gênesis capítulo 15 da Bíblia, Deus fez uma aliança com Abraão prometendo que seus descendentes teriam a terra em que viviam como herança.

Assim, Deus prometeu essa terra, que é a atual região de Israel, como herança aos seus descendentes. E também, é conhecida por diferentes nomes ao longo da história, como Canaã, Palestina, Terra Prometida e Terra Santa.

  1. O Estado de Israel moderno

O Estado de Israel moderno foi fundado em 1948 após a Resolução 181 (II) das Nações Unidas de 29 de Novembro de 1947. Assim, esse Estado é governado por uma liderança secular, democraticamente eleita, o que significa que não há uma liderança religiosa que controla o país, mas sim uma liderança eleita pelo povo.

Embora a região prometida por Deus a Abraão na narrativa bíblica inclua uma área geográfica maior do que a atual área ocupada pelo Estado de Israel, o país ainda reivindica essa área como sua herança histórica e religiosa. No entanto, o Estado de Israel moderno ocupa consideravelmente menos terra do que a região prometida a Abraão na narrativa bíblica.

  1. A Igreja como o “Israel” de Deus

Há uma visão que considera a Igreja como o “Israel de Deus”, e essa visão é conhecida como “teologia da substituição”, ou “supersessionismo”. Ela sugere que a igreja cristã substituiu a antiga aliança entre Deus e o povo de Israel, e que agora os cristãos são os verdadeiros herdeiros da promessa de Deus a Abraão. 

No entanto, essa visão é controversa e não é aceita por todos os cristãos, especialmente pelos que se identificam com o judaísmo messiânico. E assim, nós, da liderança da FHOP, não concordamos com essa visão.

Nessa visão, a igreja é vista como o “Israel de Deus” porque “a fé em Jesus Cristo é o que realmente importa” e não o pertencimento a um grupo étnico ou nacional. Em outras palavras, a fé em Jesus Cristo é que faz as pessoas pertencerem ao verdadeiro Israel de Deus, e não a descendência biológica ou a obediência a um conjunto de regras e rituais religiosos.

 

O  mistério de Israel e a Igreja nos escritos de Paulo

A questão do mistério de Israel e da Igreja é uma das principais temáticas abordadas por Paulo em suas cartas. De forma simplificada, Paulo ensinou que Deus escolheu Israel como seu povo especial no Antigo Testamento, e que a salvação era para ser oferecida primeiro aos judeus.

Porém, muitos judeus rejeitaram Jesus como o Messias, e a salvação se tornou acessível também aos gentios (não-judeus) por meio da fé em Jesus. Assim, a Igreja é formada por judeus e gentios que crêem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Paulo afirma que esse plano de Deus para a salvação é um mistério que foi revelado a ele e aos outros apóstolos, e que antes não era completamente compreendido pelos seres humanos. Ele enfatiza que essa união entre judeus e gentios na Igreja é algo surpreendente e maravilhoso, e que revela a graça e o amor de Deus para com toda a humanidade.

A união entre judeus e gentios 

Em suas cartas, Paulo usa várias imagens para descrever essa união entre judeus e gentios na Igreja, como um corpo, um edifício, um novo homem e um povo escolhido. Ele também fala da responsabilidade da Igreja de ser uma testemunha da graça e do amor de Deus para com toda a humanidade, e de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com o mundo.

Assim, o mistério de Israel e da Igreja nos escritos de Paulo é a revelação de que a salvação é oferecida a todos, judeus e gentios, por meio da fé em Jesus Cristo. Essa união entre judeus e gentios na Igreja é uma expressão da graça e do amor de Deus para com toda a humanidade. Logo, o cristão deve saber sobre Israel pois a Igreja tem a responsabilidade de compartilhar essa mensagem de salvação com o mundo.

Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegasse a plenitude dos gentios. Romanos 11:25

 

Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, que não foi dado a conhecer aos filhos dos homens em outras gerações, como agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas pelo Espírito; a saber, que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho. Efésios 3:4-6 

Com o retorno de Cristo, judeus e gentios que creem em Jesus Cristo serão unidos como um só povo de Deus.

Os mistérios de Deus e seu propósito na história redentora

O cristão deve saber sobre Israel pois entender que a noiva do Cordeiro será composta por judeus e gentios nos ajuda a perceber como Deus está unindo as duas comunidades. E assim, devemos saber como podemos colaborar para essa união.

Além disso, reconhecer a importância de Israel no plano redentor de Deus nos lembra de que Ele é fiel em cumprir Suas promessas. E portanto, nos lembra que Sua obra de salvação inclui todas as pessoas, independentemente de sua origem étnica, desde que coloquem sua fé em Jesus Cristo.

1. O propósito de Deus.

A compreensão do que Deus está a fazer na história humana para colocar tudo sob a liderança do seu Filho.

2. A atividade de Deus:

Os detalhes de como Deus deve agir a fim de orquestrar o Seu plano. As Suas decisões baseadas na Sua perfeita justiça.

3. A estratégia de Deus:

Compreender porque é que Deus age da forma como age. Ele orquestrou a história, com sabedoria. E assim, trazer o maior número de corações humanos à plenitude do amor para com Ele. E isso, sem violar o livre arbítrio humano e com a menor quantidade de sofrimento.

 

O cristão deve saber que Deus usa Israel para preservar Sua palavra

No cumprimento dessas promessas, Deus usou Israel para preservar Sua palavra e revelar Seu caráter ao mundo. Ele os usou para dar à humanidade a lei, as Escrituras e os profetas, bem como para trazer o Messias, Jesus Cristo, ao mundo.

Através de Jesus, as promessas feitas a Israel são cumpridas. E por meio Dele, todas as nações agora têm a oportunidade de ser abençoadas. Logo, Israel é um “agente” para que tudo seja colocado sobe a liderança do Messias.

Interpretando Israel

Não podemos ignorar o mistério, pois o problema de não entendê-lo é que pode levar a interpretações errôneas das Escrituras e, consequentemente, a uma compreensão equivocada do plano redentor de Deus para a humanidade.

O dispensacionalismo e o aliancismo são duas abordagens teológicas que têm sido utilizadas para interpretar a Bíblia. Ambas têm seus pontos fortes e fracos, mas uma falha comum que ambas podem apresentar é a falta de
compreensão do mistério de Israel.

 

A igreja faz parte desse plano

O mistério de Paulo se refere à revelação especial que Deus deu a Paulo sobre a união de judeus e gentios em um só corpo. Se não entendermos o mistério de Paulo, podemos cair na armadilha de separar Israel e a igreja em dois povos distintos, com diferentes planos e propósitos de Deus para cada um deles. Isso pode levar ao erro de pensar que a igreja é uma espécie de plano “B” de Deus, criado somente depois que os judeus rejeitaram o Messias.

No entanto, a verdade é que Deus sempre teve em mente a união de judeus e gentios em um só corpo, e a igreja é uma parte essencial desse plano.

Estamos vivendo algo sem precedentes em nossa geração: um movimento global de jejum e oração em prol dos propósitos de Deus pelo povo de Israel. Afinal, a Bíblia deixa evidente que o Senhor tem planos de salvação para seu povo eleito. Sendo assim, como igreja, devemos estar alinhados com o desejo do nosso Senhor de alcançá-los e clamar por salvação.

Durante esse período, nossa sala de oração se engajará nessa causa, e queremos compartilhar o que o Senhor tem falado conosco nesse tempo. Por isso, leia abaixo um cordel pela salvação de Israel, escrito por um dos nossos missionários intercessores, Eliaquim Benedito.

 

Um cordel pela salvação de Israel

I

Já se viu negócio desses

De alguém querer se portar

no estado de Direito

povo eleito se achar?

se hoje existe enxertado

é porque enraizado

Israel já estava lá

 

II

Do alto céu olhou pra Terra

Soberano criador

De Jacó a descendência

quis escolher o Senhor

p’ra si separou um povo

sobre eles um renovo:

sua Palavra, seu penhor

 

III

Passam dias, passam anos

suas histórias nós lembramos

suas palavras nós cantamos

reacendem nosso Amor

Mas dos tempos a mudança

Não anula a Aliança

Que fez o grande feitor

 

IV

Há uma promessa eterna

Feita à grande nação

graciosamente eleita

a semente de Abraão

Deus nunca voltou atrás

nem se esqueceu jamais

do que disse desde então

 

V

Há uma agenda sublime

que precisa ser lembrada

há gloriosa esperança

que deve ser propagada

Breve o Filho virá

e para si encontrará

sua noiva, sua amada

 

VI

Tão somente não caiamos

na possível tentação

de pensar que Israel

do nosso “sim” é o “não”

Segue sendo escolhida

por Deus amada e mantida

salvá-la-á forte mão

 

VII

De tantas nações da terra

o ungido do Senhor

judeu se mostrou ao mundo

o divino Redentor

numa cruz foi imolado

mas ao Céu ressuscitado

ascendeu em esplendor

 

VIII

Se ele disse que sim

Como diremos que não?

Iremos até o fim

Junto à grande comissão

Lembrando de Israel

Elevando a voz ao Céu

Com ardente intercessão

 

IX

O anseio de Deus é o mesmo

por certo não vai mudar

Aos olhos que estão fechados

Ele quer se revelar

Mesmo com o passar dos anos

Ainda está em seus planos

Sua Israel salvar

 

X

Se de fato o conhecemos

logo o obedeceremos

em concordância andaremos

nos deixaremos gastar

nos muros da oração

em constante intercessão

Até que aquela nação

Nosso Deus venha salvar.

 

Eliaquim Benedito, missionário FHOP

Precisamos entender o plano de Deus para a humanidade, e a Igreja e Israel fazem parte desse plano. Nos escritos de Paulo, ele fala sobre o mistério que se refere a revelação especial que Deus deu a Paulo sobre a união de judeus e gentios em um só corpo.

Portanto, Deus sempre teve em mente a união de judeus e gentios em um só corpo. Então, a igreja é parte desse plano. Porém, existem abordagens teológicas que são utilizadas para interpretar a Bíblia, que são o dispensacionalismo e o aliancismo. Essas abordagens possuem pontos fortes e fracos. Porém, possuem uma falha que leva a uma falta de compreensão do mistério de Israel.

 

Dispensacionalismo e aliancismo

O aliancismo e dispensacionalismo são duas abordagens teológicas diferentes para compreender a história da salvação e o papel de Israel e da igreja nesse processo. Portanto, cada abordagem apresenta implicações significativas na compreensão da relação entre o povo judeu e o cristianismo e, por consequência, na história do antissemitismo.

Dispensacionalismo: duas árvores de salvação

Imagem retirada do livro Igreja e Israel no Novo Testamento, Impacto

 

O dispensacionalismo é uma abordagem que divide a história da salvação em diferentes períodos chamados dispensações, cada uma com um conjunto específico de regras e requisitos.

Segundo essa abordagem, Deus frequentemente testa e oferece uma oportunidade única de salvação em cada uma dessas dispensações. O arrebatamento da igreja é um evento futuro em que os crentes verdadeiros em Jesus Cristo serão retirados do mundo antes da tribulação, para Deus voltar a lidar com Israel na grande tribulação.

Aliancismo: uma árvore de salvação substitui a outra

Imagem retirada do livro Igreja e Israel no Novo Testamento, Impacto.

Já o aliancismo é uma abordagem que vê a salvação como um processo contínuo, que começa com a primeira aliança de Deus com Adão e Eva e continua através das outras alianças estabelecidas por Deus com a humanidade, culminando na nova aliança em Jesus Cristo. Cada uma dessas alianças é vista como uma etapa importante na história da salvação, mas a nova aliança em Jesus Cristo é a última e final, e não haverá outra.

Consequência do Aliancismo e do Dispensacionalismo

Como já foi dito, ambas as abordagens teológicas têm implicações significativas para a história do antissemitismo. A teologia do aliancismo pode levar à compreensão de que a igreja substitui Israel como o povo escolhido de Deus. Isso pode levar a uma discriminação contra os judeus, pois, historicamente, essa ideia tem sido usada para justificar a perseguição e o genocídio dos judeus.

O problema central do aliancismo reside na sua incapacidade de diferenciar entre Israel e a Igreja. Em virtude disso, a corrente reinterpretou uma série de textos do Antigo Testamento, que falam sobre as promessas para Israel a serem cumpridas no fim dos tempos, a posse da nova terra, o milênio, a grande tribulação, dentre outros.

As raízes do aliancismo

Contudo, tal método interpretativo é bastante alegórico, lembrando o antigo método alegórico da escola alexandrina, que teve Orígenes como um de seus representantes, mas que acabou sendo condenado pela Igreja.

Vale ressaltar que essa interpretação do aliancismo tem suas raízes no antissemitismo medieval e isso pode levar a uma discriminação contra os judeus, pois, historicamente, essa ideia tem sido usada para justificar a perseguição e o genocídio dos judeus.

Uma árvore não substitui a outra

A ideia de que uma árvore de salvação substitui a outra pode levar à interpretação equivocada de que Deus rejeitou os judeus e escolheu os cristãos como o novo povo escolhido.

Por outro lado, a teologia do dispensacionalismo pode levar a uma compreensão equivocada de que Deus perdeu o controle da história. A ideia de que Deus precisaria retirar a igreja do mundo antes da tribulação pode levar a uma mentalidade de escapismo.

Deus nunca perdeu o controle

Conforme as Escrituras, pode-se afirmar que todo o sofrimento do povo judeu na história da humanidade não ocorreu sem a supervisão e controle de Deus. A Bíblia ensina que Deus é soberano sobre todas as coisas, incluindo o sofrimento do Seu povo escolhido. Um exemplo disso é o livro de Jó, onde Deus permitiu que Satanás afligisse Jó, mas manteve sempre o controle da situação.

Além disso, a Bíblia nos mostra que Deus usa o sofrimento para cumprir Seus propósitos e planos soberanos. Por exemplo, no Antigo Testamento, podemos ver que Deus usou a escravidão no Egito para libertar o povo de Israel e levá-los à terra prometida (Êxodo 12:40-42).

Assim, nos dias de hoje, Deus também pode usar o sofrimento do Seu povo para realizar Sua vontade. Isso não significa que Deus cause o sofrimento, mas significa que Ele pode permiti-lo para nos moldar e nos tornar mais como Cristo (Romanos 8:28-29):

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:28,29

E quando Deus restaurar Israel, como prometeu em Sua Palavra, será uma ocasião gloriosa. A Bíblia nos diz que Jesus Cristo retornará para estabelecer Seu reino na Terra e Israel desempenhará um papel importante nesse evento (Zacarias 14:1-9).

 

Inclusão ou Teologia da Promessa

Imagem retirada do livro Igreja e Israel no Novo Testamento, Impacto

De acordo com a visão de inclusão radical, o plano divino não se limita apenas ao povo judeu, mas abrange todas as nações. Deus prometeu a Abraão (Gn 12:1-3) que todas as nações da Terra seriam abençoadas através dele. E essa promessa se cumpriu em Jesus Cristo, o salvador de toda a humanidade, tanto judeus quanto gentios. O apóstolo Paulo, em suas cartas aos Romanos e Efésios, fala extensivamente sobre a inclusão de todas as nações na salvação divina. Em Efésios 2:11-13 vemos:

Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Efésios 2:11-13

 

Igreja e Israel

Conforme a igreja amadurece espiritualmente, ela passa a compreender com mais clareza o papel de Israel no plano divino e como sua própria existência está conectada a isso. Isso envolve reconhecer que a igreja não substitui Israel, mas que ambas as partes são essenciais para a realização do plano divino de salvação da humanidade. Juntos, judeus cristãos (a Israel de Deus) e gentios cristãos compõem o que chamamos de povo de Deus.

 

Além disso, à medida que a igreja cresce, ela compreende como pode trabalhar em conjunto com Israel para cumprir o plano de Deus na história. A cooperação e a união entre judeus e gentios são fundamentais para a realização do propósito divino na história.

Nesse mês de maio, nós iremos nos unir com cristãos de várias partes do mundo em prol de um jejum de 21 dias e estaremos orando por Israel, em um movimento global de oração. E aproveitando esse tema, vamos esclarecer a importância que Israel tem para nós cristãos. Talvez você esteja confuso ou não saiba porque orar por Israel. Nós não acreditamos que a igreja substituiu Israel nos planos de Deus, muito pelo contrário, acreditamos na centralidade de Israel nesse plano e é sobre isso que conversaremos hoje. 

 

Orar por Israel é a certeza de orar a vontade de Deus

Você já teve dúvidas sobre se suas orações estão alinhadas com a vontade de Deus?  Embora Deus ouça todas as orações, nem todas são respondidas. Deixa eu te dar uma dica muito valiosa: ore por Israel e você verá que essa oração certamente será respondida pois ela é a vontade de Deus. As vezes pensamos que não temos fé suficiente em nossos pedidos. Mas se tem um tópico de oração pelo qual podemos ter certeza que é a vontade de Deus, esse tópico é Israel. Sabe por que eu afirmo isso? Porque é promessa de Deus.

O profeta Isaías se refere a quem ora por Israel como “vigias” em Isaías 62:6-7: “Ó Jerusalém, sobre os teus muros coloquei vigias, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra”. Ou seja, pessoas que não descansam até que a vontade de Deus se cumpra em relação a Israel. Junte-se a esses vigias e ore por eles, confiando na promessa de Deus.

 

Quatro motivos para orar por Israel

Se você está em busca de razões para orar por Israel, aqui estão algumas delas. Orando por Israel, primeiramente, devemos nos lembrar que Deus está no controle do endurecimento e abertura dos olhos de Israel, e confiar que suas promessas serão cumpridas. Como igreja cristã, é importante amar e orar pelos nossos irmãos judeus, lembrando sempre que Jesus é judeu. Algumas razões específicas para orar por Israel incluem:

 Ore pela salvação dos judeus

Conforme Romanos 11:26. Muitos judeus não conhecem a verdadeira natureza de Jesus e o consideram apenas um fundador de uma nova religião. Um dos motivos mais relevantes de oração é para que mais judeus reconheçam Jesus como o Messias prometido. Quando lemos Atos 15, vemos que o cenário ali era diferente, a pergunta deles era: “seria possível os gentios seguirem um Messias de Israel?”. Hoje, ouvimos que os judeus não creem em Jesus. O que aconteceu? Muitos judeus não sabem o que é seguir Jesus, muitos deles acreditam que Jesus foi o fundador de uma nova religião. Essa religião, o cristianismo,  na visão deles adora três deuses ao invés de um único Deus. Esteja orando por Israel e ore para que mais judeus reconheçam Jesus como o Messias prometido, seu Senhor e Salvador;

Ore pela proteção de Israel

Como mencionado em Jeremias 31:38. Existe um movimento significativo para aniquilar essa nação, e devemos orar pelos inimigos de Israel, incluindo terroristas pertencentes a grupos extremistas ou mesmo cristãos confusos que acreditam que essa nação não deve existir. Pode parecer estranho mas o fato de Deus escolher Israel para cumprimento de seus propósitos no mundo, irrita a muitos e requer muita fé de nossa parte para confiar na soberania de Deus. É preciso sim muita oração sobre esse motivo;

Ore pela paz em Jerusalém

Conforme Salmos 122:6. Apesar de ser uma cidade importante para Deus, Jerusalém ainda enfrenta conflitos políticos e sociais. Há muito pecado e muita disputa em ambos os lados da cidade, a paz política só será possível no retorno de Jesus mas devemos batalhar pela paz de Jerusalém em oração. Jerusalém está fora das principais rotas comerciais e não tem importância estratégica para um exército conquistador. Se fosse apenas uma batalha física, seria difícil entender o raciocínio por trás disso. Mas sabemos que é espiritual, Deus escolheu habitar no meio de Jerusalém (Zacarias 8:3). Ore para que haja paz nessa cidade e para que Deus proteja seus habitantes;

Ore para o cumprimento das promessas de Deus para Israel

Conforme Isaías 60. Deus tem um plano para esse povo e prometeu que sua glória brilhará sobre eles. Declare essas promessas em suas orações e confie que Deus cumprirá sua palavra.

 

A Importância de Israel na Fé Cristã

Nessa conversa, espero ter ajudado a perceber a importância de Israel para a nossa fé cristã. É interessante lembrar que Jesus era judeu, ele não era cristão ou seja, seguidor de Cristo, ele era o próprio Cristo e  seu nome em hebraico é Yeshua . Maria sua mãe, não era católica e João seu primo, não era da igreja batista, ambos eram judeus também. Portanto, tenha ciência que ao ignorar o povo judeu, estaremos ignorando aonde se iniciou a revelação de Deus. Embora Jesus tenha pregado entre gentios, isso trouxe dificuldades para que seus irmãos judeus o reconhecessem como o Messias prometido. No entanto, chegará o dia da reconciliação. Veja o que diz em Zacarias 12:10:

“Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e súplicas de misericórdia, para que, quando olharem para mim, para aquele a quem traspassaram, o pranteiem como se pranteia filho único, e chorar amargamente por ele, como se chora por um primogênito”. Zacarias 12:10

Foi providência de Deus todos esses anos de rejeição por parte dos judeus para benefício e salvação de todos nós. Por isso, participe conosco desse jejum por Israel, entendendo a relevância dessa nação tanto para o cristianismo quanto para o retorno de Jesus. Não esqueça que o nome Jesus hoje para os judeus pode parecer gentil demais, mas Ele é o próprio Cristo.

E por fim, vamos lembrar que a importância de Israel não está apenas no passado, mas também no presente e futuro, conforme as promessas de Deus. Junte-se a nós nesse jejum e esteja orando por Israel, e confie na soberania de Deus para cumprir suas promessas.

 

Todo cristão genuíno deseja crescer em sua vida de oração. Mas, muitas vezes não sabemos como começar e nem qual é o nosso papel como intercessores. A intercessão é um chamado para todos os que amam a Deus, pois ela faz parte das disciplinas espirituais. Além disso, Jesus mesmo disse: “E, quando orares…” (Mateus 6:5). Essa afirmação  desperta  a nos colocarmos aos pés do Senhor e o buscarmos de todo o coração, tendo como óbvio que  não importa se a oração vai ser por duas horas a fio ou por trinta minutos.

Cada um de nós temos vivências e visões de mundo diferentes e como Corpo de Cristo podemos entrar em parceria com Deus para orar as coisas que Ele mesmo já afirmou. Há  um grande privilégio em aquietar e lançar diante dele todas as ansiedades da alma, tanto a nosso respeito como sobre as coisas que estão acontecendo na terra. 

Em Ezequiel 22:30 vemos Deus buscando alguém que se colocasse na brecha para que aquela terra não fosse destruída:

“E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei.” Ezequiel 22:30

Deus está buscando intercessores nos dias de hoje? Mas, como devemos orar?

O princípio da confissão

“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor secou como no calor do verão. Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Eu disse: “Confessarei ao Senhor as minhas transgressões”; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.” Salmos 32:3-5

Neste texto Davi nos ensina como é importante reconhecer e confessar os pecados. Pois, o pecado aprisiona e, é um peso impossível de carregar. A vida se torna seca e não apenas a alma, mas até o corpo físico pode adoecer. Quando Davi se arrepende e reconhece diante de Deus a sua iniquidade ele se torna verdadeiramente livre. O peso é retirado.

Às vezes, nos esquecemos dessa verdade: não há nada que possamos esconder do Senhor. Mas, podemos e devemos ser intencionais em reconhecer quando falhamos e somos rebeldes. Quando confessamos  os nossos pecados, a mesma sensação de liberdade que invadia o coração de Davi encherá nossa alma de alegria. (Você também pode orar o Salmo 51)

Ousadia e fé

“Portanto, meus irmãos, tendo ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos com um coração sincero, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e o corpo lavado com água pura. Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” Hebreus 10:19-23

Você e eu temos uma voz diante do Senhor e temos a liberdade de entrar na presença de Deus todos os dias com amor, fé e ousadia. O  imenso sacrifício da Cruz de Jesus foi para nos levar de volta ao Pai e a Sala do Trono. Temos o coração purificado pelo sangue de Jesus, a certeza da salvação em Cristo e de que somos ouvidos por ele. Lembra o que está escrito em I Joãos 5:14? “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” Então, precisamos aprender sobre sua vontade e podemos descobrir essas verdades em sua Palavra.

Há uma vontade perfeita de Deus para nós e para as coisas que acontecem ao nosso redor e nós podemos acessar essa revelação através da oração e do estudo das Escrituras. Podemos declarar a Palavra da verdade sobre nossa família,  cidade, país e até sobre as nações.

Mas, como devemos orar?
Orações Apostólicas

Como já falamos, algo que faz parte do nosso DNA de Casa de Oração é orar a Palavra. Entre elas estão as orações Apostólicas. Uma de suas características é que as orações são centradas em Deus e não no pecado ou no diabo. São aproximadamente 25 a 30 orações Apostólicas no Antigo Testamento. Além disso, ela está focada na Igreja da cidade. Mesmo tendo o Apóstolo Paulo orado por indivíduos, eles usavam os mesmos termos das bênçãos impetradas às igrejas locais.

Por exemplo, quando oramos Efésios 3:16-21:

“Peço a Deus que, segundo a riqueza da sua glória, conceda a vocês que sejam fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito, no íntimo de cada um. E assim, pela fé, que Cristo habite no coração de vocês, estando vocês enraizados e alicerçados em amor. Isto para que, com todos os santos, vocês possam compreender qual é a largura, o comprimento, a altura e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que vocês fiquem cheios de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” Efésios 3:16-21

Pedimos a Deus que nosso bairro seja inundado pela sua plenitude e que nossos vizinhos possam ter a revelação da profundidade do amor de Deus por suas vidas. Oramos pela revelação de Cristo. 

Dicas práticas de como orar:

  • Procure um lugar propício e sem interrupções, que você se sinta à vontade;
  • Tenha um caderno de anotações, canetas e a Bíblia;
  • Providencie água, café ou suco;
  • Não há uma única forma de orar, saiba como você interage melhor com Deus;
  • Não tenha pressa, saiba que Jesus é o seu sábado, isto é: Nele você pode descansar. Se não tiver palavras que expressem o que você sente, ainda no silêncio, Jesus te escuta.
  • Escreva listas de orações e seja perseverante

“Orem sem cessar.” 1 Tessalonicenses 5:17

Conclusão:

Neste devocional refletimos a respeito de como devemos orar confessando nossos pecados  com ousadia e fé. Também falamos sobre a importância de orar a Palavra e as Orações Apostólicas.

Como tem sido sua vida de oração? Apesar dos desafios que nos cercam é muito importante nunca desistirmos e sempre retornarmos ao lugar da oração. Que possamos cultivar um coração que ame a Deus sobre todas as coisas.

Continue a ler sobre oração, aqui.

Como desenvolver uma vida de oração? Eu lembro do dia em que o meu coração queimou diante de Deus. Ali fui preenchida por uma vontade imensa de conhecê-lo,de ouvir Sua voz e conversar com Ele. De forma muito prática, eu aprendi que toda comunicação entre eu e Ele não era muito diferente da comunicação que estabelecemos rotineiramente com as pessoas que surgem em nossa vida.

Estabelecendo um relacionamento

Através da oração podemos descobrir quem Deus verdadeiramente é. Então, quando estabelecemos relacionamento direto com Ele passamos a ouvir Sua voz audivelmente, ouvimos os Seus segredos e nos tornamos parte do privilégio, do milagre e da luta feroz através da ação do Espírito Santo que nos ajuda durante as nossas fraquezas.

A oração pode ser expressa de diversas formas, através da intimidade, orando e lendo a Palavra ou quando nos disponibilizamos a interceder por justiça, avivamento e transformação social. Assim, promover oração sobre outras pessoas também é uma forma de nos encontrarmos com Deus. Consequentemente fazemos as obras para o reino e mudamos o mundo.

Uma vida constante

Constância é essencial para o desenvolvimento de um estilo de vida de oração. Em virtude dela que recebemos a plenitude daquilo que Deus proveu para nós. Assim, o compromisso precursor é o de buscar pelo menos duas horas de oração por dia, encorajando também a ler-orar o livro de Apocalipse uma vez por semana.

“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15:5)

Permanência e confiabilidade

Lembro ainda que foi no lugar de oração que eu mais me senti segura e me conectei com o Espírito Santo. Diversas vezes buscamos, por exemplo, opiniões, amor, segurança e confiabilidade em pessoas e comumente nos esquecemos da disponibilidade de Deus e o quanto Ele ama nos ouvir, sejam coisas boas ou até notícias que abalam os nossos corações. Deus nunca se cansa de ouvir a voz sedenta dos Seus filhos.

Lugar de intimidade

A oração nos leva a um lugar de intimidade com o Pai, nos livra de todo e qualquer esgotamento, nos energiza para amarmos a Deus acima de todas as coisas e nos faz transbordar de amor pelos outros. Ter uma vida de oração é algo que devemos ansiar e não fazer por mera obrigação. Orar nos leva ao encontro dEle.

Por que devemos orar?

Deus quer que o nosso coração esteja conectado com o dEle em uma parceria sincera e profunda. Você não está errando quando decide questionar todas as coisas ao Pai, na verdade, esse é um princípio fundamental do Reino. No entanto, devemos sempre perguntar e não guardar os questionamentos dentro de nós. Saiba que você pode confiar em Deus e confessar para Ele todas as suas alegrias, angústias e frustrações.

“Em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. (Filipenses 4:6)

Um compromisso real

Por fim, pense que hoje você tem um compromisso muitíssimo importante com um Rei, talvez você pense em muitas coisas, prepare sua fala ou anote coisas que você não quer deixar de falar durante o encontro de vocês. Dessa mesma forma devemos reconhecer o nosso tempo de oração. Desse modo, devemos nos comprometer com o Senhor e colocar os nossos compromissos sagrados como encontros que não devemos perder. Ele é o grande Rei e devemos desejar a Sua presença.

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Na manhã de ontem (6 de fevereiro) um terremoto na fronteira da Turquia com a Síria deixou mais de 5.000 mortos. Como podemos orar sobre isso? O Senhor nos convida, como intercessores, a um diálogo com Ele sobre acontecimentos assim. É nosso papel nos colocarmos sobre os muros da oração, clamando para que a vontade do Pai seja feita. Porém, muitas vezes, não sabemos como começar.

Separamos aqui uma lista de tópicos de orações, para te auxiliar nessa jornada, utilizando algumas das orações apostólicas como base para sua conversa como Senhor: 

 

Ore pelo resgate de sobreviventes – Efésios 3:16-19

Em situações de crise como essa, os primeiros momentos são fundamentais. Então ore pelo fortalecimento das equipes de resgate, para que eles sejam movidos por amor e compaixão e tenham suas forças renovadas. Clame por sabedoria sobre os lugares onde devem procurar por sobreviventes, e estratégias para que as buscam sejam bem sucedidas. Peça para que aqueles que estão embaixo de escombros sejam encontrados pelo Espírito Santo e, de forma sobrenatural, conheçam o Deus de toda esperança e a paz que excede todo entendimento, 

 

Ore pelos governos – 1 Timóteo 2:1-4

Apresente ao Senhor os governos da Síria e Turquia, para que tenham sabedoria para administrar a crise. Ore para que o Espírito Santo os guie na tomada de decisões e que o bem da população seja sua prioridade. Peça também para que governos de países mais influentes sejam movidos em compaixão e ofereçam ajuda.

 

Ore para que a Igreja se levante. – Efésios 6:19-20

Nesses dois países a perseguição religiosa é intensa. Por serem locais onde a maior parte da população é islâmica, crer em Jesus é culturalmente repudiado e perigoso. Ore para que nesse momento de Crise, a igreja se posicione, encontrando oportunidades para a pregação do evangelho. Que haja manifestação de sinais e maravilhas (Atos 4:29 e 30), e pessoas conheceçam a Jesus Cristo. Peça por corações dispostos a ouvir a palavra da verdade. 

 

Ore por Ongs e Instituições de auxílio humanitário – Filipenses 1:9-11

Clame ao Senhor que continue dando sabedoria àqueles que se propõem a ajudar. Que eles encontrem portas abertas e políticas que facilitem a ajuda aos mais necessitados. Peça pelo bom gerenciamento de campanhas de arrecadação, e que os recursos de fato cheguem à população. Rogue para que o Senhor receba a glória de cada ato de amor e compaixão. 

 

Ore por Consolação – 2 Coríntios 1: 3-5

Lembre-se daqueles que perderam familiares, amigos, casas e formas de sustento. Ore para que eles conheçam o Deus de toda a consolação. Que sejam confortados nesse período de luto e fortalecidos para continuarem sua jornada. Peça que conheçam o Espírito Santo, Consolador, e recebam alívio em meio a dor. 

 

Ore por Esperança – Romanos 15:13

Clame ao Deus da esperança, para que os encha de toda alegria e paz. Peça ao nosso Pai que encontre os corações em luto e desespero com uma nova perspectiva. Que eles encontrem motivos para continuar, peça para que, pelo poder do Espírito Santo, eles transbordem de esperança. 

 

Ore pelo retorno de Jesus

Haverá um dia em que a justiça será estabelecida na terra. Tudo será exatamente como deveria ser. Chegará o dia onde não haverá mais choro nem dor. Nós habitaremos com Ele, seremos sua noiva e Ele será o nosso Deus. Enquanto esse dia não chega, ainda passaremos por aflições, mas podemos ter bom ânimo, sabendo que a nossa esperança não será frustrada. Ore para que o anseio pelo seu retorno queime no coração de toda a igreja e que, em dias como esse, nosso maior clamor seja Maranata! 

 

Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.

Salmos 46:1

 

 

 

 

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