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Jejum: Atraindo as Águas de Deus

fome

Eu gosto de definir o Jejum, como uma maneira de expressarmos externamente  aquilo que já está em nossas almas: a fome por Deus. A grande verdade é que todos nós, por mais completos em obras que sejamos somos como terras desérticas, secas que não podem produzir fruto de si mesmos se não formos tocados pelos mananciais das águas de Deus.  Essas águas geram vida e nos ensinam a fluir em parceria com o Espírito Santo.

Olhe para esta grande trecho da passagem de 1 Reis 18:

 

“Depois de um longo tempo, no terceiro ano da seca, a palavra do Senhor veio a Elias: “Vá apresentar-se a Acabe, pois enviarei chuva sobre a terra”. E Elias foi. Como a fome era grande em Samaria, Acabe convocou Obadias, o responsável por seu palácio, homem que temia muito ao Senhor… “Vá e olhe na direção do mar”, disse Elias ao seu servo. E ele foi e olhou. “Não há nada lá”, disse ele. Sete vezes Elias mandou: “Volte para ver”. Na sétima vez o servo disse: “Uma nuvem tão pequena quanto a mão de um homem está se levantando do mar”. Então Elias disse: “Vá dizer a Acabe: Prepare o seu carro e desça, antes que a chuva o impeça”. Enquanto isso, nuvens escuras apareceram no céu, começou a ventar e começou a chover forte, e Acabe partiu de carro para Jezreel…”. 1 Reis 18:1-3, 43-45

 

Eu não acredito, de forma alguma, que o jejum é um método para barganharmos o favor de Deus. Mas eu acredito que, assim como a oração de Elias atraiu a chuva quando não restava nem sombra de nuvens, o nosso Jejum pode atrair os mananciais das águas do Senhor que nos levam a romperes significativos. Que apontam para a natureza de Deus de forma prática e palpável.

Neste mesmo sentido, eu gostaria de continuar falando sobre persistência. Lembrar que o permanecer, na grande maioria das vezes pode ser um momento de pura obediência, sem arrepios ou sentimentos; mas essa atitude tão simples aos nossos olhos é tudo o que o Senhor precisa para agir em nós e produzir frutos sinceros em nosso interior.

Olhe para o próprio Elias. Ele não insistiu com o seu servo uma, nem duas, nem três vezes, mas foram SETE TENTATIVAS, cheias de fé e convicção até que a chuva viesse. Até que começou a vislumbrar uma pequena nuvem, que encharcou a terra inteira!

Isso realmente gera algo em meu interior: Toda a prática espiritual que é movida por fé, transforma a nós mesmos e a realidade ao nosso redor. Atrai torrentes fortes vindas diretamente do trono.

Que você possa ser movido a não simplesmente se abster de alimentos, mas que ao jejuar sua vida de oração possa ser elevada à lugares mais profundos. Que nesse tempo de consagração o Senhor te dê fé, coragem e persistência para orar as sete vezes necessárias, crendo que as águas estão prestes a romper e encharcar seu coração. Acredite, isso gerará impacto!

Uma das coisas que me chama a atenção nas escrituras é como o conceito de reflexo se faz presente na maioria dos ensinamentos, mandamentos ou nas próprias atitudes de Jesus.

Nesses dias de jejum, essa “definição” tem se tornado tão evidente! Enquanto nos colocamos em um lugar de fraqueza voluntária, nossas próprias forças são apagadas. A necessidade de nossas almas de que o poder de Deus se manifeste em nós se torna totalmente latente. Passamos a refletir uma intensidade que naturalmente não poderíamos produzir: A força do Espírito Santo em nós.

Eu gosto de pensar na ideia de reflexo como um modelo. Como uma atitude que evidencia algo ou alguém sem transmitir a nós mesmos, escondendo nossa própria imagem natural.

Pense em como Jesus refletiu ao Pai. Como Ele viveu de maneira totalmente comprometida a apontar para o alto e traduzir a imagem perfeita do criador:

“Jesus tomou a palavra e disse-lhes: Em verdade, em verdade vos digo: o Filho de si mesmo não pode fazer coisa alguma; ele só faz o que vê fazer o Pai; e tudo o que o Pai faz, o faz também semelhantemente o Filho”. João 5:19.

“Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou…” João 1:18

Isso realmente é desafiador! Ao viver desta forma Jesus nos entregou um padrão daquilo que devemos refletir ao aceitarmos o “brasão de cristãos”. Ao dizermos sim para que a transformação da glória do Senhor opere em nós dia após dia, estamos permitindo que  a nossa imagem natural seja completamente ofuscada, dando espaço à beleza dos céus.

Minha oração é que nesses dias de jejum possamos deixar com que a beleza dos céus seja refletida em nosso interior. Que a alegria de revelar ao Pai deixe de ser vista como fraca ou superficial, mas que assim como nos ensinou Jesus, ela tome nossas vidas, trazendo mais fome e sede de quem Ele é!