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Susanna Wesley – Uma mulher de oração

propósito

Susanna Wesley, quem foi essa mulher e o que ainda hoje ela tem a nos ensinar? 

Primeiramente, precisamos entender que uma mulher tem o poder e graça de conduzir uma casa e uma família. Aliás, a palavra nos fala sobre isso de tantas formas que  se torna claro conforme entendemos o papel da mulher na história e o que Deus espera de nós. 

Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua.

Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça.

Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva. Provérbios 31: 26-28 

Neste texto vou compartilhar um pouco sobre uma mulher que através de devoção, disciplina e ensinos da palavra fez com que seu nome se tornasse importante na história. 

Inegavelmente, seus filhos se tornaram homens poderosos em Deus. Certamente, muito disso se deve a uma mulher que entendeu o poder de uma mãe que ensina seus filhos a importância de uma vida diária com Deus. 

Uma mãe que entendeu o que bons exemplos podem fazer na vida de uma criança. Além disso, uma mulher com uma disciplina admirável e única que nos mostrou claramente que não importa quantos filhos venhamos ter ou quão ocupadas estejamos com as nossas tarefas, precisamos prezar ao nosso Deus e a nossa família 

Essa mulher é Susanna Wesley. Ela viu sua casa pegar fogo e um dos seus filhos, no caso John Wesley, ser retirado com vida. Foi uma resposta rápida de oração feita naquele momento de tensão. 

Ela viu alguns de seus filhos morrerem sem nem chegarem à idade adulta e sua família passar por privações e até mesmo perseguições. 

Ainda assim, Susanna continuou crendo e dedicando seus dias a Deus e sua família.

Quem foi Susanna Wesley?

Susanna era filha de um pregador e a vigésima quarta de uma família de 25 filhos. Nasceu na Inglaterra em 20 de Janeiro de 1669, se casou bem jovem com o reverendo Samuel Wesley e com ele teve 19 filhos. Dois deles, foram homens extremamente importantes para a história da propagação do evangelho na Inglaterra, na Europa, nos Estados Unidos e em outras nações. 

Para falar dela, talvez seja mais fácil mencionar o nome de dois de seus filhos. Assim, poderemos entender um pouco do quão importante foi essa mulher na história: John e Charles Wesley, este último também lembrado pelas muitas canções que compôs. 

Seus filhos foram os líderes do movimento metodista, homens importantes quando falamos em vidas dedicadas ao evangelho. Com efeito, ela é chamada carinhosamente de Mãe do Metodismo no mundo. 

Ademais, Susanna Wesley tinha um tempo todos os dias dedicado ao Senhor, educou seus filhos na Palavra e os alfabetizou usando partes da bíblia. Além disso, ela também dedicava um tempo para cada um dos seus filhos individualmente. 

Inegavelmente, quando olhamos para o legado de John e Charles Wesley, iremos encontrar em suas histórias o nome de sua mãe. Porque na maioria das vezes essa mulher soube ser uma mãe que ensinou seus filhos e filhas a ser tementes a Deus. 

Sobretudo, Susanna Wesley entendeu muito cedo que para ter êxito como esposa e mãe, ela necessitava aprender isso através dos seus momentos com Deus. 

Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá.

Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude.

Como é feliz o homem cuja aljava está cheia deles! Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal. Salmos 127:3-5

O que podemos aprender com Susanna Wesley?

1- Precisamos ter e priorizar nosso tempo diário com Deus

2- Mães podem e devem ser responsáveis em educar seus filhos nos caminhos do Senhor. 

3- Devemos priorizar a família 

4- Susanna considerou sua família como o seu campo missionário e isso a fez alcançar muitas nações através de seus filhos 

6- A obediência gera frutos eternos

7- Amor e devoção podem resultar em um legado grandioso 

8- Disciplina, ensinada da maneira correta, produzirá uma grande e eterna colheita

9- As dores e provações servem para que possamos ver o poder de Deus agindo em nós e através de nós

10- Independente da sua esfera de influência é possível marcar a história e as vidas ao seu redor

 

Através da vida de  Susanna Wesley que possamos refletir sobre a forma como vivemos, ela é  um exemplo a ser seguido por todos nós. 

Acima de tudo, um exemplo de mulher que orava e ensinava sua família ao ponto de tornar isso um modelo a ser seguido pelo mundo. 

O autor inglês Isaac Taylor diz:

“Susanna Wesley foi a mãe do metodismo no sentido moral e religioso. Sua coragem, sua submissão à autoridade, a firmeza, a independência e o controle de sua mente, o fervor de seus sentimentos devocionais e a direção prática dada a seus filhos brotaram e se repetiram muito visivelmente no caráter e na conduta de seu filho John. Poucas mulheres na história possuíram a sensibilidade espiritual, o vigor e a sabedoria de Susanna Wesley.”

Em conclusão, deixo uma frase de um dos seus filhos: 

“Aprendi mais sobre o cristianismo com minha mãe do que com todos os teólogos da Inglaterra.” – John Wesley 

 

Ansiedade, uma palavra que tem sido muito falada nos últimos tempos. Em face de uma pandemia, muitas pessoas não conseguiram aguentar as situações de mudanças e medos. 

Acredito que terapeutas, psicólogos e até mesmo médicos psiquiatras foram um dos  que mais trabalharam nestes últimos meses.

Ansiedade, nada mais é do que medo, preocupação, apreensão e um sentimento de extrema aflição.  

Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma. Salmos 94:19 

Este versículo abaixo, pode ser um indicativo de que alguns de nós iríamos enfrentar ansiedade e que isso seria uma luta a ser vencida. 

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. Filipenses 4:6 

Eu quero repartir um pouco da minha experiência com ansiedade e como tenho lidado com isso. 

Para poder te contar o hoje, preciso repartir o que me levou a buscar tratamento profissional para ansiedade. 

Um pouco da minha história 

Eu cresci em um lar completamente destruído, um abandono materno aos 3 anos e um pai alcoólatra me levou a ter ansiedade desde que era criança. 

Quando tinha 14 anos, eu tive depressão e síndrome de pânico. Fiz tratamento e  consegui vencer a síndrome, mas a depressão me acompanhou por longos anos. 

Junto com tudo isso, tinha crises de ansiedade com fortes sintomas físicos, como falta de ar, sudorese, tremores e náusea.  

Durante muito anos lutei sozinha com isso porque não achava que precisava de ajuda profissional para isso. 

Por conhecermos a Deus e servi-lo, muitas vezes pensamos que não precisamos cuidar de nossa saúde emocional

Deus me curou de muitas dores durante minha vida, me amou e me ama sem medida.  Mas, existem algumas coisas que podemos e devemos procurar ajuda de pessoas que estudaram para isso para que possamos ter uma luz e uma direção. 

Em primeiro lugar, acredito que enfrentamos um preconceito muito grande em assumir nossas fraquezas e até mesmo nossas dores.

Muitas vezes nos cercamos de palavras como: “eu preciso ser forte”, existem pessoas que olham pra mim e esperam isso, que eu vença minhas guerras e seja forte o tempo todo. A palavra nos mostra tantas vezes que nunca foi exigido de nós essa força em lutar só, mas sempre nos foi mostrado através da palavra que Deus é a nossa força e também o nosso refúgio, diante dele podemos depositar nossas cargas e receber alívio

Homens comuns e vulneráveis 

Eu tenho pensando na minha luta contra a ansiedade e no exemplo da vida de Davi, Paulo, Pedro.  Tenho refletido o quanto esses homens se colocaram em um lugar vulnerável para que o poder de Deus fosse real a todos os que viessem a saber das histórias destes homens. 

Muitos acham que Davi falhou como pai, muitas vezes como líder.  Mas ao ler a história de Davi, acredito que uma de suas maiores características era que ele se colocava num lugar vulnerável diante de Deus para aprender com seus erros ou suas dores e mudar. 

Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Salmos 51:10 

Sabemos que Paulo carregava dores e lutava contra elas.  Até hoje não sabemos o que era o espinho na carne do qual Paulo nos contou. 

Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar.

Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim.

Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.

Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte. 2 Coríntios 12; 7-10 

Pedro, não foi diferente, eu imagino o quanto este homem lutou contra seus rompantes de temperamento, suas falhas de caráter, sua boca pronta a falar e tão tardia a calar-se. 

Estes homens, assim como você e eu, querem  transformação, cura, seja através de um milagre ou por meio de profissionais.

O que eu tenho feito na luta contra ansiedade: 

1- Em primeiro lugar admiti que tinha um problema na minha saúde emocional 

2- Busquei ajuda profissional para entender o que estava acontecendo comigo.  Procurei uma psicóloga cristã, tenho feito terapia há alguns meses,  e isso tem me ajudado muito no processo de cura. 

3-Quando as crises chegam eu busco refúgio na Palavra e coloco louvores para me lembrar daquilo que pode me dar esperança de dias melhores. 

4-Tenho feito caminhadas sempre que posso ou exercícios e isso é de grande ajuda na melhora da saúde emocional. 

Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo. Romanos 15:13 

Vamos orar? 

Senhor, pedimos hoje que nos ajude nas nossas situações, sejam elas quais forem. Pedimos teu alívio e tua cura para que sejamos emocionamente  saudavéis para podermos viver uma jornada plena em Ti. Que cada um de nós encontre forças em Tua Presença para uma vida em plenitude de alegria e paz. Amém 

Deus te abençoe 

Ser um discípulo cristão consciente, o que isso exatamente quer dizer? Todos nós que viemos a Cristo pela fé somos seus discípulos, pois não tem como ser um crente em Jesus e não ser seu discípulo. O que acontece é que às vezes nós podemos não ter a consciência do que implica ser um discípulo cristão autêntico. Ou até mesmo, com o passar do tempo, nós podemos estagnar, retroceder, não ser mais ativo, não amadurecer nosso chamado. Ou no extremo caso, podemos “simular” uma vida de discipulado cristão.

Afinal, somos discípulos ou fingimos ser, eis a questão. Uma coisa é “imitar” a fé, outra bem diferente é de fato vivê-la. Apesar de parecer estranho, sinto lhes dizer que infelizmente sim, é possível simular a vida cristã. Podemos simplesmente “assumir” um papel de discípulo cristão ou podemos permitir sermos transformados em uma pessoa diferente. Pois o papel de discípulo cristão verdadeiro exigirá de nós mudança de vida. Exigirá um processo de regeneração e santificação efetuado pelo Espírito Santo. Que nos fará viver uma natureza humana restaurada.

Por isso, Jesus será duro com quem simula uma vida de discípulo: “Como sepulcros caiados, bonitos por fora, mas por dentro cheios de toda imundícia” Mateus 23:28. Então, é possível ser um discípulo hipócrita ao simular a vida cristã. E ao simular, deixamos de alcançar a identidade cristã verdadeira. Como um impostor, pois não enganamos apenas aos outros, mas também porque prejudicamos a nós mesmos, sendo o próprio hipócrita.

O Chamado Do Discípulo Cristão

Desse modo, em Cristo, por meio do Espírito Santo, somos chamados a ser seus discípulos. Não para fingirmos ser algo que não somos, pelo contrário, mas para sermos o que realmente somos: novas criaturas em Cristo. Realizar e desempenhar nossa verdadeira identidade. A identidade de pessoas criadas e recriadas em Cristo é a nossa santa vocação de discípulos cristãos, essa é a nossa formação espiritual. Para isso se faz necessário conhecer a história da qual fomos inseridos. A fim de desempenhar ou realizar com consciência nosso papel de discípulos cristãos. Pois só seremos formados espiritualmente por meio da Palavra e do Espírito.

Para isso, os discípulos cristãos precisam cultivar hábitos santos. A nossa jornada de discípulos cristãos exige muito. Não é um chamado para qualquer pessoa e uma pessoa que tenta simular não aguenta por muito tempo. Renúncias fazem parte do nosso chamado de discípulos cristãos. Os discípulos cristãos foram chamados a uma vida de santidade e esse chamado requer hábitos diários sagrados. Nós devemos ficar em forma, isto é, manter-nos santos. A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou (João 4.34).

De fato, nós, como discípulos cristãos, devemos crescer em nossa nova identidade e desempenhar nosso papel em público com paixão e verdade. A Bíblia nos dá muitas instruções para que o nosso modo de viver seja de um discípulo cristão consciente, como por exemplo:

“enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18); “acrescentai virtude à vossa fé, e conhecimento à virtude “(II Pedro 1:15); “crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor” (II Pedro 3:18) e ainda “sereis santos, porque eu sou santo. Andai com temor” (I Pedro 1:16-17).

Esse é o papel que temos a desempenhar nesta jornada.

Sendo um Discípulo Consciente

Ao passo que o nosso chamado de discípulos cristãos é bem específico, nós nunca apontamos nosso discipulado para nós mesmos. Mas para Cristo, “a cabeça do corpo, que é a igreja” (Colossenses 1:18). Nós não caminhamos sós, mas vivemos em comunhão. A nossa jornada como discípulos cristãos é para ir além do que é comum, além do óbvio para o mundo. Somos sal e luz justamente como exposição da realidade que Cristo nos revela. É por meio de uma vida de renúncia a nós mesmos, amando a Deus acima de tudo e servindo aos outros que faremos a diferença em um mundo de trevas. Todo discípulo cristão deve acordar e tomar consciência do seu chamado para ser luz e trazer a realidade, ou seja, apontar para Cristo nesse mundo errante.

Como podemos então ser discípulos cristãos conscientes?

Trarei apenas alguns pontos iniciais para nossa reflexão:

  • Tenha uma vida privada de devoção. Isso refletirá quando você estiver em alguma reunião coletiva. Tendo uma vida de devoção privada, impedirá você de cultuar a Deus no coletivo de forma mecânica. Em seu livro sobre Oração, Timothy Keller fala de forma formidável em como a vida de oração privada e a oração pública crescem juntas. E claro, ao priorizarmos a vida interior, nós nos privamos de nos tornarmos hipócritas, ou seja, não seremos capazes de simular uma vida de discípulo;
  • Crescer em conhecimento de Deus. Desempenhar nosso papel de discípulo cristão envolve além da devoção privada, a comunhão na igreja e  a participação na adoração comunitária. Quando estamos em comunhão, celebramos a boa notícia de que Cristo nos encontrou. Quando nos reunimos com outros discípulos de Jesus, isso nos ajuda a ter consciência de nosso chamado em sermos corpo de Cristo;
  • Instrução na Bíblia por meio de pequenos grupos. Quando lemos os evangelhos, nós vemos Jesus muitas vezes ensinando para multidões, mas vemos também ele ensinando em casas, para grupos pequenos. Precisamos ter essa prática de juntos estudarmos sobre os ensinamentos Bíblicos. Além de ser saudável, nos faz crescer em convivência e relacionamentos;
  • Ter a prática de pedir ajuda a lideranças a respeito de pecados e dificuldades pessoais. A prática de confessar pecados, por exemplo, cultiva em nós virtudes que nos conduzem à verdade, como humildade, paciência e honestidade e nos livra de viver uma vida hipócrita. Confessar os pecados é confessar-se pecador.

Vivendo de maneira digna do chamado de ser discípulo

Por fim, ser um discípulo cristão consciente é ser alguém que entendeu seu papel de conhecer a Deus que é amor, participando de seu amor por outros. Ser discípulo de Cristo é ser testemunha de seus feitos. Assim como Cristo, os discípulos devem concentrar-se tanto em seu chamado, que venham a esquecer-se de si mesmos. Nós como discípulos de Jesus Cristo, não precisamos segui-lo exatamente da mesma forma. Tanto Pedro quanto João foram discípulos exemplares, mas cada um projetou a si mesmo no seu papel e assim o desempenhou de formas distintas. É o Espírito Santo que nos capacita a viver o mesmo papel de discípulos, de diferentes formas. De modo que cada um de nós acrescenta algo único e assim contribuímos para a riqueza do seu reino.

Que nós possamos viver de maneira digna desse chamado tão grandioso. Nós como discípulos cristãos conscientes, precisamos dessa clareza que tem a superioridade do que recebemos como discípulos de Cristo em relação a todas as outras coisas. Sem isso, não teremos essa consciência e não alcançaremos sucesso em nossa jornada de discípulos. Não seremos capazes de cumprir nosso chamado e nos aprofundar na vida do reino de Cristo. Um discípulo cristão consciente sabe que nada possui e por isso segue Aquele de quem tudo recebeu.

“Os discípulos foram e fizeram o que Jesus tinha ordenado”. Mateus 21:6

 

*Algumas partes foram utilizadas com base no livro: ” O Drama da Doutrina” de Kevin J. Vanhoozer.

 

Para Deus não existem protagonistas e coadjuvantes, ou melhor, Deus não faz diferença como o mundo faz a respeito das duas posições. 

Neste último mês, Deus tem me falado sobre essas duas palavras e também tem me falado sobre relevância. 

Primeiramente vamos aos conceitos: 

Protagonistas geralmente são os personagens principais de uma história. 

Coadjuvantes são aqueles  que dão um suporte, ajudam os protagonistas a desenvolverem a história.

Relevância é algo que possui importância. 

Observe a história 

Quando Deus começou a ministrar ao meu coração sobre isso, Ele me lembrou a história de Paulo e Ananias. Portanto, depois do encontro de Jesus e Paulo a caminho de Damasco, observe o que a palavra diz: 

Ora, havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que respondeu: Eis-me aqui, Senhor!
Então, o Senhor lhe ordenou: Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando
e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista.
Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém;
e para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.
Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel;
pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome. Atos 9: 10-16 

 

E assim prossegue a história

 

Então, Ananias foi e, entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo: Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo.
Imediatamente, lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e tornou a ver. A seguir, levantou-se e foi batizado.
E, depois de ter-se alimentado, sentiu-se fortalecido. Então, permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos.

Atos 9: 17-19

 

O papel de Ananias

Aliás, aqui podemos observar um discípulo que aos olhos de muitos foi somente um nome na história do grande protagonista chamado Paulo. 

Inesperadamente não é isso que Deus apontou enquanto ministrava essa palavra para mim. 

Inegavelmente, Ananias teve uma relevância incrível na história de Paulo. 

Portanto, Deus o escolheu para tocar a vida de Paulo quando este ainda era Saulo. 

De fato, o mundo mede fama, mas Deus está interessado no quão relevante você pode se tornar. 

Com toda a certeza, sim eu entendo que existem aqueles que são a face de algumas histórias, mas eles são tão relevantes quanto os que foram o suporte. 

Em resumo, o mundo no qual vivemos inverteu nossos valores. 

Tantos outros exemplos posso citar aqui; 

Mordecai e Ester

Samuel e Davi 

Daniel e seus três amigos: Sadraque, Mesaque e Abede-nego 

Do mesmo modo teria tantos outros exemplos para colocar. 

Como resultado, o conceito de fama está ligado ao nosso desejo de tornarmos nosso nome conhecido e a verdade é que não é isso que Deus nos chamou a fazer. 

Saiba que igualmente, “Ananias” são tão importantes quanto “Paulos”. 

Existem milhares de adoradores, pregadores, evangelistas sem face por tantas nações e estes são famosos naquele lugar que realmente importa, os céus. 

Portanto, alguns nomes conhecidos nesta era, não o serão mais na era que está por vir. 

Logo, o que Deus considera relevante geralmente não é o que eu e você entendemos como relevante. 

Lembre-se, relevância não é medida por fama. 

 

Minha oração por você: 

Deus, eu clamo a Ti para que possamos entender aquilo que realmente importa para Ti. Então, sejamos protagonistas da história ou coadjuvantes que dão suporte a essa mesma história, que  venhamos entender o nosso grau de importância dentro do que o Senhor nos chamou para ser. O que move seu coração, quem são os homens e mulheres que o Senhor quer depositar porções da Sua Presença capazes de mudar a história.  Nos faz ansiar por Ti e pelos altares que nos levam para mais perto do seu coração. 

 

Você já se imaginou velhinho? Já se imaginou no fim da vida olhando para tudo o que passou e se perguntando o que valeu a pena? Se seus objetivos de vida estavam certos, se você não perdeu tempo, se aprendeu com as situações difíceis e se suas forças foram bem investidas? Não queremos fazê-lo refletir se algo dá certo ou errado para você. Esse não é o objetivo. Mas saber se tudo em nossa vida indica uma motivação. Se aquilo que o mantém fascinado hoje é suficientemente consistente e bom.

Nós queremos, no decorrer deste artigo, corrigir o nosso foco, apertar os parafusos, examinar o que precisa ser prioridade em nossos dias de vida. Senão, nada do que faremos valerá a pena, por melhor que seja, ou mais bonito que pareça. Isso precisa estar bem resolvido em nós, primeiro.

Por isso, hoje vamos refletir sobre “uma coisa” que nos é necessária em toda a nossa jornada.


Você já sentiu que você nasceu para algo a mais?

Se você não quer viver por uma motivação pequena, estamos juntos nessa. Já que estamos vivos, queremos a mais elevada! Não queremos desperdiçar a chance que nos foi dada: a de viver. E como cristão, talvez, você se pergunte como viver para Deus. Como me tornar fascinado por Jesus?

Bom, antes de tudo, precisamos deixar claro que viver para Deus é algo que vai além da nossa compreensão. É tão ampla e completa a ideia de viver para Ele que toda boa motivação de vida fica aos pés se comparada com a motivação de viver para Jesus.

Nesse sentido, a palavra do Senhor diz que Ele o ensinará no caminho que deve seguir, o aconselhará e cuidará de você (Salmos 32:8). Então, se a sua alma anseia viver algo significante, nada melhor do que confiar em Jesus. Ele é o caminho fascinante!

Você não é dono da razão

Em primeiro lugar, precisamos partir de alguns fundamentos importantes. Jesus é o centro do cristianismo. E no cristianismo, Ele é o centro de toda a criação. Entender isso nos ajuda a compreender a palavra de Deus e o propósito de Jesus. Ele veio na terra restaurar a humanidade e todos os cosmos; Se mostrar o sentido de todas as coisas.

Se Jesus é o dono de toda a existência, de toda a vida, e o verdadeiro Rei sobre a terra, assim como diz na sua palavra, então, a vontade dele é soberana, inclusive sobre a nossa.

Mas obedecer suas palavras está muito longe de se ver uma marionete de Jesus. E que mesmo isso não faz dele um Deus ruim. Porque o que Ele fez para você, para nós, é prova de amor. E mesmo se fossemos marionetes, valeria mais a pena viver para Ele do que para qualquer outro. Porque esse mesmo Deus também é Pai, e por isso nele somos supridos.

Se você entende que na cruz Ele se fez homem e servo, e deixou claro que é, também, Deus, não nos resta outra coisa, senão considerar seriamente suas palavras. Porque, se você não reparou, elas afetam decisivamente a sua vida hoje. Isso nos ajuda a notar que, realmente, não temos outra saída. Fomos feitos para Ele. Se Ele é tão infinitamente soberano e se importa conosco a tal ponto, então, o que achamos ser melhor para nós ou para o mundo pode não ser.

Numa jornada fascinado por Jesus

O exemplo de Davi é incrível, ele era fascinado. Ele era um rapaz diferente, por mais que tenha cometido muitos erros. O desejo dele expresso em Salmos 27:4 era desfrutar de uma vida de intimidade com Deus. De amor e conhecimento de Deus. Isso valia mais do que sua ascensão como rei de Israel.

Desse modo, viver para a própria promoção não é o bastante. Do mesmo modo, não é bastante qualquer propósito desassociado de Cristo. São todos pequenos, terrenos, duram até esta vida. Mas, nada satisfaz o homem mais do que um propósito eterno; do que entender que a fé em Jesus é o tesouro mais valioso (I Pe 1:7).

A vida vazia se enchendo do tesouro eterno

Somos como tesouros em vasos de barro (II Co 4), carregamos um tesouro valioso. Carregamos a esperança da restauração de todas as coisas. Carregamos a única mensagem que sustenta a humanidade em suas crises reais.

Viver para Cristo é um privilégio, que vai além de buscar uma vida moralmente correta, ao se esforçar em fazer a vontade dele. Vai além de viver uma vida terrena cujos objetivos são a autopromoção ou são desassociados de toda motivação centrada em Cristo.

Em síntese, esta vida vai além de nós. Na verdade, seja jovem ou velhinho, a Ele devemos toda gratidão e honra em tudo o que fazemos e somos, pelo tempo que existirmos. Diante disso, assim como Davi, pedimos apenas uma coisa: queremos um olhar fascinado por Jesus.

Deus é soberano sobre todas as coisas? Ele está no controle?  Tudo está mudando, certo? Vivemos tempos muito diferentes. Mas, às vezes, acho que precisamos continuar trazendo à nossa memória os feitos de Deus na história para não duvidarmos de que Ele é sim o Senhor da história e Ele não está à parte do que está acontecendo. Acho necessário iniciarmos esse assunto, nos lembrando então, dos feitos de Deus na história. Deus governa sobre o universo, Ele o criou e é o sustentador de tudo, inclusive de nossa existência. Dizer isso não é pouca coisa, percebe?

A soberania de Deus no Universo e na história humana

A soberania de Deus fala de como Ele age no universo para que tudo e todos cumpram o seu plano divino. Tanto a natureza obedece o seu poder (I Reis 17-18) quanto envolve a história da humanidade e o destino de todas as nações. Nos Salmos podemos ler frequentemente louvor e exaltação por seu poder na natureza: “Pois sei que o Senhor é grande e que o nosso Senhor está acima de todos os deuses. O Senhor faz tudo o que deseja, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos. Faz subir as nuvens das extremidades da terra; faz relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus reservatórios” Salmos 135:5-7. Em Salmos 104 podemos ver um exemplo de Deus guiando e dirigindo a criação animal. Vemos ali descrições deles fazendo a vontade de Deus e dependendo dele para sua provisão.

Por conseguinte, seu governo é também na história humana e no destino das nações. Um exemplo está em Daniel 2:21: “Ele muda os tempos e as estações; remove e estabelece reis”. Vemos Deus conduzindo a história de Israel, usando a Assíria para atingir seus propósitos nessa nação e então também levando a Assíria à destruição: “Fiz isso com a força da minha mão e com a minha sabedoria..” (Isaías 10:13). E podemos nos lembrar do discurso de Paulo aos gregos, onde ele descreve sobre Deus (Atos 17:26). Mas também seu governo soberano é visto em situações individuais. Podemos citar Davi como um exemplo de alguém que encontrou conforto em um Deus soberano sobre sua vida (Salmos 31:14-15). Podemos ver a ação divina até mesmo nas ações acidentais da vida, como lemos em Provérbios 16:33: “A sorte se lança no colo, mas o Senhor procede toda decisão”.

Oração e Soberania Divina

Oração e soberania divina se contradizem? Muitos podem dizer, e me perdoem a sinceridade, mas de forma muito errônea, que se Deus em sua soberania irá conduzir tudo, já determinou tudo, então não precisamos pedir em forma de oração. Isso vai contra o que a Bíblia nos ordena, sobre orar sem cessar, continuar pedindo e  buscando (Lucas 11:9-10). Em Tiago capítulo 5, somos encorajados a orar, por meio do que Tiago conclui  nessa passagem: a oração pode produzir resultados maravilhosos. Ele cita o exemplo de Elias, ”um homem como nós” (Tiago 5:17), que através da oração afastou a chuva de Israel e depois pediu que ela retornasse. É claro que Deus estava no controle de tudo, seu plano é sábio e infalível, assim Tiago conclui que as orações são eficazes. Por isso eu gosto da citação de Timothy Keller:

 “não haveria qualquer possibilidade de que nossas orações disputassem com Deus o controle sobre qualquer parte do Universo e o tirasse de suas mãos. No entanto, faz parte da bondade e do desígnio de Deus permitir que o mundo seja suscetível as nossas orações”.

Fato é que nossas orações não irão frustrar os bons planos de Deus, mas nossas orações importam – “não temos porque não pedimos” -. Nem sempre seremos respondidos, mas Deus nos dará o que é melhor e o que está nos seus propósitos, como diz em Salmos 84:11: “não negará bem algum aos que andam com retidão”. Deus é soberano sobre todas as coisas e nossas orações são ouvidas por Ele.

A soberania de Deus nos leva à rendição

Devemos reconhecer a Deus, exaltar a Ele, nos submeter a Ele. O fim das nossas crises e ansiedades devem nos levar a nos dobrarmos diante dele. Nós somos sim seres limitados e Ele é infinito, nós somos suas criaturas e Ele nosso Criador. Se tudo foi criado a partir dele, porque ainda passa em nosso pensamento que Ele perdeu o controle? Deus é soberano sobre todas as coisas e isso nos leva a crescer em fé e confiança nele. Estar nele é existir de fato e não tentar apenas sobreviver. A graça de Deus em nos enviar seu Filho é motivo para nos levar à rendição total de nossas vidas. Graças a isso, nós não precisamos salvar a nós mesmos.

Por fim, quando crises vierem até nós, quando o mal de alguma forma chegar até nós, que os nossos olhos estejam fixados no Senhor, que possamos descansar em sua bondade, na sua sombra, como o Salmista diz: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo Poderoso, descansará” Salmos 91:1. Sim, o reconhecimento da soberania de Deus nos leva à rendição total ao Seu Senhorio, a sua sombra é lugar de descanso. Descansaremos no caráter de Deus sabendo que Ele está escrevendo e finalizando essa história. Que o Senhor nos guarde da prepotência de tentarmos ser autores de nossas histórias, pois o final que o Senhor tem para nós, com o seu senso de telos (propósito) é o melhor para nós. Nos rendemos a ti Deus, seja Senhor de nossas vidas.

Livro citado: Oração, experimentando intimidade com Deus. Timothy Keller

Estamos vivendo dias atípicos para nossa geração, isso é fato. Mas, que tal usar dessa experiência para mudar hábitos e rotinas em nossas vidas? Esse momento de distanciamento social que estamos vivendo pode ser de reflexão sobre como usávamos nosso tempo antes. Você conseguiu perceber como está sua vida espiritual? Como está sua vida de devoção a Deus?

Quando buscamos o significado da palavra devoção, vemos que fala sobre um zelo, uma liturgia em práticas espirituais. Logo, se trata de atos que fazemos diariamente. Como todas as áreas de nossas vidas, para um progresso, um crescimento, é necessário tempo, é necessário também passarmos por estágios, e sim, é necessário passarmos por instabilidades. Mas, nós avançamos, pois somos seres de hábitos e são esses hábitos praticados diariamente que nos formam, mesmo que nem estejamos cientes disso.

Semelhantemente acontece com as práticas, ou disciplinas para nossa vida espiritual. Pois essas práticas, essa devoção, nos moldam para sermos mais semelhantes a Jesus. Através das disciplinas espirituais, nos tornamos capazes de abençoar aqueles que nos amaldiçoam, conseguimos orar sem cessar, ficamos em paz quando fazemos alguma boa ação que não é reconhecida e também podemos vencer os males que surgem em nossos caminhos. Isso porque essas disciplinas nos preparam interiormente para uma crescente interação no nosso relacionamento com Deus.

A importância da Devoção

Nesse sentido, qual a importância então, em ter uma vida de devoção? Bom, a começar, somos discípulos de Jesus e como discípulos, seguimos os exemplos dEle. E como Jesus demonstrou em vida, Ele tinha um relacionamento com Deus. Logo, como discípulos, somos levados a uma vida de devoção. A oração é uma das principais práticas para nos relacionarmos com Deus e que nos ajuda a servir nosso próximo, nossa comunidade local… Saiba, uma vida de devoção vai gerar discípulos que produzem para o reino de Deus a partir das suas igrejas locais.

Dessa forma, a nossa devoção vai produzir não apenas uma ordem em nossas vidas, mas vai gerar em nós um coração de discípulos que servem. É importante para nós, quando estivermos em oração, nos concentrarmos apenas nesse momento. Por isso, com um simples ato de desligar os aparelhos eletrônicos, por exemplo, onde nada nos tire a beleza de ter um tempo em conversa com Deus, já faz uma grande diferença. Nós já sabemos que a oração não muda a Deus, mas ela nos muda, então precisamos desse momento, certo?

Por conseguinte, e a comunhão da mesa? Vemos muitos exemplos na Bíblia em que se valorizava se sentar ao redor da mesa e ter comunhão. São gestos simples, que não requerem muito de nós, mas que nos moldam, nos instruem. Sabemos que abandonar velhos hábitos são difíceis, mas a decisão de deixar certas coisas habitarem ou não em nosso pensamento é a liberdade que nos é assegurada em Cristo Jesus. 

Dicas práticas para viver em Devoção

Vamos pensar em simples hábitos que nos ajudarão a colocar as práticas espirituais em nosso dia a dia:

  1. Ore ao levantar e ao se deitar; talvez aqui neste ponto você vai ter que acordar uns minutos mais cedo.  Ao acordar e colocar seu dia diante de Deus, peça ajuda para que você consiga fazer suas atividades com mais eficiência. E ao orar antes de dormir, agradeça a Deus e entregue tudo o que aconteceu no dia diante dEle. Isso tirará de você a ansiedade sobre seu dia e o desapontamento sobre o que não conseguiu fazer;
  2. Desligue sua televisão e seu celular a noite ou pelo menos a internet dele. Esse ponto está conectado com o ponto acima. Estipule um horário fixo antes de dormir para desligar a internet do seu celular ou mesmo desligar seu celular. Isso te ajudará a não ver coisas desnecessárias e ajudará a se conectar em oração com Deus. Dará tempo para você conversar com sua família, filhos, cônjuges ou mesmo para que você tenha um tempo sem estímulos visuais antes de dormir;
  3. Almoce sempre com alguém – talvez agora enquanto estamos em casa, se você está com sua família, valorize esse momento. Desligue a televisão e não traga seu celular para a mesa. Caso você esteja sozinho agora, pense sobre isso para quando voltarmos as nossas rotinas,  fora de nossas casas. Esse momento pode ser oportunidades de conhecer nossos colegas de trabalho, nos conectarmos com pessoas e até ter a oportunidade de falar sobre nossa fé e ajudar quem está perto de nós. Ou até mesmo em família, fortalecer os laços familiares.

 Com certeza podíamos dar mais exemplos, mas note como apenas esses três simples pontos já são algo que talvez, não conseguimos ainda realizá-los. 

Uma Vida de Devoção para a Glória de Deus

Observe: somos naturalmente muito impacientes, gostaríamos de pular diversas vezes as etapas da nossa jornada. Mas o que eu posso te dizer é: confie no lento trabalho de nosso Deus. Confie que Ele está realizando a boa obra em você e se permita viver isso. No tumulto de nossas vidas, talvez nós não vamos conseguir falar a verdade sempre. Mas com a ajuda das disciplinas, porém, podemos nos obrigar a procurar aqueles a quem mentimos e confessarmos o que fizemos, por exemplo. Isso nos ajudará a falar a verdade em outras ocasiões. 

Precisamos encontrar uma forma de nos submetermos a Deus, quer seja nas atitudes transformadoras da solitude, do silêncio, do jejum, do estudo ou do sacrifício. Seja qual for a disciplina que nos for requerida para nos libertar, devemos executá-las.

 Lembre-se sempre, temos a nova vida de Cristo para vivê-la e precisamos ser dignos dela. Para isso, vamos deixar o Espírito Santo realizar a sua obra em nós, o processo de redenção. Romanos 6.17,18: “Graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do pecado, passaram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida. Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça.”

Por fim, quero te encorajar a se dedicar a uma vida de devoção, a uma vida de oração e a ser um membro ativo em sua igreja local, pois você só tem a ganhar. A prática da devoção é um alimento para nossas vidas; quando oramos, quando lemos a palavra, quando participamos da nossa igreja local, estamos recebendo esse alimento espiritual que nutre nossa fé e comunhão com Deus. 

Que o Senhor nos ajude a viver uma vida para Sua glória e nos ensine a orar para a glória do Seu Nome.

“A busca e a própria experiência da comunhão com Deus, inclui a expressão dessa convivência a partir de práticas que agradam ao Criador.” Russel Shedd.

 

Amém!

 

“Multidões, multidões no vale da decisão! Pois o dia do Senhor está próximo, no vale da decisão.” Joel 3:14.

Em seguida, ele continua declarando. Leia atentamente:

“O sol e a lua escurecerão, e as estrelas já não brilharão. O Senhor rugirá de Sião e de Jerusalém levantará a sua voz; a terra e o céu tremerão. Mas o Senhor será um refúgio para o seu povo, uma fortaleza para Israel.Então vocês saberão que eu sou o Senhor, o seu Deus, que habito em Sião, o meu santo monte. Jerusalém será santa; e estrangeiros jamais a conquistarão.

Naquele dia os montes gotejarão vinho novo; das colinas manará leite; todos os ribeiros de Judá terão água corrente. Uma fonte fluirá do templo do Senhor e regará o vale das Acácias. Mas o Egito ficará desolado, Edom será um deserto arrasado, por causa da violência feita ao povo de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente. Judá será habitada para sempre e Jerusalém por todas as gerações. Sua culpa de sangue, ainda não perdoada, eu a perdoarei. O Senhor habita em Sião!” Joel 3:15-21 

O que esses versículos revelam?

Quero repartir com você essa palavra que tem estado no meu coração nestes últimos tempos. O começo desta passagem bíblica tem queimado no meu coração. O autor estava falando ali sobre uma revelação e acredito que vemos os sinais nos dias de hoje do que ele quis nos dizer. 

Estou convencida de que chegou o tempo de nos posicionarmos em Deus, aproveitarmos que um novo ano se inicia e realmente nos colocarmos diante do Senhor de todo o coração. 

Falo isso para minha própria vida em primeiro lugar. Essa palavra tem me moído cada dia destes últimos tempos. 

Quero que você imagine esse dia do qual Joel estava falando e pense em multidões. 

Jesus sempre atraiu multidões, desde o começo da história. E no futuro breve não será diferente. Acredito que essa passagem acima fala do seu retorno, onde novamente Ele juntará multidões a sua volta. 

Estamos hoje diante de um tempo de vale de decisões. Isso significa que chegou o período de nos posicionarmos, talvez mais hoje como em nenhum outro tempo na história. 

Quem sabe você nem imagine o que estou querendo falar com esse texto, mas eu tenho cada dia mais observado os sinais, sejam através dos tempos ou dos acontecimentos a minha volta. 

A terra e as criaturas têm clamado pelo Seu Criador, e Ele nunca deixou de escutar aqueles que clamam. 

Guerras e rumores de guerra, pecados e trevas cada dia mais tem tomado pessoas e lugares, enquanto fechamos nossos olhos e continuamos com nossa vida como se nada estivesse acontecendo. 

Como nos posicionar

Precisamos nos posicionar como filhos de Deus, nos santificando. Precisamos orar mais e deixar que uma vida de consagração toque as circunstâncias à nossa volta. 

“A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados.” Romanos 8:19

Sua vida e a minha precisam apontar para Aquele que nos criou. Até mesmo sem usar palavras, as pessoas precisam saber que você serve  ao Deus Todo-Poderoso.

Quero repartir alguns pequenos testemunhos para explicar melhor sobre o que estou falando:

Sempre achei que havia sido chamada para fortalecer os que já estavam no caminho, e fiz isso durante anos com todo o meu coração. 

Hoje, estou morando na Europa e diante da realidade de falar de Jesus para pessoas que nunca escutaram sobre Ele e professam outra fé e religião. De uma forma incrível Deus tem me feito luz no meio de povos que não O conhecem. Ouvir de pessoas que professam fé muçulmana, por exemplo, que querem que você as leve a igreja porque veem a luz em sua vida e querem ouvir do seu Deus e do que você acredita, isso é revelar Jesus a esse mundo que aparentemente, está sem rumo. 

Enquanto pensamos duas vezes antes de irmos às nossas igrejas aos domingos, alguns nunca experimentaram o prazer de ter comunhão com o Criador.  Jesus reuniu multidões e deu de comer a elas um alimento que mudou suas vidas. 

Seja aquele que revela Jesus a todos a sua volta. Faça isso através de uma vida de retidão, e assim a luz de Jesus brilhará através de você!

E lembre-se, Jesus é o mais interessado dessa missão.

Deus te abençoe.

 

A forma como Deus age tem sido algo que me chama atenção. Às vezes, parece que “de repente” Ele faz algo. Outras, parecem que são realizadas depois de longos “processos”. A verdade é que o Deus que se move “de repente” é o mesmo que se move através de longos  “processos”. 

Se você observar as histórias da Bíblia e as histórias de pessoas que o cercam verá que existem mudanças repentinas e outras que levam muito tempo para acontecerem. 

Talvez você olhe para a situação de Daniel e de seus amigos quando foram levados para a Babilônia como algo ruim….Peço que ouse olhar como algo que foi um “de repente” de Deus. 

Veja:

“No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou.

E o Senhor entregou Jeoaquim, rei de Judá, nas suas mãos, e também alguns dos utensílios do templo de Deus. Ele levou os utensílios para o templo do seu deus na terra de Sinear e os colocou na casa do tesouro do seu deus.

Então o rei ordenou que Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua corte, trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobreza;

jovens sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento e fossem capacitados para servir no palácio do rei. Ele devia ensinar-lhes a língua e a literatura dos babilônios.

O rei designou-lhes uma porção diária de comida e de vinho da própria mesa do rei. Eles receberiam um treinamento durante três anos, e depois disso passariam a servir o rei.” Daniel 1:1-5 

Sem processos em sua vida não haveria base para os “de repente” de Deus. 

Então, o que vemos aqui é que Deus geralmente produz um processo, logo após um “de repente”. 

Observe também a história de Davi, o pastor de ovelhas que tinha um relacionamento com Deus e que era ensinado por Ele. Isso é um processo. 

Então, o profeta Samuel foi enviado para ungir Davi como rei, naquilo que chamo de mais um “de repente”. Muitos pensariam que imediatamente Davi iria ao trono, mas não, Deus tinha um longo processo. 

Ademais, Deus sabe todos os “de repentes” que estão diante do seu caminho e Ele também sabe sobre cada um dos processos que você precisa passar. 

Aliás, não menospreze nenhum deles. O mesmo Deus que se move em “de repentes”, também ama os processos. 

“De repente” trata de mudanças naturais e espirituais; processos estão relacionados a crescimento e maturidade.

Pense em uma mulher tentando engravidar depois de tantas tentativas frustradas, que nada mais são que os processos. Aí de repente ela consegue gerar um filho. 

Inegavelmente, ninguém contesta a alegria dos “de repentes” de Deus, mas também ninguém deve esquecer os processos. 

Abraão, Ester, José, Davi, Débora, Daniel, Paulo, Pedro são provas do que Deus pode fazer com um “de repente” e com uma série de processos. 

Certamente, eu não sei qual é o seu processo, ou talvez seja um “de repente” pelo qual você está passando. Mas quero que você leia algo que eu tenho no meu coração e que foi colocado pelo Senhor: seja grato pelo longo processo do inverno ou pelo de repente do florescer de uma primavera. 

“O Senhor será também um alto refúgio para o oprimido; um alto refúgio em tempos de angústia.Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam.” Salmos 9:9,10 

Enfim, que você confie Nele, seja nos “de repentes”, ou nos processos. Mesmo sem entender, prossiga e persevere. Deus não esqueceu de você no meio de suas situações. 

Se una a mim em oração: 

Pai, eu oro por todos os que estão lendo este texto e mesmo que o processo seja longo não os deixe desistir, mas antes os fortaleça e os faça entender que você venceu tudo por nós na Cruz. Que os processos sejam a base para os de repentes e que em Ti sejamos sempre mais que vencedores e gratos por tudo. 

Deus te abençoe.  

 

De que forma podemos ser Igreja de Cristo fora das quatro paredes? A igreja possui uma função fundamental na sociedade, pois ela revela a glória e a sabedoria de Deus. Isto é possível porque Jesus separou discípulos que ouvem as suas palavras e fundamentam suas vidas por elas. O ato de considerar a vida em Jesus mais valiosa que qualquer ambição é o tesouro dessas pessoas.

Por isso, revelar a glória de Deus é a atuação mais preciosa da igreja, pois nela está a resposta que o mundo precisa. Ainda mais diante da evidência de que presenciamos tempos difíceis, mesmo sendo uma época em que a democracia, os direitos e deveres têm mais espaço nas legislações do que nunca antes, o papel da Igreja extravasa o ambiente dos cultos.

E isto não significa a necessidade de mais eventos e reuniões, nem debates públicos sobre religião. Mas tem a ver com a influência que cada cristão exerce em seu lugar de trabalho e ambiente social.

Qual a nossa vocação como Igreja?

Somos chamados para duas funções importantes, como indivíduos e como Igreja. Como cristãos, somos chamados a sermos coerentes enquanto amamos a Deus e às pessoas, e como Igreja, a compartilharmos da mesma fé e adorarmos a Deus. Nos reunimos pelo mesmo propósito e ajudamos uns aos outros para que sejamos igualmente edificados.

Podemos frequentar a universidade, apreciar artes, e habitar em um mundo cheio de regras onde as pessoas tentam ser boas e corretas. Mas o que há de diferente em quem somos? Todo mundo não está tentando agir com bondade, pelo simples e convincente fato da necessidade do bem-comum e da vida em sociedade?

As pessoas buscam ser boas e fazer as coisas corretamente, por isso entendemos que a moralidade não existe só nas leis, mas também intrinsecamente em cada indivíduo. Entretanto, as leis por si só não detém o impulso de desobediência das pessoas. Em Cristo, porém, já fomos perdoados, e só Nele podemos viver não mais buscando sermos bons e aprovados, porque Nele já fomos aceitos. Nele podemos viver o verdadeiro amor e exercer misericórdia por simplesmente apreciarmos fazer isso. 

Cristãos com uma missão

Como indivíduos atuamos na sociedade, vivemos, cozinhamos, respeitamos as regras e temos opiniões. A nossa vocação como cristãos é expressar a glória de Deus enquanto existimos e somos úteis em uma área específica. Anunciar o amor e a misericórdia de Cristo deve ser o nosso intuito, por serem frutos que correspondem à salvação em Cristo.

Deste modo, não buscamos a aprovação das pessoas, mas os títulos que obtemos são dados pela graça de Deus. Com eles exercemos funções que cooperam com a edificação da Igreja e com a vontade de Deus para a sociedade e o local em que estamos inseridos.

Portanto, como discípulos de Cristo, nossa presença na sociedade deve ressaltar o valor da graça e da misericórdia de Cristo como uma luz que não pode ser escondida, por ser diferente de tudo o que a rodeia. Esta luz será revelada por meio da excelência, da honestidade, do serviço às pessoas, do fazer amizades e de demonstrar o amor de Cristo. E tudo isso, não seria possível desacompanhado da vida particular de devoção.

Igreja que revela a bondade de Deus 

Como Igreja precisamos identificar a bondade de Deus no mundo, o que faz com que a humanidade, as cidades e a vida como um todo sejam preservadas. Juntos, manifestamos a vida de Deus enquanto ajudamos com sabedoria os necessitados, visitamos os enfermos, discipulamos enquanto acompanhamos a vida de famílias, dentre outros.

Como Igreja, não apenas respondemos a causas emergenciais, nos sentindo com o dever cumprido, mas precisamos conhecer aquele a quem estamos alcançando, entrar no mundo dele e nos relacionar através de uma amizade que edifica. O intuito é discipular e levar essa pessoa ao amadurecimento da fé. Muitas vezes, apenas sanar as suas necessidades momentâneas não será o suficiente. Alguns casos são problemas crônicos, que exigirão maneiras diferentes de apresentar o evangelho, e demandarão um discipulado e acompanhamento efetivo.

A parábola do bom samaritano de Lucas 10:25-37 é um exemplo bem interessante de um amor extravagante: 

Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? ” “O que está escrito na Lei? “, respondeu Jesus. “Como você a lê? ” Ele respondeu: ” ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’”. Disse Jesus: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá”. Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo? ” Em resposta, disse Jesus: “Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes.

Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e disse-lhe: ‘Cuide dele. Quando voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver’. “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? ” “Aquele que teve misericórdia dele”, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: “Vá e faça o mesmo”. Lucas 10:25-37

A parábola nos conta uma história de alguém que amou além do mínimo, e que isso é o esperado de alguém que ama Jesus. Isso pode ocorrer de diferentes maneiras, mas a mensagem principal é a de amar sem reservas. 

A criação aguarda a revelação dos filhos de Deus

E assim, entendemos que este processo de nos tornar parecidos com Jesus, e portanto, de juntos sermos Igreja, revela a glória e a sabedoria de Deus no momento presente, onde vivemos. Até o momento de Sua volta, anunciaremos a eternidade que virá, o grande dia em que os filhos de Deus serão de fato filhos, e não mais dominados pelos desejos deste mundo.

Ser Igreja nos exigirá a semelhança a Cristo, e esta nos demandará crescer em conhecimento de Deus através da Palavra e revelar este conhecimento em nossas vidas. A nossa certeza é que esta semelhança será efetivada na ressurreição dos mortos, no retorno de Jesus, ainda que isso hoje acarrete em sofrimento. Enquanto isso, a criação aguarda com expectativa a revelação dos filhos de Deus.

A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Romanos 8:19

E nós continuaremos revelando Sua sabedoria e glória através de uma expressão individual coerente e expressão de amor coletivo.