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Vivendo uma vida de real adoração

relacionamento com Deus

Adoração não é apenas sobre as canções que cantamos, mas principalmente sobre a forma como vivemos. Você já deve ter ouvido falar que adoração é um estilo de vida e isso é realmente verdade.

Em Gênesis 22.1-10 lemos a história de Abraão e de como Deus o ordenou a ir a região de Moriá e que ali sacrificasse seu único filho Isaque como holocausto ao Senhor.  Foi nesse contexto que a palavra adorar apareceu pela primeira vez nas Escrituras.

“Disse ele a seus servos: Fiquem aqui com o jumento enquanto eu e o rapaz vamos até lá. Depois de adorarmos, voltaremos.” Gênesis 22.5

Kay Arthur e Bob e Diane Vereen no livro “Vivendo uma vida de real adoração”, destacam que: “A palavra hebraica para adoração é shachah. Significa prostrar-se ou abaixar-se. É um termo comumente usado, no Velho Testamento, para indicar quando alguém se aproxima de Deus, para venerá-Lo, para honrá-Lo. A palavra, em português, origina-se do termo latim “adoratio” e significa a ação de adorar. Adorar a Deus é respeitá-Lo e honrá-Lo por quem Ele é.”

Você sabe o que a Bíblia diz sobre este tema? Já parou para meditar sobre isso? Neste devocional vamos estudar sobre alguns aspectos da adoração e como podemos responder biblicamente a  essa questão.

Adoração verdadeira requer amor de todo o coração

“Nós amamos porque ele nos amou primeiro. 1 João 4:19

Quando pensamos em adoração, podemos imaginar milhares de pessoas com as mãos levantadas entoando hinos de louvor, choro, lágrimas e muito quebrantamento. Esses momentos de ajuntamento solene são especiais, mas é apenas parte do que podemos viver como adoradores. Antes de mais nada, adoração verdadeira requer amor de todo o coração. Não é isto que o primeiro mandamento exige? Amar a Deus sem limites?

“Escute, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força.” Deuteronômio 6:4,5

O teólogo Russell Shedd afirma que: “Sem o incentivo do amor por Deus, o culto não passa de palha, pura “casca”, isento de qualquer valor.” Forte isto, não é mesmo? Deus sonda e conhece o nosso coração e mais do que expressões externas, nossa adoração precisa ser baseada em amor verdadeiro e profundo onde o nosso coração se abre diante do Senhor.

 “Portanto, circuncidem o coração de vocês e deixem de ser teimosos.” Deuteronômio 10:16

“Rasguem o coração, e não as suas roupas. Convertam-se ao Senhor, seu Deus, porque ele é bondoso e compassivo, tardio em irar-se e grande em misericórdia…” Joel 2:13

Quando Cristo se revela a nós, somos invadidos por gratidão por causa da salvação que encontramos nele. Esse amor crescente progride ao ponto de nos concentrarmos cada dia mais em sua beleza. Começamos pouco a pouco a compreender a profundidade dos salmos e muitas das orações feitas pelo Rei Davi se tornam as nossas.

“Ó Deus, tu és o meu Deus; eu te busco ansiosamente. A minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta e sem água. Salmos 63:1

Adoração verdadeira requer obediência radical

O fim principal do homem é adorar a Deus e gozá-Lo para sempre. É imprescindível compreender que isso implica em obedecê-lo. Uma das coisas que mais me confrontam no evangelho é como posso afirmar amar ao Senhor se eu não estiver disposta a obedecer a sua Palavra? A honrá-lo com a minha vida e as minhas decisões?

Não significa que não iremos cometer pecados, mas isso será apenas um acidente de percurso, não uma prática corriqueira em nossas vidas. “Jesus respondeu: — Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e o meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.” João 14:23

Muitos irmãos nos inspiram pela obediência radical de suas vidas. Estão dispostos a enfrentar as maiores renúncias para viver para a glória de Deus. É o caso do general William Booth, por exemplo. O fundador do Exército da Salvação contou o segredo do seu “sucesso”, leia o que ele escreveu:

“Deus tem se apoderado de tudo que há em mim. Podem ter havido homens com maiores oportunidades, mas desde o dia em que os pobres de Londres dominaram meu coração e ganhei uma visão daquilo que Jesus Cristo podia fazer, determinei que Deus teria tudo o que houvesse em William Booth. Se há algum poder no Exército da Salvação, hoje, é porque Deus tem recebido toda adoração do meu coração, todo o poder da minha vontade e toda influência da minha vida.”

Isto é o que chamamos de adoração como estilo de vida. Não importa o tamanho dos desafios ou os medos que carregamos estamos totalmente disponíveis para dizer a Jesus: “Sim Senhor! Pode falar, estou ouvindo!”

Real adoração requer amor integral

Não basta amarmos a Deus de todo o coração, nossa mente e nossa força também devem estar voltados para o mesmo objetivo. *“Dianoia em grego significa a capacidade de pensar e refletir religiosamente”. Já “ (ischuos – força) implica em o corpo físico desenvolver sua capacidade, talento e força de ação.”

“Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e com toda a sua força.” Marcos 12:30

Adoração deve ocupar a mente e os nossos valores devem concordar com os valores de Deus. Além disso, adoração não é um ato separado do corpo, representa gastar a vida e a energia em expressões de lealdade ao Senhor com tudo o que temos e somos.

Todos os nossos “amores”, sejam eles: familiares, amigos, coisas e desejos próprios, têm que estar subordinados ao nosso afeto por Deus.

“Assim, pois, qualquer um de vocês que não renuncia a tudo o que tem não pode ser meu discípulo.” Lucas 14:33

Conclusão – Deus conhece o nosso coração

Cultuar com expressões externas, mas sem amor, pode até impressionar a homens, porém  não engana a Deus. Como descrito no Salmo 139, não há um lugar para onde fugir da presença de Deus e antes mesmo que a palavra nos chegue à boca, o Senhor já sabe o que vamos falar. 

Adoração não tem que ser fruto de partes de nós, mas de todo o nosso ser (coração, mente e força). Ela  não tem que acontecer apenas no culto de domingo ou nos ajuntamentos solenes, mas em nosso dia a dia, na casa, na rua e em tudo o que fizermos. 

 

fontes

Vivendo uma vida de real adoração – Kay Arthur e Bob e Diane Vereen

*Adoração Bíblica – Dr. Russell P. Shedd

Por isso, é importante se perguntar se conhecer a Deus é algo que você tem sentido de urgência? Será que a Bíblia não exagera um pouco nesse ponto? E por fim, será que isso não interfere na sua vida mais do que você imagina?

Esses são os tipos de perguntas que confrontam qualquer cristão. Não importa o cargo que você exerça em sua igreja local, refletir sobre a sua jornada com Deus é um caminho benéfico que o faz rever muitas de suas ações. 

Imagina que o conhecimento que Deus tem a seu respeito não muda o fato de ele te amar e buscar se relacionar com você. A diferença está que ser conhecido por Deus é também saber que ele fala como um amigo sobre aquilo no qual ele se sentiu ofendido,  e o perdoa como alguém muito famoso que abre o coração para deixar você participar de tudo como membro da casa, parafraseando J. Parker em Conhecimento de Deus.

 

O que você deseja quando está buscando conhecer a Deus?

 

Jeremias registra o sentimento de Deus em relação ao seu povo: “O meu povo é tolo, eles não me conhecem. São crianças insensatas que nada compreendem. São hábeis para praticar o mal, mas não sabem fazer o bem.” Jeremias 4:22

A questão aqui não é sobre saber fazer o bem, muito menos sobre fazer o bem sem precisar de Deus. Esse pensamento apenas revela as reais motivações do coração humano, de continuar vivendo autônomo, sem Deus. E também, retrata uma tentativa de justificação própria.

Por outro lado, a questão é que se você está buscando amar a Deus, pois em algum momento você precisará amá-lo mais que a si mesmo. Porque conhecer a Deus é entender que as coisas giram em torno de Deus e não de si próprio.

 

Tenha consciência de seus desejos

 

É fácil nascer esforços quando a sua imagem está em jogo. E muito acontece que as pessoas amam a sua própria imagem, mas vivem como insensatas. Amam sua posição, mas não são aptas a lidar com as consequências de sua ganância. 

É verdade, amar a si próprio é mais fácil. E com isso, amar a Deus de graça é impossível. Não há freios que o parem. O ser humano é como uma locomotiva desgovernada. E é verdade que ele é governado pelos seus desejos. Porém, Deus afirma que são desejos maus.

Amplie a sua compreensão da graça de Deus

 

Já as Escrituras apresentam Deus como aquele que merece toda a glória, e que se importou com a humanidade ao encontrá-la desse jeito. Ela estava devastada por sua própria avareza e falta de freios.

E deste mesmo modo, as Escrituras nos mostram que comparado a Deus, tudo é insignificante. Mas, ele, mesmo assim, continua a dar coisas boas para o seu prazer e gozo, porque ele sabe que você é capaz de honrá-lo com essas coisas.

 

Faça tudo para a glória de Deus

 

Então a vida não precisa ser pesarosa. Pois fazer muitas coisas não melhora a sua imagem diante de Deus. No entanto, conhecer a Deus e ser conhecido por ele, melhora tudo o que você sabe a respeito dele. Deste modo, conhecê-lo é motivo de glorificá-lo, e sim, glorificá-lo passa a ser sua missão de vida.

Saber quem Deus é interfere na sua identidade

 

Deus ama você por pura graça e misericórdia. Ele se inclinou a você para ouvi-lo e para considerar a sua existência. Mesmo que ninguém o conheça, ele o conhece profundamente, e também está ciente de seus desejos maus. Mas a verdade é que ele deseja transformar os seus maus desejos em pensamentos que percebam a graça dele presente em toda parte de sua vida. Se arrepender e buscá-lo de todo coração é a melhor oferta.

Não deixe a vida passar sem perceber o quanto Deus o ama. Não só isso, mas também, o quanto ele é fiel, bom, justo, misericordioso e o quanto nos falta entendê-lo melhor para o amar mais e da melhor forma possível. Pois, disso depende a sua vida, conhecer a Deus e ser conhecido por Ele.

Eu olho para trás e fico impressionado com a minha ousadia e coragem quando criança. Eu, menino de seis-sete anos, confiante… Andando pela minha casa sem nenhuma preocupação e usufruindo de graça de coisas que meus pais conquistaram. Quando chegava meu aniversário os meus pedidos eram: aquele tal carro de controle remoto, ou aquela festa com tal tema, etc. Eu nunca fui um garoto que meus pais realizassem todas as vontades (essa normalmente é a função das avós). Mas eu sabia algumas coisas. Podia conversar e pedir coisas e eles iriam realmente me ouvir, ponderar e fazer o máximo para me atenderem. Eles se alegravam simplesmente por me presentearem. Eu realmente era importante e não sabia. Inesperadamente, o que eu falava movia o coração de dois adultos.

Decerto, sei que fui um garoto privilegiado por ter pais como os meus. Mas o que eu gostaria de frisar é: mais do que o privilégio de se ter pais amáveis, nós temos um Pai que é Amor.

“Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” Mateus 7:9-11

Jesus quando ensina a orar. Nos diz que estamos falando com um Pai celestial que é melhor do que o melhor pai que esse mundo pode conhecer. O interessante é que Jesus divide conosco a paternidade do Pai que está nos céus. Ele como Filho revela o Pai.

Desfrutando da paternidade

Hoje eu observo que dois fatores me davam um comportamento corajoso de desfrutar do que eu recebia dos meus pais. Primeiro era a paternidade deles. Sabe o desejo, o afeto, o zelo e amor que pais tem pelos filhos?! Aquilo gerava em mim o segundo fator, a minha identidade de filho. Pra mim ser filho não era bom ou gratificante. Porque “eu calculei os pontos negativos e positivos da nossa relação e vi que eu iria lucrar”. Pra mim o sentimento era de que eu nasci para aquilo. Eu não aprendi tudo (muitas vezes fui rebelde). Mas eu sabia que eu nasci para ser o filho dos meus pais e isso me dava confiança diante deles e do mundo a minha volta.

“eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.” Jo 17:23

A impacto que essas palavras trouxeram sobre mim, desde a primeira vez que li, reverberam eternamente em meu coração. Jesus no seu momento íntimo com o Pai disse que o Pai me amava do mesmo jeito que o Pai ama ao próprio Jesus. Essa é a verdade: Deus Pai te ama na mesma proporção que Deus Pai ama Deus Filho. Esse é o desejo dele.

deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. Jo 1:12b,13

Ele nos ama como ama à Jesus

Deus Pai te ama na mesma medida e proporção que ele ama Jesus e foi sua vontade te tornar filho legítimo Dele. Essas verdades estavam completamente em chamas no coração do escritor de Hebreus quando ele diz

…temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Hb 10:19,20

Temos uma voz diante de Deus Pai

Assim, nós podemos entrar confiadamente diante do Pai e nos posicionar com convicção de que nós temos uma voz nos céus. Nós temos uma voz diante de Deus Pai, ele nos ouve e nos responde! Por certo, isso é poderoso. Surpreendentemente, Ele pagou um preço por essa realidade que ele desejou dar aos seus Filhos.

Quanto mais os anos passam, mais eu caio na realidade de que o que Deus espera de mim é que eu simplesmente seja o seu filho. É que eu me comporte como filho, em relacionamento, em amor, em sinceridade. Isso é o que ele espera de nós. Essa parceria e amizade tem o poder de trazer os céus na terra. Tem o poder de fazer o amor por Ele e pelo próximo crescerem. Assim, nada é impossível para o nosso Pai que está nos céus e para aqueles que tem uma voz diante dele.

Às vezes, eu me perco em devaneios e me pego pensando a respeito da acessibilidade que nós, como seres justificados, temos ao coração de Deus (se é que realmente temos). O quão perto e o quão profundo nós podemos e somos capazes de nos achegar disso. Por acaso Deus, em toda a sua santidade infinita, fez o seu coração puro acessível a nós pecadores?

Antes de qualquer coisa, existe algo que precisa ficar extremamente claro para nós: Cristo morreu e ressuscitou. Por Sua morte foi construída uma estrada que nos dá acesso direto (ou seja, sem atalhos ou trajeto com engarrafamento) ao Pai. Através dela podemos nos aproximar do trono Dele com confiança (Hb. 4:16).

Tudo bem. Podemos entrar no palácio real de Deus, caminhar por todos os cômodos, ir à Sala do Trono, ficar frente a frente com Ele e “trocar algumas ideias”. Mas podemos ter certeza de uma coisa: isso ainda não é acessar o coração Dele. Então o que é?

O coração não só na Bíblia, mas em outras fontes e contextos diz respeito aos sentimentos, desejos e anseios mais profundos de uma pessoa. Como também acredite se quiser os seus pensamentos. Então espere um pouco… Não é só sobre eu chegar diante do trono e cultivar um diálogo com o meu Pai que está em secreto? É claro que é sobre isso, mas somente isso não é o suficiente. Não para mim. Se você quiser parar por aí, tudo bem. Não tem problema, mas conhecer o coração de Deus? É isso o que eu quero; quanto mais profundo, melhor.

Acesso restrito

Afinal, a pergunta que não quer calar: o coração de Deus é acessível? A melhor resposta para isso é um grande “sim”; nós temos um passe de acesso livre ao coração Dele. Mas a verdade é que nós só não entendemos muito bem por onde ou como entrar, principalmente quando vamos até a porta e nos deparamos com o aviso de “acesso restrito”.

Isso que parece ter sido colocado para nos impedir não é, de maneira nenhuma, o que deve nos parar, muito pelo contrário, é onde está o segredo para entrarmos. O acesso restrito revela que alguém pode entrar, mas quem? Felizmente não é um “funcionário” qualquer. Porque se nós tivéssemos que rodar a terra procurando por essa uma pessoa que abriria o coração de Deus para nós, estaríamos perdidos 7 bilhões de pessoas? Não mesmo. Por incrível que pareça (ou não) essa pessoa é, na verdade, o próprio chefe: Deus na pessoa do Espírito Santo. Ele é quem nos escolta aos tesouros profundos do coração de Deus.

Em 1 Coríntios 2:9–16 Paulo diz que todas as coisas até mesmo as mais profundas do coração de Deus são conhecidas pelo Espírito Santo. E Ele é quem revela a nós, que O amamos, quanto mais buscamos. Através do Espírito de Deus temos acesso aos desejos, anseios, pensamentos.. tudo o que está dentro do coração do Pai.

Mais um ano chegando ao fim, mais tempo de reflexão e avaliação. Não apenas diante do que os homens podem nos dizer ou desejar de nós, mas principalmente diante dos olhos de Deus e das escolhas cabíveis a nós mesmos.

Não sei quanto a você, mas o fim do ano pode trazer uma carga de muito estresse para algumas pessoas, e hoje quero chamar nossa atenção para avaliarmos nossas vidas diante dos olhos de Deus e aprendermos com a sua verdade e mansidão.

Talvez tenhamos feito listas de dez mil coisas para 2017 e, quem sabe, não conseguimos realizar cinquenta por cento de nossos objetivos. Quem sabe imperou  em muitos dias a procrastinação, e deixamos “tudo” para depois, e o tempo não foi generoso com o depois. E se perdemos o controle sobre o tempo e deixamos de ter foco naquilo que gostaríamos de ter realizado, agora pode ser a hora do nosso posicionamento diante dos olhos de Deus e dos homens.

Não quero que façamos promessas que não possamos cumprir e que nem mesmo sejamos embromados pelos rituais de final de ano. Tomados pelo tal “espírito natalino”. Não, esse não o objetivo aqui. Mas é muito importante pararmos para avaliar e refletir sobre a nossa história. Mesmo não importando a escolha do período para essas avaliações, seja início, meio ou fim do ano… É preciso pensar em como temos dado nossos passos? Como temos aprendido com os nossos erros e acertos? E como podemos melhor no caminho que temos percorrido com o nosso amado Jesus? Compreender esses aspectos da vida consiste em descobrir a sabedoria.

“Como águas profundas, são o propósito do coração do homem, mas o homem de inteligência sabe descobri-los.” Provérbios 20.5

Sim, façamos listas. Tracemos metas. Tenhamos objetivos claros e definidos. Mas, sejamos sensíveis à voz que nos traz alívio e refrigério. Que sejamos homens e mulheres movidos pelo Espírito Santo de Deus, vivendo nessa dinâmica do mesmo Espírito. Que possamos todos os nossos dias fluir no Senhor, e compreender que fomos chamados para viver nesta terra com propósito e visão. O de a cada dia seguirmos em conhecê-Lo mais profundamente e em amá-Lo mais. Pois, Cristo é o motivo da nossa vida e tudo se torna menor diante de quem Ele é. Diante da história que Ele tem nos convidado a tomar parte na terra.

“Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.” Habacuque 2.14

Essa é a nossa maior aventura e o nosso maior chamado. O Senhor estará conosco até a eternidade. O Pai, O Filho e O Espírito Santo, em plena unidade e perfeição, estão conosco, se movendo e nos ensinando no caminho, mesmo em meio as nossas lutas e aflições. Mesmo em meio as tribulações e dias maus, podemos provar do cuidado que a Trindade nos têm. Podemos viver diante dos olhos de Deus, respirar pelas expressões de seu amor, e isso é um movimento incrível.

Não importa o que temos que deixar e nem o que temos que abrir mão. Suas promessas para nós são reais. Seu amor é imensurável e profundo ao ponto de nem conseguirmos expressar claramente. Mas ao fechar nossos olhos podemos sentir. Ao contemplar tudo o que Ele criou para nosso deleite podemos sentir. Sim, suas promessas são reais e hoje podemos nos firmar no que diz a sua Palavra.

“Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna.” Marcos 10.29-30

Mesmo que o ano esteja chegando ao fim, mesmo que mais uma vez as coisas não tenham saído tão do jeito que imaginava ou gostaria. Mesmo que eu precise continuar lutando contra a procrastinação, os medos, as mentiras de Satanás. Hoje, quero simplesmente me fiar nas promessas e no amor de Jesus que me diz que vale a pena deixar todas as coisas por amor a Ele. E você? O que vai ser em 2018? Também deseja viver sua vida diante dos olhos de Deus?

Não foi uma e nem duas vezes em que perguntei a Deus o que ele via em nós mortais. Nada e absolutamente nada é novo debaixo do sol. Há sempre alguém com habilidades melhores que as nossas, com palavras mais robustas, com beleza mais apreciada, com dotes e privilégios em maior destaque. Logo, se Deus se importasse apenas com tais qualificações, ele poderia destruir todo o restante e deixar apenas os ‘melhores’ em um mundo ‘perfeito’. Mas, calma! Não é assim que ele faz, certo? Nós vemos na Palavra que ele vê o grande e o pequeno e que ele se importa com o pobre, com o órfão, com o fraco. Então volto a perguntar: o que ele vê em nós?

Antes mesmo de discorrer a respeito da resposta, ainda volto meus olhos para as descrições acima, onde os ‘melhores’ viveriam de maneira ‘perfeita’ e percebo que nem mesmo esses são tão bons assim. Porque do ponto de vista de Deus, ninguém é bom o bastante. Se lermos Apocalipse 5 veremos que nenhum foi achado digno, a não ser o Cordeiro de Deus (que é Jesus). E se formos ainda para Filipenses 2 veremos que Jesus recebeu o nome acima de todo nome. Ninguém é como ele! Uau, que padrão de perfeição! Jesus é o melhor de todos. É o que tem melhores habilidades, maior sabedoria, entendimento e o coração mais belo. Então, chego a conclusão que o pequenos deste mundo e os grandes deste mundo ainda estão há uma eternidade do padrão Jesus, em tudo. E agora a pergunta inicial desperta mais curiosidade. O que Deus vê em nós? O que faz ele se importar conosco?

Talvez você não esteja tão curioso quanto eu fico quando faço minhas perguntas a Jesus, mas é maravilhoso poder descobrir as respostas (ou parte delas). Se olharmos para a Bíblia veremos homens considerados heróis da fé. E eles eram apenas homens. Com fraquezas semelhantes às nossas. E Deus os descreve como exemplos de fé, justos. E assim eu começo a desvendar um pouco das respostas que procuro. Todos nós somos fracos comparados ao exemplo perfeito que é Jesus. Mas Deus olha para nós e vê beleza ao invés de cinzas. Ele, que já sabe o que seremos no final dessa jornada, vê algo lindo!

Aquele homem que não tinha uma fala muito eloquente, liderou um povo inteiro para a libertação da escravidão do Egito. E o que falar do menino pastor, que era tão pequeno e foi o maior rei da história de Israel? Nós somos todos assim tão pequeninos, mas Deus vê algo em nós:

“…porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” – 1 Samuel 16:7b

Deus vê nosso coração. E as respostas do nosso coração para ele podem ser belas. Mesmo nosso pequeno sim, pode ser poderoso. Deus olha para a humanidade e ainda assim vê um povo com o qual ele quer se relacionar e amar. Deus escolheu esse povo quebrado para ser aperfeiçoado e um dia se tornar como Ele é. Ele chama seu povo de Igreja e diz que um dia essa Igreja será gloriosa. É com o povo que está sendo aperfeiçoado que ele escolhe se relacionar. Isso é graça, é amor, é humildade, é…É muito além do nosso entendimento.

“Pois assim diz o Alto e Sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo: “Habito num lugar alto e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito.” – Isaías 57:15

Quando eu acho que cheguei ao entendimento perfeito do que queria, descubro que ainda há mistérios a serem desvendados. Que o amor de Deus realmente ultrapassa minha mente pequena. Mas, ele ainda vê beleza nisso. Ele já sabe quem ele é, mas com toda humildade nos deixa descobrir e ainda se alegra com nossos pequenos avanços. Deus é tão bom, não é mesmo?

Se você olha para você e vê alguém pequeno, então saiba que é exatamente para você que Jesus está olhando agora. E se você se considera alguém grande, então olhe de novo para Jesus e veja que todos somos realmente pequenos diante dele. E que ele também olha para você. Se permita ver como Deus vê. Não apenas pequeno, mas belo. Nós somos belos aos olhos de Deus, porque somos a sua Igreja. E nossa esperança é que um dia seremos exatamente como ele é.

“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é. Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.” – 1 João 3:2,3

 

Você já se sentiu impotente e desanimado ao ver o noticiário? Ah, eu creio que muitos de nós já se sentiram assim. Nos deparamos com a maldade em certo nível que nos faz pensar que a solução está distante e que nós somos pequenos e sem um poder de ação. Mas, bem…Se olharmos com a perspectiva correta veremos que nem toda nossa estranheza é incoerente. Teremos que concordar que nem todo poder de mudança está em nossas mãos.

Nós humanos somos limitados e, por mais influentes, não conseguimos mudar todas as coisas erradas. O que resta então? Permitiremos a maldade crescer sem que algo seja feito? De maneira alguma! Nós podemos e devemos fazer o que está ao nosso alcance. Devemos permanecer fazendo o que nos foi proposto e o que está diante de nós. Mas existe algo ainda mais excelente e poderoso do que nossa influência: o poder da oração. Você acredita nisso?

“Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério.” – 2 Timóteo 4:4,5

O poder da oração ultrapassa o poder de nossas ações humanas. Vamos fazer as cruzadas, vamos aos hospitais, vamos ao mercado de trabalho. Mas não nos esqueçamos de fazer tudo isso em oração e à partir do lugar de oração. Agora, oração ainda é algo que estamos fazendo por conta própria, correto? Bom, mesmo em oração, o homem é totalmente dependente de Deus e não de si mesmo.

Nem mesmo o homem mais eloquente e cheio de palavras robustas consegue imprimir alguma força em sua oração, ou chamar a atenção de Deus de forma especial. Logo, deixar de orar por não acreditar no poder da oração, é tão perigoso quanto orar por acreditar no poder proveniente de si mesmo.

Deixe-me explicar melhor: não há em nós o poder de mudança, de resposta, de transformação. Do homem com palavras mais simples ao homem mais comunicativo, existe a necessidade de Deus em sua oração. Existe a dependência daquele a quem estamos dirigindo nossas palavras. Caso contrário, a oração seria totalmente indispensável.

Se o poder da oração está em Deus, pois ele é o alvo de nossas palavras, então não deveria haver em nós motivo de silêncio. Jamais! Não é baseado em nós ou nas nossas habilidades comunicativas. Nem mesmo em nossa meritocracia.

Quanto mais ficamos conscientes de nós mesmos, mais oramos. Não apenas diante do cenário mundial ou do aumento da maldade. Nós oramos porque em nós mesmos nada podemos fazer. Nem para a mudança de uma sociedade, nem mesmo para qualquer outra coisa cotidiana. Dito isso, quero me ater ao fato de que a falta de oração aponta tão prontamente ao pensamento de que não precisamos “tanto assim” de falar com Deus. De nossa independência dele. Alguém que desistiu de orar, pensa ter encontrado em si o combustível necessário para viver. Logo, está completamente perdido.

Dediquem-se à oração, estejam alertas e sejam agradecidos.” – Colossenses 4

O ato de falar com Deus é movido pela necessidade da conexão divina, que começa com a consciência de quem somos e culmina com a revelação de quem ele é. A partir disso, passamos a orar não só porque somos pobres de espírito, mas porque ele é belo.

A maior necessidade que temos ao encontrar Deus é a da nossa própria transformação. É quando nosso desejo de ser como ele, de contemplar quem ele é, de nos manter em um relacionamento de amor, move-nos em direção a ele constantemente.

As notícias, os acontecimentos, podem nos fazer parecer impotentes. Mas, de fato podemos olhar para o lugar de onde vem o nosso socorro e, em oração, perseverarmos em um relacionamento que nos transformará e nos dará ferramentas para influenciar, com sabedoria, o ambiente ao nosso redor. E dele virão todas as respostas e toda a transformação.

“Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual.

E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus.” – Colossenses 1:9,10