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As perguntas feitas a Jesus

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Sempre temos perguntas que gostaríamos que Jesus respondesse. Algumas são legítimas e merecem respostas. Outras, no entanto, revelam um coração que não deseja obedecer. Jesus se deparou com algumas dessas perguntas ao longo de sua jornada na terra.

E perguntou-lhe um dos principais: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus. Sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe.

Replicou o homem: Tudo isso tenho guardado desde a minha juventude. Quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens e reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Mas, ouvindo ele isso, encheu-se de tristeza; porque era muito rico. E Jesus, vendo-o assim, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!”

Lucas 18:18-24

Aparentemente, Jesus dá uma resposta que contraria a percepção que a pessoa tinha de si mesma e de Deus. Portanto, não existia uma intenção sincera em atender a orientação de Jesus e sim de justificar-se diante de Deus.

Nossas perguntas denunciam nossa intenção

Nosso desejo de adequação é medido por nossa obediência. Pois, aprendemos sobre a obediência quando obedecemos, não quando fazemos perguntas. O mesmo aconteceu com o doutor da lei do capítulo 10 de Lucas, quando pergunta sobre como herdar a vida eterna. (Lc. 10.25).

Jesus novamente aponta para lei e orienta-o a cumprí-la. Já que a pergunta seguinte do doutor revela sua indisposição em obedecer. “Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?” Lc. 10.29

Portanto, questionar sobre quem é seu próximo, revela seu desinteresse em obedecer. A resposta de Jesus denuncia a intenção de seu coração e realça sua real motivação por trás do que perguntou.

Como Jesus respondeu às perguntas

As perguntas respondidas, foram aquelas que sempre estiveram latentes no coração do homem, mesmo quando não foram verbalizadas corretamente. Jesus respondeu a cada uma delas adequadamente.

Ele fez isso quando curou o cego no caminho de Jericó. Fez isso, igualmente, com a mulher no poço de Samaria. Semelhantemente, aconteceu em seu encontro com o endemoniado gadareno. Sempre que houve uma necessidade real e sincera, Jesus moveu-se em compaixão e respondeu.

Foi assim naquele tempo. Continua sendo assim em nossos dias. Aliás, Jesus é o mesmo ontem e hoje. Inegavelmente, Ele continua interessado em ouvir as perguntas genuínas que ardem em nosso coraçãoEle tem poder para respondê-las e interesse em se revelar a nós. No entanto, temos que apresentar-lhe o desejo sincero de obedecê-lo. Por isso, diante de Sua resposta, temos que fazer o que o centurião fez em Mateus 8.

E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz. E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.” Mateus 8:8-10

Nosso objetivo ao fazer perguntas

Jesus maravilhou-se com a fé deste centurião. Pois, a reação que teve demonstrou que havia pedido algo que sabia que Jesus tinha poder de fazer. Seu pedido não era um teste, assim como nossas perguntas e pedidos não devem ser. Nossas perguntas devem revelar esse desejo sincero de se mover em fé.

A necessidade que temos não move o coração de Deus. É nossa fé que extrai dEle todas as respostas que precisamos. Não importa se a pergunta foi ou não verbalizada. Se existe desejo de obedecer e fé, temos garantia que receberemos nossa resposta.

“Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.”   Sl. 42.7

Abismos que chamam outro abismo em nossa vida, são aqueles momentos em que nosso desespero por respostas, ou nosso desejo de conhecer mais do coração de Deus, nos conecta com realidades profundas. Inegavelmente, as profundezas da terra, dos mares e ares carregam mistérios.

Tanto a altura das montanhas, quanto a profundidade dos oceanos, desafiam nossa capacidade de respirar. A alteração da pressão atmosférica oferece risco para nosso organismo, quando não utilizamos equipamentos adequados. Achegar-se a Deus com ousadia, igualmente exigirá de nós preparo e treinamento.

Depois que as tormentas passam, costumamos ter maior clareza do que foi gerado no processo. Durante elas, quando as ondas passam sobre nós, não temos capacidade de avaliar completamente o que o encontro do nosso abismo, com o abismo de Deus, gerou.

A bíblia, não só neste texto, mas em muitos outros, associa nossa fome e sede com a descoberta de aspectos do caráter de Deus, que os não famintos e não sedentos desconhecem.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos.” Mt. 5.6

A fartura prometida para os que buscam saciar-se nEle, é a mesma encontrada nas profundezas do conhecimento dEle. Esta abundância é extravagante, assim como foi o gesto daqueles que reconheceram nEle a fonte de todas as coisas (Mt. 26.7-13).

Esse Deus ilimitado e eterno desperta nossa atenção, instiga-nos a cavocarmos em Sua plenitude. Não existem perguntas sem respostas nEle. Semelhantemente, Sua natureza não coabita com limites de qualquer natureza.

Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus. Na cruz Ele levou cativo o cativeiro (Ef. 4.8), venceu a morte e nos abriu um caminho que temos que decidir percorrer. Como todo convite que Ele nos faz, está condicionado ao nosso aceite.

“E a verdade é que Ele revela muito mais sobre si mesmo a determinadas pessoas do que a outras, não porque tenha os seus “favoritos”, mas porque lhe é impossível mostrar-se a alguém cuja mente e caráter lhe sejam inteiramente adversos.” C.S. Lewis

Aproxime seus abismos dos dEle. Eles existem em nossas vidas porque em medida maior existem na dEle. As respostas que Ele deseja dar para nossas perguntas nos deixarão boquiabertos, da mesma maneira que Jó, diante de Sua aparição no meio da miséria em que se encontrava (Jó. 38 e 39).

O alvo da oração é o ouvido de Deus.”  Essa frase de C. H. Spurgeon, de certa forma, resume o que deveria ser óbvio, mas nem sempre é.

Quando oramos, deveríamos ter em mente quem nos ouve. Não só no que se refere a posição que ocupa, de Criador e Governador de todo universo, mas também ao ouvido de Pai que nosso Deus possui.

NEle reside todo poder para mudar nossas circunstâncias e o desejo de fazê-lo, pelo simples fato de que nos ama. Por isso, a expectativa de ser respondido está intrinsecamente associada à revelação que temos de quem Ele é. Quanto mais revelação tivermos de Seu caráter redentivo e de Seu amor incodicional, maior será nossa certeza que Ele nos responderá.

Similarmente, a convicção da resposta também envolve revelação de como Ele nos vê. Saber quem somos nEle, e conhecer o valor que Ele atribui a nossa vida, é igualmente imprescindível ao acessarmos sua presença. A expectativa da resposta será potencializada, quando o acesso é fundamentado na revelação de nossa filiação. A posição de herdeiros nos garante acesso irrestrito e irrevogável.

Embora nossa falta de fé, na maioria das vezes, não esteja associada a incapacidade dEle em nos atender, pode ser afetada pela falta de revelação de quem somos nEle. Em geral, é nossa baixo autoestima que limita nossa ousadia. 

“Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?” Sl 94.9

“Ó Deus, ouve a minha oração, inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca.” Sl. 54.2

Seja qual for a circunstância que esteja nos impedindo de correr na direção de nosso chamado ou destino, ela é menor do que a capacidade de Deus de modificá-la.  Já que, nenhuma enfermidade ou limitação é grande suficiente para ameaçar Sua soberania e poder.

Certamente o ouvido de Deus está atento ao nosso clamor. Nossa fé e determinação são testadas quando nos aproximamos dEle. Nossos sussurros são ouvidos. Ele está mais atento do que conseguimos perceber ou avaliar.

“Sussurros, que não podem ser expressos em palavras, são freqüentemente orações que não podem ser recusadas.” C. H. Spurgeon

Por isso, sussurre hoje aos ouvidos dAquele que ouve, tendo a certeza de que Ele se importa. Inegavelmente, Ele tem poder para trazer a existência, em sua vida, aquilo que não existe.

“…porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Hb. 11.6