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Contemplando um dia de esperança

sabedoria

Desejo que hoje não seja apenas mais um dia em que nos sintamos enfadados. Espero que hoje seja um dia de esperança. Sei que a frase é redundante e apenas pode parecer mais uma frase de efeito. Mas, não é esse o meu intuito ao falar sobre esperança. Não é apenas positivismos ou algo do tipo. Esperança não é algo que possamos simplesmente simular existir em nós, mas é forjada pelo próprio Deus que tem nos chamado a viver uma vida plena de sua presença.

Quando experimentamos o gozo da salvação e o toque do Espírito habitando em nós, o nosso interior vai sendo transformado de glória em glória e retomamos sonhos um dia esquecidos. O escritor de Eclesiastes nos desafia a olharmos nossa juventude com bom ânimo, mas também com consciência de que todas as nossas escolhas são feitas diante do Senhor. Isto é, bom ânimo e responsabilidade

“Jovem, alegra-te na tua mocidade! Sê feliz o teu coração nos dias da tua juventude. Segue os caminhos que o teu coração indicar e todo os desejos dos teus olhos; saibas, contudo, que tudo quanto fizeres passará pelo julgamento de Deus. Sendo assim, afasta do teu coração o desgosto e a ansiedade, e pare de fazer seu corpo sofrer, pois a juventude e o vigor da mocidade passam rápido.” Eclesiastes 11.9-10 (King James)

A vida às vezes pode se tornar amarga, nos sentimos sozinhos e sem força para lutar as nossas batalhas. Mas Deus é Aquele que nos ensina a verdadeira sabedoria. Ele, em sua bondade, desvenda os nossos olhos a fim de nos mostrar quem Ele É. Ele é o grande Eu Sou, que nos chama pelo nome e nos convida a desvendarmos os mistérios de sua infinita grandeza. Se isso não nos fizer ter dia de esperança, então, o que nos fará? Só n’Ele obteremos a verdadeira sabedoria, porque ela está estabelecida no filho de Deus, que nos amou e continua a nos amar.  Com Jesus aprendemos a contar os nosso dias e alcançamos um coração verdadeiramente sábio

“Sendo assim, ensina-nos, pois, a contar nossos dias, a fim de que possamos alcançar um coração verdadeiramente sábio!” Salmos 90.12 (King James)

Já sabemos que o temor do Senhor é o princípio do saber, e que todas que praticam esse temor revelam prudência (Sl 11.10). Precisamos praticar o temor do Senhor. Andar em seus caminhos e como diz a sua Palavra. Por exemplo, no Brasil, falamos tanto contra a corrupção, mas como agimos quando “ninguém” está olhando? Nosso caráter é verdadeiramente revelado quando agimos sem que nos vejam.

Agora que caminhamos para o fim deste devocional, quero lançar sementes de bom ânimo. Só obteremos verdadeira sabedoria quando nos “assentarmos” diariamente aos pés de Jesus, meditando dia e noite no que diz as escrituras. Precisamos de sua palavra em nossa mente e fogo ardendo em nosso coração, fogo que vem do Espírito Santo que habita em nós e que torna suas palavras verdades, e vida. E esse é um processo diário que acrescentará a cada manhã dia de esperança. 

Sim, eu sei bem o quanto a vida pode se tornar corrida e tudo um tanto automático. Mas precisamos compreender que é possível viver plenamente diante da face de Deus e com ele seremos crescidos e maduros em nossa fé.

“Sacia-nos, desde o romper da aurora, com teu amor infinito, e exultaremos de alegria, todos os nossos dias. Alegra-nos na proporção dos dias em que nos puniste, pelos anos em que passamos pelo grande sofrimento. Que as tuas realizações se manifestem aos seus servos, e a teus filhos, a tua maravilha. Que a graça do Senhor, nosso Deus, pouse sobre nós; faze prosperar as obras das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos. Salmos 90.14-17 (king James)

Não me delongarei mais, mas quero que o trecho deste Salmo seja nossa oração. Que Ele possa nos saciar desde madrugada até noite adentro. E se um dia sofremos por qualquer situação, Ele poderá nos alegrar na mesma proporção de nossas histórias tristes. Que possamos perceber o seu agir em nossas vidas e ao nosso redor, e meu trecho preferido…

“Que a graça do Senhor, nosso Deus, pouse sobre nós; faze prosperar as obras das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos”. Salmos 90.14-17 (King James)

Amém! Que assim, possamos contemplar um lindo dia de esperança cheio do amor e da bondade do Senhor. 

 

Um coração repleto de sabedoria transborda paz, emana amor. É como o fluir de doces águas, que nos refrescam e nos acalmam. Por isso, quero convidar você a orar como o salmista, reconhecendo que um coração repleto de sabedoria vem de Deus e que Ele é o único que pode nos fazer alcançar tal coração.

“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” Salmo 90.12

A sabedoria do mundo é loucura diante de Deus. Pois, Ele apanha os sábios em suas próprias artimanhas. Porém, a sabedoria que vem de Deus é pura, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento, não é isso que nos revela Tiago?

“A sabedoria, porém, lá boa alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento”. Tiago 3.17

Nesses dias em que temos orado pelo Brasil e por nós de forma pessoal. Também é preciso que peçamos ao Senhor que nos encha, e nos deixe repleto de sabedoria. Nossa terra precisa ser inundada por essa faceta do caráter de Deus. E, para que isso aconteça, temos que nos esvaziar daquilo que toma o espaço do Senhor em nosso coração.

Deus nos criou de forma maravilhosa demais. Ele nos ama, nos ensina e nos transforma de glória em glória. Ele quer nos dar um coração como do seu Filho Jesus, repleto de sabedoria e que transborde em paz, muita paz. Outro aspecto dessa sabedoria que vem de Deus, é o discernimento que Ele nos dá. Aprendemos a perceber o tempo e o modo das coisas, e o nosso papel diante do todo, mesmo que um “pequeno e simples papel”.

Mesmo que nem sempre nos sintamos tão sábios como gostaríamos, ainda assim, é preciso que permaneçamos firmes no Deus que nos ensina todas as coisas. E assim como Moisés orou, também peço ao Senhor:

“Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra de nossas mãos. Sl 90.17

 

Sempre que pensava em sabedoria, isso soava em minha mente como algo temporal, para ser adquirido e praticado apenas nesta vida humana, sem uma perspectiva de eternidade.

A verdade é que todos os tópicos do cristianismo, da nossa fé, apontam para o Eterno. Para algo ilimitado que não se resume a esta era, mas que assim como a nossa salvação precisa ser desenvolvido e colocado em ação até se tornar pleno, até ecoar nos ambientes celestiais e acumular tesouros que poderão ser desfrutados. (Filipenses 2:12)

Por causa de nossas concepções culturais e como a ideia de recompensas, de “prêmios”, tem sido tratada, temos a dificuldade de vislumbrar o que isso realmente significa no ponto de vista cristão.

A ideia de galardão é totalmente bíblica e será devolvida a nós na eternidade, conforme o nosso estilo de vida aqui. Conforme a maneira com que encaramos a sabedoria.

Embora a graça seja uma total dádiva de Cristo, o galardão é uma construção pessoal, formado por nossa busca, intimidade e o nosso cultivo do verdadeiro temor e sabedoria. Isso quer dizer que estamos colocando os “alicerces” de nossa morada eterna ainda nesta vida. Como se estivéssemos plantando e regando sementes que são as sombras do que veremos, viveremos e seremos quando nossa carnalidade não for mais um fator limitador, quando nosso corpo se tornar perfeito e glorificado.

Tem sido tão maravilhoso saber que podemos crescer em clareza. Crescer na perspectiva de uma sabedoria eterna que pode ser almejada como uma realidade tão palpável quanto o nosso mundo natural, entendendo que não estamos formando modelos para simplesmente ter um final de vida bem sucedido, mas nossa aplicação de sabedoria refletirá nos frutos que colheremos quando vier o que é Perfeito!

Nós, assim como Paulo nos instrui podemos correr com toda a intensidade como quem almeja ganhar. Como quem deseja chegar em primeiro lugar, (1 Coríntios 9). Isso não significa uma frenética competição, mas representa a busca pelo doce galardão de estarmos próximos de Jesus, e isso é uma visão de sabedoria para a eternidade.

Veja os seguintes versículo de provérbios:

Então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, Para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos. Então entenderás a justiça, o juízo, a eqüidade e todas as boas veredas. Pois quando a sabedoria entrar no teu coração, e o conhecimento for agradável à tua alma, O bom siso te guardará e a inteligência te conservará…” Provérbios 2:5-11

O temor e a verdadeira sabedoria são inseparáveis e quando os buscados para que encontremos o conhecimento de Deus e não para satisfazermos nossos desejos egoístas, eles nos guiam para o caminho da sinceridade e da unidade com os santos, no lugar onde podemos alargar nossa corrida de fé, sendo levados para as veredas da justiça. Isso, não pode ser compreendido como algo simplesmente natural, mas é justamente a ponte que nos entregará ao Senhor. A ponte pela qual já estamos caminhamos até a eternidade.

Esse modelo nos preservará guardados em Jesus, fazendo com que o entendimento seja colocado em nosso lábios pelo próprio Deus. Esse modelo de vida reta, gravará a verdadeira sabedoria em nossos corações, até encontrarmos com Cristo e sermos conectados à agradável sensação de ter cumprido nossa carreira de fé.

Minha oração neste dia é que tenhamos uma perspectiva de sabedoria que nos guie à graça e nos leve a desenvolver ecos na eternidade. Que o foco e a busca pelo temor do Senhor em nossos corações não seja egoísta, ou para colher frutos passageiros, mas que seja direcionado para o conhecimento de Deus, para que o caminho da justiça nos leve a estar face a face com Jesus!

É bem provável que você já conheça muitas das histórias contadas por Jesus. Hoje quero falar a respeito da Parábola do Filho Pródigo descrita no livro de Lucas (15.11-32). Jesus sempre teve uma maneira sábia de ensinar, e assim, Ele contava histórias que muitos poderiam entender. Se observarmos o capítulo anterior, vemos Jesus falando sobre todas as coisas que é preciso deixar a fim de segui-lo. E que os discípulos são o sal da terra, e o sal precisa salgar.

Jesus nunca se importou em quebrar paradigmas ou estruturas preestabelecidas por homens. Ele sempre guardou a Lei, mas isso nunca foi desculpa para que deixasse de demonstrar graça e amor ao homem pecador. Ele curou no sábado, tocou em leprosos, dirigiu suas palavras à mulheres. E por isso, Ele fora criticado, julgado e perseguido até a morte de cruz.  

“Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.” Lucas 15.1-2

Então, em meio aquele alvoroço de críticas de fariseus e escribas, Jesus decide contar mais uma de suas histórias. Porque era preciso ensinar a respeito do coração Paterno de Deus e de como seu amor é absoluto e misericordioso. Deus nunca nega o seu perdão, mas espera ansioso pelo filho voltando ao lar.

Pare um pouco para imaginar a cena. Bem de longe o Pai o avista e com o coração disparado corre em sua direção. O filho amado está voltando ao lar. O filho esperado voltando aos braços daqueles a quem nunca deveria ter deixado.

Ultimamente, há algo queimando em meu coração. Eu tenho pensado em pessoas que caminharam na fé cristã e que, por algum motivo, se distanciaram dessa realidade. Não quero de nenhuma forma apanhar pedras de acusação. Não julgo a Igreja e não julgarei os motivos que as levaram a desistir. Ouvi uma frase dia desses que chamou minha atenção, dizia assim: “Pessoas não desistem necessariamente de Deus, mas elas desistem de si próprias”.

Às vezes, nos sentimos tão cansados em nossa caminhada. Até lutamos em oração contra o pecado e tentação. Diante das histórias de nossas guerras pessoais podemos nos sentir só e desiludidos. E alguns de nós tem uma história de dor e solidão tão profundas e enraizadas em nossa alma que resolvemos desistir.

Nunca devemos nos isolar diante de nossas batalhas. É por isso que Deus nos chama como Igreja a sermos uma comunidade de irmãos que amam e caminham juntos em um único propósito, com um único coração. Nunca devemos desistir dos nossos irmãos que não tiveram forças para continuar a jornada. Devemos nos colocar em posição e orar para que eles voltem ao lar. Nos coloquemos na brecha em favor daqueles que um dia se sentiram sós e partiram porque o Pai tem ansiado por eles.

“Não obstante, é um povo roubado e saqueado; todos estão enlaçados em cavernas e escondidos em cárceres; são postos como presa, e ninguém há que os livre; por despojo, e ninguém diz: Restitui.” Isaías 42.22

Que possamos entrar em parceria com o Pai e clamar pelos nossos irmãos e amigos que estão um tanto longe. Que sejamos inconformados com essa separação, que possamos lutar por eles em oração todos os dias até que eles voltem para casa. Que façamos festas quando eles retornarem, dando-lhes roupas novas, belos sapatos e um lindo anel.

“Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor…” Oseias 11.4a

Você já parou para pensar nos atos da criação? Deus fez o universo com tanta beleza e sensibilidade, em tudo o que Ele criou, observamos amor sublime e que em graça estabeleceu todas as coisas. Se pararmos para observar a natureza podemos vislumbrar uma medida da dimensão de Deus nos atos da criação.

O Senhor é sábio em tudo o que faz. Ele esculpiu toda a natureza com beleza e força. Você consegue imaginar a mente de quem cria a sublimidade do voo de um minúsculo beija-flor e a imensidão de uma baleia a dançar no mar? Já parou para observar as milhares de espécies de árvores, flores e animais? Até mesmo nós, os homens, somos diferentes em tonalidade, altura, medidas e jeito de ser. Porque Deus nos criou diversos e únicos.

“O Senhor com sabedoria fundou a terra, com inteligência estabeleceu os céus. Pelo seu conhecimento os abismos se rompem, e as nuvens destilam orvalho.” Pv 3.19-10

Há tanto movimento nos atos da criação, espessuras, cores e formas inusitadas. De fato, todas as coisas criadas pelos homens têm sido inspiradas na própria e bela natureza de Deus. Tudo o que Deus faz é bom, perfeito e agradável. Todas as coisas criadas foram feitas pela sua Sabedoria, Jesus é esse arquiteto que formou todas as coisas. Ele é a sabedoria encarnada.

“Quando ele preparava os céus,aí estava eu; quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; quando firmava as nuvens de cima; quando estabelecia as fontes do abismo; e quando fixava ao mar o seu limite,para que as águas não transpassaram os seus limites; quando compunha os fundamentos da terra; então, eu estava com ele e era o seu arquiteto, dia após dia, eu era as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo; regozijando-se no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos dos homens.” Pv 8.27-31

Por que você acha que tudo na criação foi estabelecido com tanta beleza e criatividade? Porque Deus é Belo, um Ser Esplêndido em criatividade. Ele tem paixão em criar. Mas o principal aspecto dos atos da criação é o sublime amor que Ele tem por nós. Ele não nos deixa apenas como “criaturas”, mas nos chama para sermos filhos desse amor. Ele criou beleza para que pudéssemos contemplá-Lo. E senti-lo em toda ternura e sensibilidade do Seu coração de Pai. Ele enviou seu Filho ao mundo para nos resgatar.  Ele nos convida a exercermos domínio e governo sobre todas as coisas criadas. Ele nos chama para passear em seu Jardim e nos relacionarmos em amor. Em Jesus,  foram criadas todas as coisas, em Jesus somos religados ao Pai, em Jesus nos tornamos filhos. Em Jesus, tudo subsiste.

“pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Colossenses 1.16-17

Você já foi surpreendido com a sabedoria de uma pessoa “calada”? Não é maravilhoso quando descobrimos conhecimento escondido, poder divino em alguém que aparentemente não parece ter grandes revelações a declarar?

Tenho o hábito de observar pessoas caladas, que não fazem questão de estar em evidência. Isso me leva a encontrar tantos tesouros, é como se eu pudesse aprender as coisas mais profundas observando o silêncio e a mansidão daqueles que guardam os seus lábios.

Olhe a riqueza desta passagem:

O homem prudente encobre o conhecimento, mas o coração dos tolos proclama a estultícia”. Provérbios 12:23

Eu comecei a meditar sobre o poder existente no silêncio, não só em nossa condição humana, mas no próprio silêncio aparente de Deus. Acredito, sinceramente, que é no lugar deserto, onde todas as vozes, inclusive a nossa, são caladas que as coisas mais intensas são geradas. Que o próprio conhecimento divino se manifesta como um turbilhão de pensamentos e revelações que chocam a nossa existência e o nosso meio!

O silêncio é uma forma de humildade, é inteiramente definido por ocultar o conhecimento por amor a prudência, manifestando a virtude que nos leva para mais perto de Deus, que nos ajuda a revelar a beleza dos céus, sem nem mesmo utilizar palavras.

Ah, quanta humildade em aprender o tempo certo de expressar nossas revelações e palavras. Quanto poder controlado pode ser manifesto pela mansidão de decidir pela discrição.

Como é impressionante quando somos movidos pela sabedoria, quando os nossos lábios proclamam simplesmente aquilo que precisa ser dito, sem furor, sem querer aprovação, sem querer buscar uma aparência de santidade, simplesmente adornando os atributos celestiais e revelando o caráter de Jesus.

“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos derrama a estultícia…Os lábios dos sábios derramam o conhecimento, mas o coração dos tolos não faz assim.”. Provérbios 15:1-2 e 7

Que os nossos lábios derramem as virtudes que revelam o conhecimento como algo valioso. Que o nosso silêncio libere poder para tocar nossos irmãos e aqueles que não creem. Que a humildade seja a marca que nos aproxima da verdadeira sabedoria!

Uma das coisas que mais tenho notado na nossa geração e em minha própria vida é a velocidade com que recebemos informações e da mesma forma logo as esquecemos. Parece que a essência daquilo que realmente é importante logo é abandonada pelas novidades do dia-a-dia.

É um contraste muito grande pensar que a verdadeira sabedoria é algo para ser guardada, digerida e que podemos crescer nela a cada novo segundo que decidimos escondê-la em nossos corações como um lema de vida que não deverá ser esquecido.

“Filho meu, guarda as minhas palavras, e esconde dentro de ti os meus mandamentos. Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração. Dize à sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência chama de tua parenta”. Provérbios 7:1-4

As palavras de Deus são como um fogo que vão marcando a nossa alma. Vão escrevendo as verdades que nos trazem a aproximação com a prudência segundo o coração do Senhor,  desenhando assim a essência de nossa forma de ver e viver.

Esconder os mandamentos dentro do nosso coração é como sermos conscientes do precioso tesouro que carregamos: as palavras mais poderosas que existem, que geram vida em nossos corações e em todos que estão ao nosso redor!

Eu penso nesta questão como uma missão incrível dada a nós. Uma missão de transportarmos de dentro para fora as leis do Senhor, tornando-as práticas e acessíveis. Tornando-nos luzes poderosas que revelam a paz e o entendimento sobrenatural, disponível para todos que desejam andar em retidão.

“Filho meu, guarda o mandamento…Quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida”.Provérbios 6:20, 22-23.

Podemos revelar os mandamentos como lâmpada. Como algo que se renova a cada novo dia sem nunca se tornar inadequado ou antigo. Podemos iluminar um caminho de vida para aqueles que se encontram distantes da prudência.

Os mandamentos nos conduzirão com zelo e cuidado, nos fazendo ouvir constantemente a voz que dá instruções e produz em nós o verdadeiro entendimento.

Que possamos crescer nos mandamentos e nas leis de Deus que nos destacam como filhos da luz.  Que nossa jornada conduza a outros para esse mesmo caminho de esperança e vida.

 

 

Um dos conselhos que encontramos em Provérbios é sobre o poder que há em nossos lábios. Como devemos vigiar a porta dos nossos lábios e como nossas palavras são tão poderosas. E acredite, elas são. A maneira com que nos comunicamos e principalmente o que guardamos em nosso coração antes de falarmos.

“Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura.” – Provérbios 12:18  

Está bem diante de nós a nossa maior arma de guerra e nossa maior bandeira de paz. Somos nós que decidimos qual lado vamos escolher. Mas não se trata apenas de como nós parecemos exteriormente. Não é sobre o  tipo de personalidade, se você é uma pessoa comunicativa ou não. É em nosso coração que palavras, ditas ou não, são geradas. É também do nosso coração que precisamos cuidar.

Aprender a usar nossa língua é realmente poderoso. Existe profundidade nisso e que, com certeza, vamos precisar de muito mais tempo na palavra para descobrirmos. Mas algo é certo: nossa palavra tem poder para mudar o mundo.

A questão é que há dois tipos de resultados e caminhos que podemos seguir quando falamos. Deus leva muito a sério as palavras. Os votos que fazemos com nossos lábios, a maneira com que podemos ofender pessoas e desconstruir relacionamentos e até mesmo a maneira com que temos que ser assertivos no ‘sim’ e no ‘não’. E já é tempo de nós refletirmos sobre tudo o que temos construído, ou não, com nossos lábios. E pedirmos ao Senhor que nos ensine a usarmos nossas palavras como se deve.

Deus ama quando nós falamos. Ele ama quando aquilo que sai de nossos lábios gera vida, constrói e edifica pessoas, libera cura e amor. Ele ama quando nós erguemos nossa voz em favor da justiça e principalmente quando falamos com ele. Nós devemos falar, mas com mansidão, equilíbrio em nossa maneira de falar e amor como nossa motivação.

Não é difícil olharmos para nossa vida e identificarmos quantas vezes nossas palavras trouxeram cura ou aflição. Então, que hoje possamos pedir ao Senhor que nos ensine a viver com lábios puros, em que cada palavra é fonte de esperança, salvação e redenção. Que nosso falar seja honesto, condizente com nosso coração e que cheio de poder de restauração.

“Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem.” –  Efésios 4:29

Nós vivemos em um mundo onde pessoas carregam marcas deixadas por palavras que foram ditas e por palavras que não foram. Nós, como corpo de Cristo, como podemos mudar isso? Certamente, com a ajuda do Espírito Santo, podemos levar cura para aqueles que estão mais perto de nós e que anseiam ouvir as palavras de vida eterna.

“A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto”. – Provérbios 18:21

“Pois por suas palavras você será absolvido, e por suas palavras será condenado”. – Mateus 12:37

A melhor definição que já encontrei sobre o livro de provérbios é discernimento. Um discernimento aplicado à partir do temor ao Senhor. Que torna prática a sabedoria de Deus.

A sabedoria é tantas vezes confundida com estar em vantagem, com conhecimento produzido por esforços humanos. Quando na verdade é  uma das manifestações do caráter de Deus, que podemos receber entrando em contato com a estabilidade. Alcançando uma posição entre a ousadia e o silêncio, entre o agir e o descanso. Ela é, em certa medida a paz que o discernimento provoca!

Você já teve um pensamento tão cheio de paz que ao fechar os olhos pode sentir o frescor de estar equilibrado?
Vamos lá! Tire um segundo para simplesmente ler a seguinte passagem e meditar! Até sentir que essas frases se firmaram em seu coração como uma brisa que te leva novamente ao eixo!

Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo”. (Provérbios 3:5-8)

Estamos em tempos em que a sabedoria é coisa rara. São dias em que a maioria das pessoas tem  se apoiado em seu próprio entendimento. Em seu humanismo como saída de crises.

Meditar em provérbios, neste trecho específico, faz com que a estabilidade paire em nossos corações. Como se o trabalho de buscá-la fosse simplesmente confiar no Espírito Santo e obedecer suas instruções com temor! Desse modo, fica evidente que a palavra e tão pouco esse livro, não é um conjunto de frases para serem decoradas, não é um manual de regras. Mas é algo que ganha fôlego a cada nova leitura e que nos leva à uma transformação profunda e prática!

É uma lembrança de que podemos conduzir nossas vidas exatamente entre a ponderação e a ousadia. Entre a confiança e o descanso.

Descanso de que quanto nos apoiamos nEle e buscamos temê-lo, somos libertos de nós mesmos e de nossas falsas concepções de sabedoria!

Confiança de que podemos ter o Seu Espírito de Sabedoria sobre nós. Uma sabedoria que não pode ser comprada pela nossas falta de sensatez, mas que pode repousar constantemente em nossos corações, como repousava sobre Jesus. (Isaías 11:2)

De que serviria o dinheiro na mão do insensato para comprar a sabedoria, visto que não tem entendimento?” Provérbios 17:16

Quanta esperança! De saber que podemos sim ser sábios nos dias de hoje. Saber que o temor gera saúde não somente para nossa alma, mas para nosso corpo! Existe um equilíbrio inigualável em desejar a sabedoria mais do que as riquezas deste mundo!

Também sou daquelas pessoas que ama o livro de Provérbios. Pois afinal, o livro de Provérbios traz conselhos tão práticos para tantas áreas de nossas vidas. Que tal hoje refletirmos a respeito do trabalho pela perspectiva desse livro que nos ensina sabedoria?

Mas antes de começarmos, quero te propor uma pequena dinâmica. Sente-se em um lugar confortável, respire bem fundo e olhe carinhosamente para as suas mãos. Estenda-as a sua frente, gire-as e coloque-as em uma posição de receber algo, como um presente bem carinhoso e especialmente preparado a você. Você consegue imaginar? Agora, imagine que esse presente pode ser o seu trabalho.

Muitas vezes, nós pensamos no trabalho como uma forma de castigo pelo pecado cometido, mas trabalho é algo que foi pensado por Deus antes mesmo do pecado surgir no cenário do Éden, pois o Deus que criou todas as coisas, deu a incumbência ao homem de “dominar” sobre tudo que havia criado. Sim, eu sei que o pecado transformou em labor o trabalho, mas nos lembremos da Cruz e que Cristo levou sobre si todos os nossos pecados.

Existe uma grande diferença entre o diligente e o preguiçoso. Pois, “O preguiçoso morre desejando porque as suas mãos recusam trabalhar. ” – Provérbios 21.25. Este, vai ter com a formiga, que apesar de ser bicho pequeno, ou melhor, minúsculo, sabe muito bem discernir o tempo e aproveita o verão para guardar provisão para os dias de inverno.

“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento.” Provérbios 6.6-8

Eu gosto tanto da forma prática em que o conselho nos é dado. “Considera os seus caminhos e sê sábio”. A sabedoria é uma escolha objetiva diante de uma reflexão a respeito da forma como temos vivido. Primeiro: precisamos olhar para nossas vidas, olhar para o nosso trabalho e discernir nosso coração diante do todo. Qual é a nossa motivação em desenvolver nossas funções, as escolhas que fazemos quanto aos nossos recursos, e o futuro que estamos plantando hoje? Que o Senhor nos sonde. Pois, “Todo caminho do homem é reto, aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações. ” Provérbios 21.1

Existe prazer em nosso trabalho quando não o fazemos apenas pelo dinheiro que vamos receber no fim do mês. Que não vivamos apenas para os fins de semana, férias e futuro. Que tenhamos prazer e alegria em nossas atividades diárias e rotineiras em fazer o que Deus tem nos convidado a fazer.

Deus nos deu dons e habilidades únicas, há um motivo para isso. Quero te encorajar em sua jornada a encontrar prazer e contentamento em tudo o que você fizer, inclusive em seu trabalho de todos os dias. Lembre-se: “… digno é o trabalhador do seu salário. ” – (Lucas 10.7).

“Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. ” Salmos 128.1-2